Capítulo 10

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-Ei! Você tá bem? -Uma menina que parecia ter minha idade fala me olhando estranho por eu estar com um papel, tentando enfiar o mesmo em seu corpo.

Eu respiro fundo e depois me toco percebendo que tudo não passou de uma ilusão criada pela minha enorme vontade de matar Belchior.

-Eu... Passei mal -Falo respirando fundo e percebendo finalmente o rosto da mesma, era Dayla, igual como Belchior havia desenhado. -Mas agora estou bem! -Afasto minha mão do corpo dela dando um sorriso sem graça.

-O que são essas cartas na sua mão? -Ela fala me encarando com desconfiança.

-São... cartas de uma paixonite minha, nada demais -Falo sorrindo, percebendo que ela não teria notado a presença das cartas em sua casa e assim não saberia que eram pra ela, então guardei a carta rapidamente em meu bolso.

-Aah, não quis ser intrometida, me desculpe -Ela dá um sorriso simpático e respira fundo, e finalmente posso perceber seu olhar de desconfiança sobre mim indo embora -Disse para empregada que me conhecia... mas não me lembro de você -Ela fala pensativa encarando os traços do meu rosto.

-Pois é, eu achei que te conhecia, você se parece com uma amiga minha que não vejo faz tempo, mas agora de perto, vejo que não é... -Falo com um semblante desapontado.

-Bom... Já que veio até aqui, vamos fazer com que não seja viajem perdida -Ela fala dando um sorriso -Que tal você subir e aí tentamos fazer amizade?.

-Okay -Eu sorrio e sigo à mesma que vai em direção a escada.

Foi mais fácil me aproximar dela do que eu pensava!.

Sei que eu obriguei Belchior a falar uma pessoa pra ser minha próxima presa, mas ele não poderia desenhar um rosto que nunca viu na vida e eu por coincidência identificar o desenho como a filha do fundador, e isso me faz pensar, porque Belchior escolheu uma moça tão simpática pra morrer? Tem várias pessoas que zombam dele todos os dias... A não ser que Dayla, não seja uma pessoa tão boa assim...

{...}

Passei a tarde toda conversando vários assuntos aleatórios com Dayla e sua amiga Care, Care conta as coisas fácil de mais, mas Dayla não, tudo bem pra mim, não é preciso de informações da Dayla para que eu possa executar meu plano.

A morte de Dayla precisa estar mais próxima, preciso disso logo, antes que eu enlouqueça, mas as ruas estão muito movimentadas por conta de estarmos numa época do ano em que muitas pessoas se mudam pra cá atrás de neve, então não vou poder fazer vítimas num momento. Preciso me controlar.

Vou em direção a Dayla que estava sentada no sofá, comendo biscoitos, sua amiga que tinha a mesma idade de Belchior já havia ído embora.

-Hoje foi muito legal, esperava outra menina, mas você como amiga se saiu melhor que ela -Abro um enorme sorriso e a mesma retribui -Queria que você fosse na minha casa também...

-Meu primo está lá né? Deve voltar ainda hoje pra cá... que dia posso ir na sua casa?

-Que tal amanhã? -Pergunto ansiosamente.

-Amanhã não vai dar... Meus país vão receber os visitantes e dar abrigo à eles, ele quer que eu participe das reuniões -Ela fala e bufa.

-Ok, que tal depois de amanhã então? -Sorrio.

-Nos vemos depois de amanhã então! -Ela sorri.

-Vou ir pra casa, tá? Até! -Eu falo e ela sorri novamente como uma forma de despedida.

Chego até a porta e paro, quando escuto a voz de Dayla séria e rígida para alguém...

-Certeza que não chegou nenhuma cartinha? Eu vou matar ele! -Ela fala num tom furioso sem se tocar que eu estava com cartas de manhã.

Sem ouvir o resto da conversa, saí depressa antes que ela se lembre.

Ooii povo, eai? Acharam que o Belchior tinha morrido mesmo? Ksks.

Pensamentos De Uma PsicopataOnde histórias criam vida. Descubra agora