Kira, uma menina pertubada pelos seus próprios pensamentos, depois de uma luta constante dentro de si ela deixou a sede por sangue e morte falarem mais alto, depois de ter matado quem matou não teve mais volta, ela já perdeu as esperanças de voltar...
Os ventos que vinham da janela invadiam o local se encontrando com minha pele, que estava sem uma roupa adequada para evitar o frio.
Na verdade, o frio era a última coisa que eu tinha que me preocupar, meu corpo me obrigava a respirar fundo enquanto eu encarava as cores coloridas das casas e o verde da mata pela janela, eu estava sentada na sala de espera num banquinho azul escuro com umas almofadinhas confortáveis , na sala de espera de um lugar feito de madeira, suas cores davam um ar moderno e escuro e haviam umas plantas verdes em um abajur preto como decoração no local.
E se eu der apenas uma olhadinha?
A curiosidade bateu a porta, eu não podia evitar... Levanto da cadeira e dou passos lentos e cuidadosos, o máximo de cautela possível pra esse chão de madeira não emitir barulho. Quando me encontro de frente para a porta, eu à pressiono devagar e coloco um olho na abertura que a pequena distância havia feito, era o bastante pra ouvir algo, mas ver já não estava ao meu alcance, a poltrona e a mesinha devem estar do outro lado da sala, onde meu campo de visão não chega.
Desse lado onde consigo enxergar, só consigo ver uma longa cortina branca, as paredes eram cinzas. Nesse lugar não há cores vivas, é o único hospício daqui, então tudo é feito aqui, as consultas, a internação e tudo o que se faz num psiquiatra. As pessoas que trabalham aqui para controlar os considerados loucos não são profissionais, apenas o Dr Luther é, ele quem está conversando com minha mãe nesse momento.
-Não Marie, sua filha não é um caso sério, mas está se elevando. Ela ainda não machucou ninguém, e quando machucar, eu já não vou poder mais ajudar, vai estar muito grave pra mim tomar alguma medida. -Seu tom de voz parecia mais autoritário do que aconselhador.
-Eu sei que ela não vai machucar ninguém, eu conheço a Kira, ela é minha filha! -Já o tom da mamãe era rouco, ela parecia estar abatida.
-Negação é o primeiro sintoma, me escuta Marie! Sou o único profissional dessa cidadezinha!. Eu sei que é difícil pensar que uma pessoa que você ama pode fazer algo cruel, mas da mesma forma que você é um ser humano, ela também é, somos movidos pela nossa consciência, e a dela... Não é confiável. Então se Ela não se reconhece, o que será de você se continuar com esse pensamento? Não estou aqui de brincadeira. Faça o que é certo e assine os papéis de internação.
Como assim internação?! Não! Eu não vou ficar presa aqui! Juro que enquanto eu estiver viva vou fazer o que for necessário para que eu fique livre.
O que for necessário.
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(Com o tempo voufazer um trailer para o livro, por enquanto dê play na mídia e assista esse♡)
Essa história não tem a intenção de fazer as pessoas terem amor por psicopatas, não sabemos o rumo da história e que consequências Kira irá ter, não é minha intenção romantizar a personagem e seus pensamentos psíquicos, vai da consciência de cada um...
