Capítulo 19

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Vi mamãe atravessar a porta, nunca havia ficado tão feliz em ve la. Ainda enrolada no lençol fui em sua direção para um abraço.

Era muito bom tê la em casa novamente depois das coisas que passei sem eles por perto.

Ainda estava um pouco assustada com o que acontecera agora pouco, a sombra que eu tenho certeza que vi enquanto Ethan estava por aqui.

Por fim decidi afastar todo os pensamentos ruins aproveitando que mamãe estava ali comigo, em seu abraço eu pude sentir uma segurança tão boa.

-Que saudade eu estava de você mãe.

-Eu também estava com muitas saudades querida, agora vista se e desça para ver seu irmão e seu pai. — ela me beijou na testa e saiu fechando a porta.

Abri a primeira gaveta da comoda e peguei a primeira roupa que havia visto e a vesti, chequei se havia fechado bem a janela para garantir que ninguém fora entrar em meu quarto sem minha autorização. Apesar que Ethan tinha uma mania muito feia de entrar em minha casa sem que eu deixasse ele realmente entrar.

Já na sala pude ver Connor sentadinho enrolando seus cachinhos no dedo.

-Ei baixinho.— disse perto do ouvido dele.

Ele levantou com agilidade e me abraçou forte.

-Como esta? Como foi a viagem? — quis saber.

-HÁ, foi cansativa, dormi durante todo o voo mas passei mal antes de entrar no avião.

Eu abracei o novamente e dei um beijo em sua testa, em seguida fui até a cozinha onde mamãe se encontrava.

-Cade o papai?

-Esta no escritório querida, deve estar resolvendo uns assuntos pendentes que ficaram antes de sairmos de la.

-AH, mas por que vieram embora sem avisar? Nenhuma mensagem, nem telefonema nem nada. — disse franzindo o cenho.

-Bom... —ela começou a se explicar.— viemos aqui só para buscar você, vamos ter que ficar por lá, mais tempo do que imaginávamos e não podemos deixa la aqui sozinha.

Arregalei os olhos.

-Mas mãe, tudo que eu tenho esta aqui, não podemos nos mudar logo agora, o ano na escola acabou de começar, como irei me adaptar la? Alias, la é longe de absolutamente tudo.

-Você não esta muito na posição de quem pode opinar sobre alguma coisa, estamos indo para lá por necessidade. E logo você se acostuma. —ela me deu as costas.

-Quando se trata de me largar sozinha aqui para resolver os negócios de vocês não medem esforço alguém... —fui andando em direção a escada.

-Amber —mamãe quis continuar a conversa, porém sem sucesso.

Entrei no quarto e bati a porta atras de mim, me joguei na cama e abafei meus gritos no travesseiro.

-Onde esta essa merda de celular —falei para mim mesma.

Eu precisava conversar com alguém, e Kenzie era a minha primeira opção, afinal ela não era a primeira na minha lista de chamada atoa.

O celular chamou 3 vezes, e ela atendeu.

-Vejamos só quem lembrou que tem melhor amiga, —disse Kenzie brincando.

-Precisamos conversar serio —disse em um tom serio. — meus pais querem se mudar para Portland porque estão com um negocio lá, e pelo que sei é o mais rápido possível, mas não sei a data especifica.

pode ouvir o silencio do outro lado da linha.

-Ken????? — pude ouvi la pigarrar do outro lado.

-Foi de uma hora para outra que decidiram isso? quis saber ela.

-Talvez eles já tivessem feito planos a muito tempo, eu não sei... SÓ SEI QUE NÃO POSSO LARGAR TUDO AQUI PORQUE MEUS PAIS QUEREM.

-E o que você pretende fazer sobre isso?

-Talvez eu poderia ficar com você e sua mãe por um tempo, eu não sei, só preciso de ajuda.

Kenzie ficou em silencio novamente.

-Querida, almoçar a comida está na mesa. — gritou mamãe.

-Tenho que ir, depois nos falamos melhor.

desliguei e desci, pelo que vi só faltava eu a mesa, porque ATÉ O ETHAN ESTAVA SENTADO AO LADO DO MEU PAI.

-O que ele faz aqui? perguntei furiosa.

-Ué querida, se é seu amigo é nosso também. A proposito ele disse que queria te entregar o livro de biologia que pegou emprestado.E então aproveitei e chamei o para almoçar conosco. —explicou papai.

-Ótimo, era só isso que faltava mesmo.

Ethan me olhava e sorria simpático, se ele soubesse o quanto isso me irrita nele, ele nunca mais faria isso. Em meus pensamentos a unica coisa que gosto é quando eu provoco ele e ele aceita minhas provocações, de resto tudo nele me incomoda.

O modo que ele mexe no cabelo, o modo que a boca dele abre e fecha quando ele vai falar, o sorriso malicioso, os músculos contraídos quando tira a camiseta. — fui interrompida.

-Desculpa atrapalhar seus pensamentos sobre tudo que odeia em mim, mas pode me passar a salada. — ele sorria para mim como se realmente lesse meus pensamentos.

-Éé claro. — tentei demonstrar o quão envergonhada me encontrava aquele momento.

Sem terminar de comer me retirei da mesa.

-Opa, e quando é que nos retiramos da mesa sem todo termos terminados de comer? —metralhei mamãe com os olhos e sentei novamente a mesa.

Estava um silencio absurdamente chato, e então pronunciei me.

-Sera que ja posso sair?

-Bom, se ainda não percebeu nosso convidado ainda está a mesa.

-Ta, mas e dai?, quem esta comendo é ele, eu ja terminei.

-Na verdade to vendo seu prato cheio de comida ainda Russell. — disse Ethan debochando.

-Oras, ninguém falou com você. — ele deu uma risada abafada.

-Com licença. — disse ele levantando se e levando o prato ate a pia.

ESSE GAROTO ME IRRITA TANTO QUE EU ESTRANGULARIA ELE AGORA MESMO.

-Obrigada pela refeição maravilhosa sra. Russell — ele sorriu gentil para mamãe. — desculpe parecer grosseiro mas agora tenho que voltar ao trabalho. Foi um prazer.

Ele atravessou a porta olhando para mim, e ainda tinha um sorriso de vitorioso em suas labios.

-Que gentil ele querida, não sabia que tinha amigos assim. — disse mamãe.

Sai da mesa sem dizer nada, já na escada mamãe da um aviso.

-Sairemos hoje a noite, arruma suas coisas, leve apenas as coisas mais importantes.

Subi furiosa, como assim HOJE? eu não ia me despedir das minhas melhores amigas. É uma droga não ser responsável por mim mesma.

Mesmo insatisfeita peguei minha mala e comecei a jogar tudo dentro dela, importante ou não iria levar, a mala ja estava explodindo, ai que vi que era o suficiente

Depois peguei uma bolsa e coloquei todos meus utensílios mais sensíveis, maquiagem e meus livros, com certeza leria dentro do avião.

Já exausta deitei me na cama e fiquei olhando para o teto, imaginando que merda eu faria tão longe de casa.

As horas pareciam voar, quanto mais pedia para que não passasse, ela passava.

Já cansadas dos meus pensamentos virei pro canto e tentei dormir. Estava torcendo para quando acordasse não passasse de um sonho.

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⏰ Última atualização: Mar 21, 2019 ⏰

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