Capitulo 9

277 28 0
                                    

Acordei no meio da noite com vontade de ir ao banheiro, mas estava com preguiça.
Mesmo meia sonolenta sentei me na cama, olhei para o lado e vi que Rach e Kenz ainda dormiam.
Decidi ir ao banheiro, o tempo havia mudado muito, o vento circulava pelo corredor formando uma corrente de ar fria, passei as mãos sob os braços para aquece los.
O vento la fora também soprava forte fazendo ruídos, pude ouvir as árvores balançando e uma delas batia com os galhos no vitro do meu banheiro.
Fiquei me olhando no espelho quando escutei barulho de porta abrindo.
Eu tinha certeza que não era papai e nem mamãe, porque independente da hora que eles chegam eles conversam alto para eu ter certeza que era eles.
Eu senti um frio na barriga e sai do banheiro, caminhei pelo corredor na ponta do pé para não fazer nenhum barulho, entrei no quarto de Connor que estava com a porta entreaberta, vasculhei seus brinquedos e encontrei um taco de baseball.
Caminhei ate a escada, e desci degrau por degrau, com o taco pendurado no ombro vasculhei cada canto da casa.
Seja quem quer que tenha entrado não pode ter sentido minha presença, fui mais cautelosa o possível.
Olhei em direção ao escritório do papai e vi que a porta estava escancarada, mas lembro me de ter fechado ela, como podia estar aberta? O vento não era capaz de abri la pois ele soprava no sentido contrário.
Caminhei silenciosamente ate o escritório, chequei tudo ate que a porta atras de mim bateu.
Pulei deixando o taco cair.
-Que porra foi essa. – gritei.
Enquanto me distrai com o barulho, chegaram por trás de mim e colocaram a mão na minha boca.
Me debati para conseguir me soltar, mas pelo que pude ver era a mão de um homem. E mesmo que eu me debatesse não conseguiria me solta.
Mordi a mão dele e ele xingou baixinho, me joguei no chão e me rastejei ate o taco que estava em minha frente, sem olhar quem era fui para cima dele, a paulada seria certeira se ele não tivesse segurado o taco em cima de minha cabeça.
-Você quer me matar garota?
-Ethan seu merda, mas que porra esta fazendo aqui essa hora? – eu estava furiosa, apavorada, meu coração pulsava e meu olhos estavam inundados pelas lágrimas. – Vou ligar para a polícia. – disse eu caminhando ate o telefone que havia em cima da mesa do escritório.
Ethan acompanhou meus paços tirou o telefone da minha mão e colocou no gancho.
-Você não quer fazer isso. – disse ele olhando fixamente nos meus olhos enquanto segurava meu queixo.
-Você esta tentando me manipular? Porque esses jogos de manipulação não funcionam comigo. Fala logo a merda que veio fazer aqui. – eu exigi uma resposta imediata.
-Algo que me pertence ficou aqui, era muito importante.
-Se fosse importante por que perderia?
-Eu não havia me dado conta que tivesse perdido.
-Ethan você esta mentindo. O que veio fazer aqui?
Ele apoiou se na mesa atrás dele, entrelaçou uma perna na outra e me observou.
-Não sei porque qual motivo imaginei você sentada aqui nessa mesa, nossos corpos colados, respirações ofegantes, qual nome damos a isso mesmo? – eu apenas o observei em silêncio. – a ta, lembrei. Sexo na mesa do escritório do seu pai. Já imaginou?
Apertei a ponte do nariz e fechei os olhos, respirei fundo.
-Ethan, você é doente, é maluco. – cada palavra dita era um passo meu para chegar a ele. – Você é um cretino, ordinário, PATÉTICO E ESTUP... – ele colou a mão na minha boca.
-Não entendo o motivo da frustração. Já somos íntimos. – em seus lábios surgiu um sorriso malicioso.
-Não entende? Você invadiu minha casa na intenção de encontrar algo.
-Exatamente Amber, na intenção de encontrar você!
-Você é tão patético, que nem mentir você presta.
Ele se movimentou rápido, colocando me contra a mesa.
-Me larga idiota. – me debati.
-Calma, só quero uma coisa.
Eu estava cansada de tentar me soltar, então esperei para ver o que ele ira fazer.
Seus lábios encostaram nos meus, depois ele deslizou ate o meu pescoço, fazendo me contorcer.
De maneira carinhosa ele afastou meu cabelo e mordeu meu ombro, eu não fiz nenhum movimento, deixei para ver aonde ele chegaria.
Ele deu duas voltas com a mão no cabelo fazendo me emitir um suspiro alto que para ele soou como prazer.
Ele novamente pressionou seu lábios contra o meu pescoço, só que agora de maneira mais bruta, ele começou beijando depois senti como se ele estivesse me dando um chupão.
