Talvez uma vez, existiu um reino. Não se sabe bem sua localização, porém muitos do reino conheceram seus reis que, naquele reino, eram muito rígidos e sérios, mas sabiam ser boas pessoas. Naquela época eram conhecidos por não conhecer a dor. Seu Rei...
Foi a imagem mais bonita que Keith já havia visto em toda sua vida.
As pernas de Keith amoleceram o fazendo cair no chão, de frente a porta do castelo Alteano. Lance correu na sua direção pondo sua mão nas costas do garoto, preocupado.
– Keith, o que você tem? – ele tocou a mão do mesmo, ainda preocupado.
– Nada, eu estou bem... – Keith riu sem jeito. – Eu apenas estava tenso.
– Tenso? Porque? – Lance parecia assustado. Keith apenas ria, parecia aliviado. – Keith?
– Nada demais, eu só... – Keith tinha uma crise de riso. Seus olhos lacrimejavam, mal conseguia falar. Lance soltou um sorriso estranhado a situação, fingindo não sentir medo, mas estava meio assustado.
– Okay... vamos subir, acho que você merece um banho. Depois descemos. – Lance levantou e ajudou seu novo amigo a fazer o mesmo.
Keith permanecia encantado com aquilo que havia visto, algo que nunca veria em seu castelo. Como era possível tanta beleza apenas a frente do castelo? Caso conseguiria recordar-se, já que passou apenas pouco tempo daquele momento, haviam crianças que brincavam pelo jardim colorido. Elas corriam brincando, sorriam e pareciam se divertir.
Por um momento Keith sentiu novamente seu coração apertar.
Era possível mesmo que todos aqueles soldados estivessem mortos pelo castelo? Keith pensava e parecia se negar sobre isso. Talvez fosse óbvio demais, mas apenas pelo Alteano que conheceu sentia que nenhum deles mataria uma mosca sequer!
Lance levou Keith a uma sala que era pouco molhada. Os pés de Keith tocaram uma poça de água, fria. Ele se arrepiou e se afastou, saindo da ''sala molhada''.
– O que é isso? – Keith perguntava, já se preparando para atacar.
– Como assim ''isso''? É apenas um banheiro. Vem, eu te ajudo a te banhar – ele ergueu a mão para Keith na expectativa que a segurasse, mas apenas o fez se afastar.
– Esse tal de ''banheiro'' é molhado. Porque estamos aqui? – Keith se arrepiou e fez novamente a posição de ataque. – Está justamente pensando em me matar afogado? Ou congelado?
(N/A: Imaginem agora a cara do Lance, nessa situação. KS cara de ''WTF, man'')
Lance fez uma expressão de dúvida exagerada. Sim, Lance pensou por um momento que Keith era louco ou que era apenas um porquinho que não tomava banho. Digamos, um ''gatinho com medo de água''. Lance riu ao pensar.
– Para de brincar e vem logo! – Lance segurou o braço de Keith e o puxou para dentro novamente.
Lance encheu um local, qual nós chamamos de banheira, com água. Como ele fez isso? Algo um pouco avançado para sua época, mas sim ele usava uma torneira para encher. Quando cheia, Lance despejou algo parecido com uma areia meio roxa que cheirava a lavanda. Um cheiro forte, mas muito bem cheiroso e ainda suave.
– Pronto, agora entra na banheira que eu vou buscar uma toalha e roupas novas. – Lance guardava as coisas nos locais apropriados.
– Você quer que eu entre alí? E, aliás, o que tem de errado com minhas roupas? – Lance riu
– Você está usando roupas de doente (roupa de hospital) – Lance ria alto. Keith cruzou seus braços e olhou a água.
– Não vou entrar aí, vai que algo me faz afogar ou eu morro por causa desse cheiro e... – Lance nem pensou duas vezes, apenas empurrou o garoto para dentro de d'água. – VOCÊ É LOUCO?! – Lance ria cada vez mais alto.
– TIRA ESSA ROUPA E TOMA UM BANHO! – Lance saiu batendo a porta do banheiro.
Keith tirou aquela roupa e colocou ao lado da banheira em que estava. Ele apenas sentou no cantinho e se encolheu, com um pouco de frio. O cheiro da lavanda o acompanhava. Keith se sentiu perdido quando parou para pensar. Ele nunca tivera sentido nenhuma empatia como aquela. Nunca tinha visto nada mais bonito que aquilo como neste dia. Era um sonho? Talvez fosse, mas era calmo demais para ser um. Se fosse apena um sonho, Keith teria sonhado com algo pior. Algo como uma luta sanguinária contra seus castelos.
Keith estava confuso.
Apenas encostou sua cabeça nas pernas e fechou seus olhos, quais eram meio púrpura, exalando o cheiro da lavanda mais uma vez. Ele tentava se acalmar, mas se questionava cada vez mais sobre aquele lugar qual não conhecia. Lance abriu a porta e Keith apenas ignorou, ficando quieto. Lance deixou suas coisas no canto e foi até Keith se abaixando ao lado do mesmo, porém ao lado de fora da banheira.
– Você está bem, Keith? – Keith se sentiu diferente ouvindo seu nome sendo pronunciado pelo garoto ao lado.
– Sim, eu só... – suspirou – Eu nunca vi nada parecido com nada disso, entende? – Keith pausou – Digo, em Daizabaal não há nada disso. Apenas treino e mais treino...
– Como assim? – Lance ainda pareceu confuso.
– Eu, além de ser príncipe, sou Guerreiro do meu castelo – Lance o observou, curioso – E eu nunca tive liberdade para ver um lugar tão bonito quanto Altea.
– Bem, o que esperava? Aqui é o lugar da felicidade – Lance sorriu, mas Keith o repreendeu
– Você está realmente feliz estando aqui? – Keith se perdeu um pouco. – Seu sorriso é bonito, mas porque não pareceu bonito agora? – Keith apenas falava. Lance ouvia atentamente suas falácias, mas tentou ignorar passando por cima.
– Beeem! Vamos te dar banho, não? Seu pequeno porco! Não sabe nem o que é um banheiro! – Lance pegou algo como uma bucha e passou a esfregar as costas de Keith, limpando o mesmo
– HEY! ME SOLTA! – Keith gritava, como uma ordem, mas parecia apenas uma criança revoltada e com medo de água.
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Nota: Olá! Desculpe minha demora, eu ando tendo uns problemas, mas ainda sim tendo criatividade. Estive procurando tempo para escrever, mas aqui estou. Eu fiz um capítulo tão grande que dividi em dois. Cada um com 1.000 palavras, mas o próximo será postado daqui alguns dias, então aguardem!
2. Eu gosto muito de postar aqui porque sempre recebo um certo apoio e mais leitores, mas acabou ''flopando'' um pouco. Então, por obséquio, podem me informar se estão gostando da história? Não precisa ser nada animado, apenas se está gostando ou se tem algo em que preciso melhorar.
3. Desculpe os erros de ortografia. Como digito muito rápido, acabo cometendo vários erros. Tanto nas palavras, quanto no gênero delas. Eu prometo corrigir os erros assim que tiver tempo.
