Capítulo três

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Agosto de 2019:

Caio com tudo no chão frio de algum lugar, mas os meus pensamentos continuavam confusos, mas a dor no meu braço me fez lembrar de algo.

Sentei-me rapidamente no chão asfaltado e olhei para o meu pulso...

Ali estava uma linha negra e nunca pensei que essas linhas iriam escurecer, nunca pensei que um dia veria a linha de Draco Malfoy escura como uma noite sem estrelas. Ele tinha se ido, ele se foi primeiro e me deixou sozinha.

Quero ressuscitá-lo e batê-lo até que minhas mãos ficassem em carne viva, ele não poderia ter me deixado.

Meus olhos e minha pele ardiam, mas a música que estava na minha cabeça parou de tocar, entretanto, meus olhos queriam se fechar por cansaço, mas não podia.

Tinha que salvar o meu bebê e aquelas pessoas não tinham um vira-tempo, espero que realmente não tenham.

Levantei-me e olhei para as minhas roupas desgastadas e sujas, não me importava com isso, mas não queria aparecer assim na frente do meu garotinho.

Observei os lados e percebi que estava em algum bairro trouxa.

As luzes dos postes estavam acesas e isso era um pouco acalentador, pelo menos não me deixava com a sensação de abandono.

Fui em direção dos fundos de uma casa, enquanto meus pés batiam no chão frio, tentava achar alguma coisa na minha bolsa que pudesse me ajudar.

E encontrei, uma varinha marrom, mas ela queria se soltar da minha mão e ir para um lugar bem longe de mim.

_ Se você voar ou se quebrar quando fizer um feitiço, consertarei você e lhe darei uma morte dolorosa, tirarei fibra por fibra de seu corpo. Então é melhor você funcionar direitinho. - Sussurrei, a fazendo parar de se mexer.

Tento abrir a porta dos fundos de uma casa, mas estava trancada e isso não era problema para mim, e nem para nenhum bruxo.

Abro a porta e entro, sentindo duas pessoas no andar de cima, caminho até o segundo andar sem fazer barulho, mas era um pouco difícil já que a escuridão era predominante.

Mas não poderia fazer um lumus para me ajudar, apenas poderia pensar que não existia escuridão e me adaptar ela, mesmo sendo difícil.

Subo os últimos degraus e vejo uma porta aberta, que continha duas pessoas na cama, não fico os observando e os invejando por dormir.

Apenas deixei o medo de lado e apontei a varinha para a primeira pessoa, fazendo seu corpo parar de se mexer.

Apontei a varinha para a segunda pessoa e falo novamente o feitiço da morte.

Faço um feitiço para detectar outras pessoas na casa, mas não tinha ninguém, nem mesmo um gato, um cachorro ou um rato andando pelos encanamentos.

Saio do quarto e entro em um banheiro.

Retiro minha bolsa e a varinha, os colocando em cima do balcão. Tiro o vira-tempo e minhas roupas, os deixando no chão.

Começo a tatear a parede do banheiro e quase dei de cara no box de vidro, e já poderia sentir a dor de ter feito isso, mesmo não fazendo.

Abro o box e ligo o registro do chuveiro.

Não fico muito tempo no banho, mesmo querendo esfregar minha pele até que ficasse em carne viva, ou quisesse apenas chorar sentada no chão desse banheiro e esquecer de tudo. Não podia fazer isso.

Não podia deixar o meu bebê em um passado desconhecido, precisava salvá-lo.

Fechei o registro e não peguei uma toalha para me secar, tinha pressa para salvar o meu pequeno, então apenas fui em direção da bolsa.

A Garota de Tom Riddle ~Tom Riddle~Onde histórias criam vida. Descubra agora