Capítulo doze

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13 novembro de 1925:

Duas horas, duas malditas horas de compras, vou me matar, já que não era possível que comprar coisas para crianças fosse tão difícil.

Bom, pelo menos já comprei tudo e estou morrendo de calor, mesmo não fazendo calor.

Odeio ficar suada e quando o suor entra nos meus olhos e os faz arder. Ódio!

Seco o suor da testa e aparato dali, não estava mais com paciência para ficar aqui. Saio do beco que continuava deserto, gostei desse beco.

As lojas de doces ainda estavam cheias e tinham algumas filas, talvez essas lojas realmente sejam boas, além daquela que fui com o Grindelwald.

Bom, se em 1935 ainda tiver elas, devo experimentar os doces.

Arrumei minha bolsa, constatando que estava um pouco pesada, talvez tenha comprado muita coisa. Viro a esquina e dou três batidinhas na barreira, a fazendo se abrir para mim.

Dessa vez queria que eles soubessem sobre mim, não quero mais invadir propriedade alheia.

Continuo a minha caminhada e as árvores não mudaram nada, continuam exatamente iguais.

Porém, vejo duas crianças correndo na minha direção e minha vontade era de correr, mas não para elas. Vamos lá, são só crianças, elas devem ser iguais ao pequeno Dabrian.

E falando nele, provavelmente foi ele quem começou a lenda sobre mim, já que não acho que foi seu irmão, porém, Godric teve sua parcela de culpa.

Entretanto, isso não deveria ter acontecido, mas já que aconteceu, vamos continuar como se isso fosse apenas uma lenda e nada mais.

_ Você! - A criança que batia na minha barriga gritou. _ Você finalmente chegou. - Sorriu feliz. _ Lembra de mim? Bom, sou Cassiopeia. - Sorria tanto que suas bochechas poderiam estar doendo.

_ Lembro. - Cutuquei sua bochecha. _ Ainda gosta de roupas bonitas? - Sorriu ainda mais. _ Vejo que sim. - Olhei para o lado e vejo um garoto que batia nos meus ombros. _ Pollux?

O garoto acenou, sorrindo. Ele havia mudado, claro que mudaria, ele era apenas um pirralho de 8 anos quando o conheci, mas agora era um pirralho de 13 anos.

Seus cabelos pretos estavam dando alguns cachos nas pontas, acho que puxou os cabelos do pai, mas seus cabelos não estavam mais penteados para trás, estavam divididos ao meio e não era feio. Era fofo.

Seus olhos não estavam tão negros quanto antes, estavam castanhos. Talvez fosse a luz do dia que dava essa impressão.

_ Você não deveria estar na escola? - Suas bochechas coraram um pouco, talvez fosse o frio.

_ Mamãe pediu ao vovô que me liberasse dois dias para comemorar o aniversário da irmã Dorea.

_ Entendo, vamos para dentro? Está esfriando e suas bochechas estão ficando vermelhas por conta do frio. - Viro os dois e caminho no meio deles. _ Sua mãe está bem?

_ Sim, papai queria te encontrar para agradecer, mas não encontrou você. - Porque sumi por cinco anos.

_ Só que o papai briga muito com os nossos tios e primos devido ao nosso irmão Marius. - Pollux falou me examinando. _ Ele realmente é um aborto?

_ Sim, mas irei curá-lo e tudo ficará bem. - Cassiopeia bateu palminhas, balançando suas tranças e Pollux deu um suspiro.

_ Confiamos. - Disseram.

_ Ficará para o aniversário da irmã Dorea? - Cassiopeia perguntou.

_ Não, só quero dar alguns presentes a vocês, e curar o seu irmão. Tenho que viajar novamente. - Pollux concordou seriamente, mas Cassiopeia ficou chateada. _ Gostam tanto assim de mim? Não fiz muita coisa.

A Garota de Tom Riddle ~Tom Riddle~Onde histórias criam vida. Descubra agora