DUSK AT DAWN¹ ━ peter parker. ✓

OO3. chapter three

Após a aula de física que foi super cansativa, eu tive apenas mais duas aulas e finalmente estava liberada.

Encontrei Riley na porta da saída, a garota estava com a sua saia rodada e blusa vermelha de costas para mim, enquanto conversava com Lucas.

Corri e pulei em suas costas fazendo com que ela desse alguns passos pra frente, quase caindo. Ela começou a reclamar enquanto eu a imitava atrás, Lucas me olhou e riu

— vamos, se não perderemos o metrô – eu disse, correndo em direção à estação

— Maya o metrô passa denovo ta bom? – a menina disse correndo atrás de mim, fingi não ouvir e continuei a correr — tem certeza que não podemos parar pra respirar? Correr não é meu estilo – sua voz estava falha, parei e a encarei

— perdemos o metrô e o próximo vai demorar – reclamei, encolhendo os ombros e jogando a cabeça para trás — vou sentar e chorar

— vamos de ônibus – Riley propôs e eu a encarei

— prefiro esperar esse metrô – me sentei no banco e peguei minha bolsa, abrindo-a e tirando de lá meu caderno de desenho

— está desenhando o que agora? – a morena se sentou ao meu lado

— Peter me pediu para desenhar o homem aranha para ele, estou apenas fazendo os últimos ajustes – suspirei pegando meu lápis e me concentrando

— uiuiui – Riley brincou e eu olhei pra ela revirando os olhos — e sua música?

— você quis dizer a sua música, eu sou dou os toques finais Riley você que faz tudo –lembrei a mesma que ficou olhando atenta aos meus movimentos no papel

Riley era a melhor pessoa do mundo, carinhosa, alegre e sabe respeitar o seu momento. Se você não estiver confortável ainda sobre tal assunto, ela não ira te forçar a contar

Eu ganhei na loteria ao ter ela como melhor amiga, não tem outra pessoa que me conhece tão bem quanto ela

Terminei o desenho e depois a ajudei com a música, os dois estavam prontos. Um seria entregue na manhã seguinte e o outro só ficaria guardado, já que segundo ela aquelas músicas eram nossos sentimentos e mais ninguém além de nos iria saber o que tem naqueles papeis

O metro chegou e junto com ele chegou a minha fome, com certeza meu estomago saberia que de lá eu iria para a Topanga's e faria a festa com aqueles cupcakes maravilhosos

Entramos no vagão de metal e eu me sentei no chão cansada, Riley ficou em pé por estar de saia e para ter total certeza que não perderiamos a nossa estação

Descemos na estação desejada e fomos direto para a loja da mãe de Riley

Me joguei no pequeno sofá que havia ali e descansei as minhas pernas, fechando os olhos e suspirando

— eu estou morta e é só o primeiro dia de aula – murmurei

— nem me fale, como foi seu dia? – ela se sentou ao meu lado fazendo a pergunta que eu mais odiava e ela sabia muito bem disso

— você ficou nele a maior parte do tempo, então foi bom – sorri

— e o Peter? – ela sorriu mais, sabia que ela queria chegar em algum lugar com essa conversa

— Amigos só – respondi falando a única verdade

PETER PARKER

Assim que o sinal da escola soou avisando que as aulas de hoje haviam acabado, eu fui o mais depressa possivel para fora do local

Andei pelas ruas e entrei em um beco qualquer, colocando o meu traje e grudando a mochila na parede, escalei pela mesma até o topo do prédio dando uma olhada em volta

Vi uma senhora que aparentemente estava gritando e apontando para a frente e um homem correndo com uma bolsa em suas mãos

Fui me pendurando nas teias até onde o homem estava e parei em sua frente

— sua mãe não te ensinou a respeitar os mais velhos? – perguntei para o mesmo e dei um soco em seu rosto pegando a bolsa e levando até a senhora que estava chorando

— o meu filho, muito obrigada, você não tem noção do quão valiosa essa bolsa é para mim. – ela sorriu gentilmente e eu apenas balancei a cabeça assentindo

Subi novamente até o topo do prédio e me sentei olhando a vizinhança. Vi uma menina morena com seus cabelos voando

— não pode ser, Karen aumente a vista por favor – pedi e assim ela o fez, consegui ver o rosto da menina e infelizmente (ou felizmente) era só mais uma que andava pelo bairro

— ela não vai voltar, Peter – a voz de Karen soou pelo traje

— muito obrigada por esse incentivo, você me ajuda muito – disse com um tom irônico em minha voz

— denada – ela respondeu

Fui me pendurando nas teias até uma parte mais movimentada e vi uma menina abaixada no meio da rua tentando se aproximar de um cachorro e um carro vindo em sua direção

Rapidamente lancei uma teia no prédio ao lado e assim que peguei a menina que já estava com o cachorro o carro passou de raspão

Deixei ela em uma escada de emergência

— está tudo bem? – olhei em seu rosto, Riley

— meu Deus, ta sim, eu acho – ela disse normalizando a respiração

— vou te levar de volta a calçada então, segura em mim – pedi e a mesma o fez ainda com o cachorro em seus braços

Lancei uma teia e fui com ela até perto de uma lanchonete

— você ta louca menina? Atravessa assim... – ouvi sua voz e logo a mesma me olhou — meu Odin, estou passando mal, minha pressão baixou – ela jogou seus cabelos loiros para trás se abanando

— meu Deus, Maya – Riley chamou a atenção da amiga

— meu Deus digo eu, Homem aranha acabou de te salvar, vamos reproduzir a cena e deixa que eu salvo o cachorro ta bom? – ela me olhou e eu ri

Estava evitando ao máximo falar, sei que as duas são muito inteligentes e não demoraria para achar minha voz parecida com a do Peter Parker

— com licença garotas, outras pessoas estão precisando de ajuda – forcei um pouco a voz antes de sair — e a propósito Maya, não entre em perigo para me ver. Isso pode causar muitas consequências ruins a você, vai que um dia eu não esteja por perto ou tenha pego uma gripe – disse fazendo a mesma soltar uma risada fraca

E sai de lá, mas ouvi alguns gritos da garota

— o homem aranha falou comigo, eu tenho que ir pro hospital – ri com isso e voltei a minha concentração as ruas do Queens