Prólogo - Imortais

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 De muitas histórias em que conheço, muitas começam com um ''era uma vez'' já no início. Mas penso que essa não precisa, pois tudo que vimos tem uma vez, mas esse não foi o início de tudo.
 Talvez uma vez – não se sabe bem se foi real; ao menos foi o que ouvi de minha avó –, existiu um reino. Não se sabe bem, também, sua localização, porém muitos do reino conheceram seus reis que, naquele reino, eram muito rígidos e sérios, mas sabiam ser boas pessoas. Naquela época eram conhecidos por não conhecer a dor. Seu Reino era Daizabaal – suas pessoas chamadas de Galras.
 Aquele reino não era o primeiro e nem o único a ser construído; na área leste da região, não muito distante, havia outro reino bem conhecido por lá. Aos cantos do reino viviam as pessoas mais felizes e fortes, assim diziam. Ninguém passava fome ou morava nas ruas do reino, assim levando os moradores a ser fiéis aos seus reis e rainhas. Mas o reino de Daizabaal tinha uma rivalidade contra o reino do leste, porque em todas as expedições de reconhecimento que eles tinham que ir, nenhum deles voltavam. Foi dito uma vez que eles os mantinham em seus fundo, escondidos de todos, que eram torturados. Por conta dos seus sorrisos e comemorações, o reino de Daizabaal sentia medo. Eles sentiam medo do reino do leste, mais conhecido como Altea – e seus povos, Alteanos.

 A rainha de Dazabaal, Krolia, e seu rei, Ulaz, deram dever ao seu guerreiro mais leal e que sabiam que voltaria mesmo nas piores condições. Seu filho, Keith.
Keith era o príncipe do reino, mas odeia ser chamado ou tratado desta forma desde que descobriu que foi adotado pelos reis quando ainda era pequeno. Seus pais foram mortos pelos Alteanos em uma de suas guerras contra os Galras, lhe contavam.

– Keith, meu filho, você foi escolhido para a próxima investigação do reino do leste. – mesmo que Krolia, sua mãe, tenha contado com ele sobre o plano, não gostavam nada dessa história

– Finalmente vocês confiaram em mim. – comentou Keith

Krolia soltou um suspiro – Não é que não confiamos em você... – mas foi interrompida pelo rei.

– Venha, Keith, contarei sobre o plano. – Ulaz andou até um corredor do castelo para que Keith o seguisse. O mesmo olhou sua mãe por uns instantes e logo o seguiu.

 Ulaz explicou o pouco sobre o plano, não era tanto para executar, então Keith tinha um prazo de duas semanas para voltar, ou então o exercito de soldados galra iriam atacar o reino Alteano a procura de seu príncipe. Keith sairia logo cedo na manhã seguinte.
 Assim que acordou, tomou um banho e se vestiu com um sua armadura que estava guardada a alguns anos. Ele esperou muito por aquele momento e estava pronto. Ele prendeu parte de seu cabelo longo e desceu para pegar seu cavalo. Seus pais o esperavam no salão principal e então o acompanharam até o portão, se despediram. Krolia o abraçou forte como se o segurasse em seus braços e, ao invés de separar, Keith se confortou sentindo que era uma ultima vez. Ele temia que fosse. Assim que saiu do castelo, não se sentia mais o mesmo fora do seu conforto.

Estava com medo.

 Keith respirou fundo, olhou para trás vendo os portões fechados e sorriu. Ele voltaria e sabia que eles estariam lá, era obvio. Então continuou a cavalgar em seu cavalo de cor escura e com longos cabelos. Keith seguia a estrada em que foi indicado com em Mágico de Oz quando Doroti apenas segue a estrada de tijolos amarelos.
 Com algumas horas no caminho, via o castelo de muito longe qual não se aproximaria, mas, ao se aproximar, viu alguém com um cavalo se aproximar e então olhou. Era um garoto, parecia ser sensível e usava uma tiara de flores. Ele tinha marcas Alteanas em suas bochechas. Keith gelou e a única coisa que pensou foi se esconder, mas não teve chance pois o garoto o viu e sorriu.

Aquele sorriso...

 Aquele sorriso não amedrontava Keith, ele sentia como se estivesse em casa nos braços de sua mãe. Era hipnotizante ver aquele sorriso, mas quando o garoto se mexeu com seu cavalo Keith lembrou de correr com o dele. Ele poderia estar correndo perigo. Então o fez. Keith corria com seu cavalo na direção do reino de Altea. Ele cavalgava com tanta rapidez até perceber que não estava sendo seguido; ficou aliviado a ponto de soltar um alto suspiro.

Maybe Once Time - KlanceOnde histórias criam vida. Descubra agora