Agora era o momento de que revidar, afastei o de mim e coloquei a mão sob meu pescoço.
-Cara ta maluco? Se eu acordar com uma marca dessas no pescoço vão achar que eu sai a noite para me encontrar com o Edward Cullen.
-Se o Edward Cullen fosse eu, certeza que não chuparia apenas seu pescoço.
Eu não queria ter entendido a ambiguidade do que ele dissera, eu apenas corei.
-Vá embora!
-Você não se cansa de me expulsar? Pra que se fazer de durona se eu sei que no final de tudo você ira ceder.
Eu gargalhei em sua cara e caminhei ate a cadeira do papai, sentei me cruzando a perna.
-É mesmo Ethan?
Ele foi atrás de mim e apoiou se novamente na mesa de frente para mim.
-Você diz que eu cedo facilmente mas quem me procura sempre é você, estranho né? – ri sem humor.
Ele segurou a minha mão e me puxou da cadeira, logo sentou se no meu lugar fazendo o jogo virar, agora eu estava em pé de frente para ele.
Ele me olhava de baixo para cima.
-Eu já disse o motivo de sempre procurar você, apesar de não sentir absolutamente nada, eu quero estar com você.
Sentei me na mesa apoiei meus pés em sua perna.
-Não sente absolutamente nada? – franzi o cenho.
-Sou imune a emoções.
-Falando em Edward você virou o que? Um vampiro?
-Você fala tantas bobagens bobinha, acredita nessas babaquice de vampiros? – revirei os olhos.
-Não babaca, só falei por falar mesmo.
Ele passou a mão em minha perna, fazendo me arrepiar. Afastei a mão dele.
-Não encosta em mim.
-Te deixo vulnerável? – disse ele levantando e deslisando as mãos pelas minhas pernas novamente.
Segurei seu punho.
-Pare!
-Você quer tanto quanto eu.
-Você não é capaz de sentir, esqueceu? – aquilo soara um tanto quanto estranho, não sabia distinguir o que ele não pudera sentir.
-Sou capaz de sentir desejo, e eu to com um insaciável agora.
Ele apertou minha coxa, só que agora com força.
Empurrei o que com o pé fazendo ele cair na cadeira.
-Tive uma ideia. – disse descendo da mesa. – tem um celular contigo?
Ele vasculhou os bolsos.
-Aqui. – disse ele me entregando o celular.
O desbloqueei e fui para pasta de musica.
-Uau você tem só musicas boas.
Ele cruzou a perna, se impulsionou para trás e colocou as mãos sob a nuca.
-Eu tenho cultura.
Escolhi uma musica e fiquei de frente para ele.
-Quero ver ate aonde vai o seu desejo, coloque as mãos para trás.
-Para que?
-Coloque as agora.
Ele entrelaçou uma mão na outra atras da cadeira.
Dei play na musica.
-Ride?? SoMo fode.
Inclinando me para ele sussurrei em seu ouvido.
-Não, quem fode somos nós. – sorri com malícia.
Ele mordeu o lábio inferior e eu sentei me de frente para ele.
-Primeira regra e única, você não vai poder encostar em mim sem minha autorização. Ou seja, enquanto danço.
-Russell. – ele falou entre os dentes. – isso é covardia.
Levantei me e amarrei meu cabelo com um coque no alto, e ao som de ride dancei da maneira mais sensual que pude.
Sem ele se conter ele desencostou da cadeira e me puxou pela cintura.
-Ei, ei. – queixei me. – SEM ENCOSTAR EM MIM.
-Eu não consigo, meus olhos captam cada movimento do seu corpo, eu a vejo em câmera lenta e só consigo pensar em FUDER.
Eu ria descontroladamente, eu jamais tivera ouvido aquilo de um garoto, chegava ser engraçado ver ele sedento me olhando.
-Ethan, podemos parar por aqui ou você pode colocar as mãos para trás sem tira las de la ate eu mandar.
Ele xingou.
Fui ate a última gaveta da mesa do escritório e peguei uma gravata vermelha que papai sempre deixara lá.
Parando para analizar eu não queria estar certa sobre o motivo de ela estar ali.
-De me seus pulsos. – Ethan esperneou na cadeira.
-Você não pode me manipular assim.
-Na verdade eu posso sim. – disse amarrando a gravata em seus pulsos. – melhor assim.
Voltei a musica desde o começo e a pausei.
-Preparado?
-Não, mas vou me preparar enquanto dança para mim.
Abri uns botões da minha blusa, deixando o sutiã vermelho chamativo a mostra. Soltei o cabelo para parecer mais sexy, apesar que nunca me sentira bem comigo mesma. Mas Ethan despertara em mim vontades de descobrir mais sobre ele.
