Capítulo vinte e um

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24 de dezembro de 1936:

Tom tentou de tudo para não me acordar e acho isso impressionante, já que qualquer mexidinha na cama, ou até mesmo o vento passando pelas frestas das janelas me acordava.

Mas não abri os meus olhos, apenas continuei agarrada em seu tronco, sentindo suas carícias e sua magia entrando no meu corpo.

Porém, sei que percebeu, não sei mentir tão bem quanto parece.

_ Desculpa. - Sussurrou e apenas esfreguei a minha bochecha em seu peito nu. _ Às vezes você não parece um coelho e sim, um gato. - Queria morder seu corpo.

_ Tenho um gato por isso. - Continuei com os olhos fechados. _ E um chupacabra.

_ E cadê eles? - Seu cheiro era tão bom, queria ter esse cheiro para sempre.

_ Eles não queriam vir, então os deixei em Hogwarts. - Resmungou. _ Melissa e os outros vão cuidar deles. - Bocejei. _ O Tony virou um gatinho também, bem fofo, mas não sabe miar. - Preciso ver isso.

_ Tony... - Falou. _ E o outro? - Seu nome.

_ O outro não falarei. - Queria dormir mais, mas sei que não conseguiria, nem mesmo com a magia dele e acho que ele percebeu isso.

_ Seus pais chegaram já tem um tempo. - Beijou minha cabeça.

_ E o que tem? - Era a casa deles.

_ Deixei o meu paletó no jardim, com as taças e a garrafa. - Levantei a cabeça e o olhei.

_ Bom, se ele ficar com muita raiva, a mamãe pode acalmá-lo, mas provavelmente o Penny limpou o jardim. - Voltei a me deitar em seu peito.

_ Espero que seu pai não tente me matar. - Certo, isso era um problema.

_ Você não pode morrer, pense positivo. - Até parece que ele está com medo.

_ E não quero um interrogatório com os seguidores dele. - Sabia que estava me esquecendo de algo. _ Princesa.

_ Você me chamando de princesa até que não é ruim. - Fez um movimento rápido, girando seu corpo com agilidade e em questão de segundos, ele se posicionou diretamente acima de mim. _ O que está fazendo? - Estranhei.

_ Nada.

Sorriu e passou suas mãos por debaixo da minha camisola, me proporcionando calafrios em cada dedilhar.

_ Apenas tendo o prazer de tocar o meu mundo como sempre desejei. - Arranhou minha pele no processo.

_ Sou seu mundo, senhor Riddle? - Quase deixei um gemido sair dos meus lábios. _ Pensei que eu fosse a sua vida. - Levantei minha cintura, o fazendo subir a camisola até a metade da minha barriga.

_ Minha vida, minha felicidade, meu mundo, minha, apenas minha. - Falou rente a minha boca. _ A coisa mais preciosa que tenho na minha vida é você. - Minha boca ficou seca. _ Acredita em mim?

_ Se não acreditasse, você não estaria nessa posição, little lord. - Acariciei seu rosto. _ Você estaria bem longe de mim e com a minha varinha apontada para o seu peito. - Sorriu, apreciando minhas palavras.

_ Adoro quando você fica sorrindo. - Alisou meus lábios com os seus. _ Enquanto fala algo tão mórbido. - Ele é completamente louco.

_ Você não me deu o meu prêmio. - Ficou paralisado por algum tempo.

_ Não sei o que posso te dar, você já tem tudo. - Sua voz estava sedutora e suas mãos pareciam insaciáveis.

_ Tenho o seu coração? - Toquei seu peito, sentindo as batidas ritmadas.

A Garota de Tom Riddle ~Tom Riddle~Onde histórias criam vida. Descubra agora