Kira
Naquele dia eu fugi e fui adotada por uma família que estava se mudando para outro país, eles se encantaram rápido em mim e tiveram pena da minha história de abandono familiar, e eu tive a chance perfeita.
Hoje tenho 17 anos e estou no meu último ano escolar, matei uma das filhas de sangue do casal e escondo seu corpo num refrigerador do porão, nunca à encontraram, a não ser o irmão mais novo do casal, ele sabe de tudo o que faço e sabe quem eu sou porém é mudo, ele morre de medo de mim e meus pais adotivos ficam sem entender o porque, eu pago simpatia com ele na frente dos pais e ele fica apavorado por dentro, gosto de deixar ele com medo, quero muito uma pessoa que sinta medo de mim ao meu lado sem que morra, é bom sentir o cheiro do medo da sua futura presa.
Meu objetivo agora é suprir minhas necessidades, e o que eu necessito é só um pouco de sangue escorrendo em minhas mãos, sentir a dor e o pavor, escutar os gritos de socorro sorrindo sabendo que a pessoa logo morrerá e que os gritos são inúteis, não há algo melhor que essa sensação, e essa vontade dentro de mim só parece aumentar cada vez mais.
Abro a porta do porão e vou descendo as escadas, vejo Belchior sentado no chão desenhando e então me aproximo lentamente e sorrateiramente do mesmo.
-Sabe... -Inicio minha fala e ele percebe minha presença ali e se assusta quando seus olhos pairam em mim, eu sorrio com sua reação e prossigo -Faz tempo que não faço uma vítima, que tal me dar umas opções? Desenha o rosto de alguém que quer que eu mate -Eu falo agachando ao seu lado sem cortar o contato visual.
Pego uma folha em branco que já havia ali e coloco em sua frente juntamente de um lápis. Ele era muito bom desenhista tenho que admitir. Ele encara a folha em branco e logo depois seu olhar volta pra mim, ele estava assustado com a proposta.
-Dá pra sentir prazer na morte, sabia? -Falo tocando em seu ombro como forma de apoio -Vamos lá participe vai ser legal, você só vai desenhar, eu vou matar e te entrego alguma parte do corpo -Falo tranquilamente.
Ele pega o lápis e encosta na folha, mas antes mesmo de completar um traço começa a chorar. Ele tem 7 anos e é muito frágil, é magro, tem cabelos claros e pele branca, seus olhos são castanhos.
-Vamos nos ajudar... Eu quero um desenho de alguém do bairro e você quer sua mãe viva certo? -Ele balança a cabeça afirmando -Então me dá o desenho que eu não mato ela -Eu falo e sorrio diabolicamente.
Seu olhar de medo era nítido, ele é muito apegado a família, e eu sabendo disso tenho vantagem.
Ele começa a desenhar com a mão trêmula e os olhos marejados, eu presto atenção no desenho e nos traços do rosto, sou uma boa observadora.
Tempos depois ele termina o desenho, era uma menina, tinha cabelo curto e uma franja que cobria a testa, ela tem uma pinta no queixo um pouco em baixo de sua boca e uma cicatriz pequena na bochecha.-Uau, que desenho lindo -Eu sorrio -Caiu sua mão? Não né? Então dá próxima vez não demora, possa ser que eu não esteja com paciência -Eu o encaro e pego a folha saindo -Vou ver se encontro nossa vítima, fica bem! -Falo com um sorriso no rosto e logo após bato a porta.
{...}
Estava andando pela rua... Onde eu morava era uma cidadizinha pequena todos se conheciam.
No caminho enquanto eu andava, um garoto que nitidamente estava desatento esbarra em mim e a folha acaba caindo no chão.
-Olha por onde anda! -Eu falo grosseiramente enquanto reviro os olhos.
-Ui, devo me preocupar com uma meninha mal humorada? -Ele fala rindo de mim.
Deve!
Enquanto eu o encarava com um olhar mortal, ele se agachava pra pegar a folha.
-Aqui está sua folha -Ele me entrega e eu vou saindo -Espera! Esse desenho é da Dayla?
-Conhece ela? -Eu falo me virando já com um sorriso no rosto.
-Sim, ela é minha prima -Ele fala.
-Coincidência, não? -Eu sorrio e ele também mas acho que o motivo não foi o mesmo.
Eu vou dando passos lentos à frente e ele me acompanha.
-Qual seu nome? -Ele pergunta.
-Meu nome é Kira, e o seu?.
-Sou o Mizael -Ele fala e sorri.
Passamos o caminho conversando, ele se entrega muito fácil rs.
Estávamos andando normalmente mas num certo lugar ele para de andar, eu estranho e logo paro também.-Eu moro aqui com minha prima Dayla, meus país e meus tios -Ele diz parado em frente à porta da casa dos fundadores daquela pequena cidadezinha.
-Você é o filho do... -Eu não consigo terminar minha pergunta pois sou interrompida.
-Sim, sou filho do fundador disso aqui, não te contei antes mas agora sabe, quer entrar pra ver a Dayla? Vocês são amigas? -Ele fala abrindo a porta que estava trancada.
Credo! Quantas perguntas!
-Preciso ir, depois passo aqui -Falo saindo apressada dali sem escutar o que Mizael havia respondido. Não sou obrigada a continuar conversando com ele.
Olha só! Belchior mandou eu matar a sobrinha do fundador dessa pequena cidade!.
Se eu conseguir ajeitar isso direito, os dois morrem, Não posso tomar decisões precipitadas.O isolado do Mizael já vem querendo ter uma amiga, já ganhei sua confiança. É tão fácil...
Na verdade... Não o culpo, quem iria saber que uma menina andaria por aí procurando a próxima presa e arquitetando o próximo ataque?.
Preciso armar um plano em que os dois morram e sem correr o risco de os fundadores me descobrirem, mas isso leva tempo e preciso de presas novas até lá.
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Pensamentos De Uma Psicopata
HorrorKira, uma menina pertubada pelos seus próprios pensamentos, depois de uma luta constante dentro de si ela deixou a sede por sangue e morte falarem mais alto, depois de ter matado quem matou não teve mais volta, ela já perdeu as esperanças de voltar...