O36. thirty six

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MAYA MITCHELL

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MAYA MITCHELL

Assim que o despertador tocou eu me levantei, abri a minha mala e peguei peças íntimas, uma calça preta com um rasgo no joelho, uma blusa manga longa azul marinho e minha jaqueta que tinha ganhado da riley

Meu velho e companheiro coturno também estava na bolsa, o tirei e deixei tudo separado em cima da cama

Fui até o banheiro e abri o pequeno armário que havia ali tirando uma toalha e um sabonete, não iria lavar o cabelo estava frio e eu provavelmente ficaria resfriada

Tomei um banho rápido e sai enrolada na toalha, me sequei e coloquei minha roupa

Ajeitei o relógio no pulso, junto das pulseiras que havia ganhado. Arrumei meu cabelo com a mão mesmo e coloquei minha touca preta, me olhei no espelho que havia ali e olhei pela janela

Eu iria passar frio, tirei a jaqueta de couro e coloquei meu sobretudo grosso preto.

Tirei meu celular da tomada e liguei para trazerem meu café no quarto. Após fazer tudo, arrumei meu documento e meu dinheiro na capinha do celular

 Após fazer tudo, arrumei meu documento e meu dinheiro na capinha do celular

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Cheguei no hospital trinta minutos antes, estava nervosa. Me sentei nos bancos que haviam lá e fiquei esperando até me chamarem

— está doente? – um menino ao meu lado perguntou

— estou fazendo uma visita – sorri sem mostrar os dentes — e você?

— visita também – ele esticou a mão — Harry

— Maya – apertei sua mão — quem esta vindo ver?

— meu pai, está quase morrendo – ele disse meio cabisbaixo

— ah, me perdoe por ter perguntado – disse sem graça

— você não tem culpa, nos conhecemos a menos de cinco minutos – disse descontraindo o clima pesado que havia ficado — não é daqui, não é?

— América do norte, nova iorque – respondi — meu padrasto, sofreu um acidente

— mudou o continente para visita-lo? – assenti — deve amar muito ele

— e amo ele é basicamente meu pai – sorri lembrando de momentos nossos

— ele vai sair dessa – disse passando a mão no meu braço numa tentiva falha de me confortar

— espero que o seu tambem saia – o olhei, já que não havia feito nenhum contato visual direto com ele ainda

— é... – suspirou — ei, depois daqui quer sei lá, tomar um café

— minha mãe me ensinou a não sair com estranhos - brinquei

— ainda somos estranhos? Sou o primeiro londrino que você conhece, somos praticamente melhores amigos – ele riu, uma risada boa de se ouvir

— ah sim, então como meu melhor amigo londrino hmm, qual o meu lugar favorito de Londres? – perguntei

— tem muita cara de quem está pela primeira vez aqui, só conhece os pontos turísticos. Não tem um lugar favorito

— ok, você é meu melhor amigo londrino

— tenho uma melhor amiga americana – fez um gesto de comemoração com a mão, o que me fez rir um pouco alto — arranquei uma risada sua, ganhei meu dia. Mas não respondeu, um café?

— vou passar o dia aqui, só vou embora no fim do horário de visita

— te espero as oito neste mesmo lugar – ele sorriu

— não trouxe dinheiro para ficar passeando, Harry – dei um sorriso sem graça

— eu não falei que você iria pagar – tocou a ponta do meu nariz

— não posso aceitar – tentei negar denovo, eu odiava fazer as pessoas gastarem comigo

— olha, estou começando a achar que você não quer sair comigo – fez uma cara triste

— até quero só não me sinto confortável em sair sem dinheiro ainda mais por um lugar que eu não conheço – me expliquei

— um café e uma volta em Londres, tem coisa melhor? – sorri negando

— Maya Mitchell, ja pode entrar – dei um tchau para Harry e segui a enfermeira

Entrei no quarto e vi ele deitado na cama, com alguns fios ligados ou sei lá o que era aquilo em seu corpo. Desfiz o sorriso, fechei a porta atrás de mim e andei até a poltrona que tinha do lado da cama dele

— oi shawn, não sei se você está acordado a enfermeira não me explicou direito – segurei sua mão — devia ter me escutado quando eu falei que você deveria ficar em nova iorque

Fiquei olhando para ele um tempo

— não vou conseguir ficar quieta, então vou contar tudo o que estou guardando de você e da minha mãe – respirei fundo — sabe pai, aquele homem ta me perseguindo, ja tentou me matar algumas vezes. Ainda bem que vaso ruim não quebra – brinquei e sorri um pouco — Peter ta com a Liz, ele disse que é pra me proteger mas bom, não sei se devo acreditar

Me levantei e andei pelo quarto enquanto falava

— um vídeo meu cantando vazou na Internet, a Riley postou na verdade. Sinto falta de você dizendo o quanto amava minha voz, você é o melhor pai do mundo. Eu te amo demais – disse olhando para ele — ah e acabei de conhecer um menino aqui na recepção, ele parece ser legal

Fiquei ali o resto da tarde e o começo da noite, conversando com ele. Mesmo que não me respondesse eu sabia que estava me ouvindo

A enfermeira veio me chamar e antes de ir embora, dei um beijo em sua bochecha. Ajeitei minha touca na cabeça e saí da sala, vi Harry sentado na cadeira

Confesso que seus cachos eram a coisa mais linda do mundo

— você realmente me esperou? – perguntei ainda não acreditando que ele estava lá

— eu falei que esperaria e estava no quarto com meu pai – dei um sorriso de lado — então, qual café iremos tomar?

— não gosto de café – respondi e ele me olhou indignado, andamos em direção a saída do hospital

— ok, milkshake? – perguntou

— de chocolate – dissemos ao mesmo tempo e eu ri

DUSK AT DAWN¹ ━ peter parker. ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora