DUSK AT DAWN¹ ━ peter parker. ✓

O28. twenty eight

MAYA MITCHELL

— eu definitivamente não consigo gostar da Liz – disse me apoiando na bancada e olhando para minha mãe que estava no caixa

— o que ela fez? – perguntou sem tirar os olhos do dinheiro que ela contava

— ela descobriu, não sei como, mas descobriu e ameaçou contar para todo mundo se eu não me afastasse do Peter – disse indignada

— e o que você fez? – me olhou

— deixei ela avisada — dei de ombros e mulher me olhou confusa

— Maya você não ameaçou matar ela não é? – a olhei e depois olhei para minha mão, fingindo analisar minhas unhas — Maya! eu não acredito

— mãe, ela ameaçou contar pra todo mundo se ela quer brincar, vamos brincar – dei de ombros e ela negou

— eu não te criei assim – a mulher cruzou os braços me encarando

— na verdade, quase não me criou né – mexi no copo — vou pra casa, fala pra Riley que eu passei aqui atrás dela

— toma cuidado – ouvi e sai do estabelecimento indo em direção minha casa, assim que cheguei lá fui direto para o banho

— eu quero uma porção de batata e sorvete de creme, por favor – pedi para o atendente

— eu só quero um milkshake de morango – Peter pediu — você vai comer batata com sorvete?

— é uma delícia, ja experimentou? – perguntei e ele negou — vai experimentar agora então

— eca – fez careta

— você não pode julgar, sem ter experimentado. Eu aposto que você vai gostar – falei, olhando para o garoto

— se eu não gostar, você me deve alguma coisa

– se você gostar, você me da um beijo – olhei e estiquei minha mão para que ele apertasse

— vou fazer um esforço para gostar – ri e neguei — o que você estava falando com a Liz na saída?

— ah, ela veio me perguntar sobre uma lição. Nada demais – respondi e a comida chegou, peguei minha batata e passei no sorvete — todo seu

— eu não acredito que to fazendo isso – ele pegou da minha mão e colocou na boca — não é ruim, mas também não é bom

— então ninguém ganhou? – desanimei e ele riu

— ninguém ganhou – neguei e voltei a comer minha batata com sorvete — parece até a melhor comida do mundo

— mas é – disse como se fosse óbvio — você que não gosta de nada, fresco

— eu não sou fresco – se defendeu e começou a tomar seu milk shake

— só um pouquinho né –brinquei, ouvi a porta da lanchonete abrindo e olhei para trás

Terminamos de comer enquanto conversávamos, paguei metade da conta -ja que foi a única coisa que Peter me deixou pagar-

Saímos e fomos andando pela rua

— agora, quem é seu herói favorito – Peter perguntou enquanto eu passava a mão nos postes e virava em alguns

— hm, com certeza o Thor – o garoto me olhou indignado e eu ri — sabe, aquele tal de homem aranha é bem legalzinho. Não é vingador, mas da pro gasto

— da pro gasto? – perguntou e eu assenti vendo o menino me olhando com uma das sobrancelhas arqueada

— eu prefiro bem mais o menino que fica em baixo dos panos, ele parece ser bem mais legal – passei meu braço em volta da sua cintura

— ele com certeza é mais legal - sorri – vem aqui — me puxou para um beco que havia ali e tirou a sua roupa mostrando seu uniforme que já estava por baixo, jogou a roupa no alto e prendeu com a teia

— Peter eu acabei de comer, vou vomitar – falei e ele me ignorou, colocou a máscara e passou o braço em volta da minha cintura

Segurei em seu pescoço e logo senti o vento no meu rosto, prendi minhas pernas na sua cintura e implorei mentalmente para não vomitar

Paramos em um dos prédios mais alto dali, me sentei e respirei fundo

— nunca mais eu como nada ou você poderia ter avisado antes – falei e ele riu

— desculpa, eu prometo que na próxima eu aviso – ele pegou minha mão e me levou para a beirada do prédio me fazendo sentar ali — eu gosto de vir aqui, me sinto relaxado

— você se sente relaxado na beirada de um prédio enorme? – perguntei

— a vista Maya, ela me relaxa – ele disse e eu olhei para frente, segurei sua mão e deitei minha cabeça no seu ombro — tem como você entrar na minha cabeça? Eu quero te dizer uma coisa, mas eu não tenho coragem

— Peter? Eu não gosto de entrar na cabeça das pessoas

— é rápido, por favor – respirei fundo

"tô aqui"

"na verdade você sempre tá" levantei minha cabeça e o olhei "é tipo, você não sai da minha cabeça nem por um segundo e agora eu também tô com vergonha de pensar"

"não vou interferir em nada, fica à vontade" passei minha mão na sua perna

"eu queria falar que, eu gosto muito de você, da sua risada, do seu rosto, do seu jeitinho, meu Deus eu tô fazendo isso mesmo" ri "viu? A sua voz, você com certeza foi a melhor coisa na minha vida."

— eu tô ficando com vergonha – falei olhando pra ele

— eu gosto de você Maya, e não tem nada que eu não faria por você – ele disse um pouco baixo

— eu também, Parker – sorri de lado para o garoto

— eu posso te beijar agora ou tenho que esperar alguma coisa? – ele perguntou e eu ri

— é acho que você pode me beijar agora, mas eu to morrendo de medo de cair daqui – disse e olhei para baixo

— eu te salvo – sorriu e eu me aproximei dele, sentindo sua respiração perto do meu rosto e antes que nos beijassemos escutamos um barulho de explosão

— vai lá – olhei para baixo vendo um comércio pegando fogo

— eu ja volto – me deu um selinho, colocou a máscara e pulou do prédio

Sai da beirada e me sentei no chão, sorrindo mas logo me levantei e fiquei olhando para baixo

— que surpresa você por aqui – me virei assustada e vi ele em uma espécie de máquina que havia asas

— adrian?

— espero que seu namorado esteja em segurança, por que você não está – ele disse e tentou se aproximar de mim

Antes que me pegasse eu o joguei para o lado