Ele passava a língua para umedecer os labios.
E eu sorria para ele com o canto da boca. Ajeitei me em sua frente e joguei o cabelo para o lado, pude ver ele saltar na cadeira de tanto desejo.
Dei play na musica novamente, só que dessa vez sentei em seu colo, de frente para ele.
Senti me corar quando percebi o volume por baixo de sua calça, tentei não rir, porque eu nem fizera nada ainda e ele já estava parecendo um lobo atrás de uma vítima.
Coloquei as mãos em seus ombros e passei meu lábio inferior em seu pescoço, subi até sua orelha e mordi de leve, fazendo ele movimentar se com brutalidade para soltar se da gravata.
-NÃO FAÇA ISSO RUSSELL, se eu me soltar daqui vai ser complicado para você.
Eu o encarei sorrindo.
-To pagando para ver. – disse eu passando as unhas por sua nuca.
Pude ve lo arrepiar.
-Não era você que não sentia?
-Eu disse que tinha desejos, e meu desejo agora é to jogar em cima dessa mesa e fazer você gritar pelo meu nome.
-Uau, você passa tempo demais vendo filmes heréticos.
Ele se inclinou para frente e deu um chupão na região perto do meu peito.
-Ta ultrapassando as barreiras. – disse eu empurrando sua cabeça para trás.
-E você esta me deixando louco.
A musica parou de tocar mas continuei sentada em seu colo de frente para ele.
-Não vai dançar?
-A música acabou.
-Volte a de novo.
-Não, eu enjoei. – pude ve lo ranger os dentes, mas centrei em sua expressão e seu maxilar travado.
Mudei a musica, era Take you down do Chris Brown, sabia que essa musica era otima para lap porque via os shows ao vivo do Chris, e eu amava quando ele escolhia alguém para dançar para ele.
Prendi meus dedos entre seus cabelos, e em seu colo meu corpo acompanhava a batida da musica. Eu tentei mostrar toda minha sensualidade naqueles movimentos de vai em vem, era meio estranho estar fazendo aquilo. Tentei manter a pose, ele estava bem excitado, dava para notar de longe.
Parei por um tempo.
-Russell o que está fazendo?
Troquei a posição agora eu estava de costas para ele, eu rebolava em seu colo de uma maneira sensual.
Eu sentia que estava no controle ate que suas mãos se soltaram e ele me puxou contra seu corpo fazendo eu gemer baixinho.
Ele passou a mão pelo meu pescoço e desceu a para o meu peito, ele apertou com força fazendo eu desabar feito uma manteiga derretida, revirei os olhos de prazer.
Ofegante disse.
-Passou de sua cota.
Ele não me soltava, e agora parece que ele estava no controle. Ele sussurrou varias coisas no meu ouvindo fazendo eu me contorcer.
Não conseguia afasta lo.
-Ethan, para, a intenção era só olhar.
-Eu não quero olhar, eu quero pegar. – disse ele desabotoando todos os outros botões da minha blusa.
Ele me virou de frente para ele e com a mão em meu peito voltou para primeira etapa que era chupar o meu pescoço.
Eu arranhei suas costas com toda a minha força fazendo ele suspirar.
Tudo que estivera na mesa aquele momento foi parar no chão, ele me deitou ali mesmo e beijou minha barriga. Eu ri pois sentia cócegas naquela região, suas mãos vasculharam meu corpo. Eu pude vê lo tirar sua camiseta preta, que por sinal não era a mesma que ele estivera quando veio aqui mais cedo.
Ele puxou me para perto e se livrou da minha calça, olhei para baixo e senti vergonha por um momento, afinal eu só estava de lingerie.
Sentei me na mesa e o puxei pela nuca para beija lo, ele entrelaçou seus dedos nos meus em uma forma de carinho e sorriu enquanto ainda o beijava.
Ele mordiscou meu lábio de leve, agora sua mão estava indo em direção ao fecho do meu sutiã.
Segurei sua mão.
-Pera. – disse afastando o. – eu nunca fiz isso antes.
Ele afastou uma mecha de cabelo que estava caída em meu rosto, e sorriu gentilmente.
-É só relaxar e deixar que eu faço tudo, confia em mim. Tenho as coordenadas.
Eu estava sem graça naquele momento, pois tinha em mente o que estava fazendo. O fogo que sentia antes havia sumido, e eu estava tomada pela vergonha e pelo medo do que estava prestes a fazer.
-Isso é novo para mim, e ... é um pouco cedo demais.
-Cedo? Você acha que tem hora marcada para transar?
Eu soltei uma risada.
-Não, mas eu não sei nada sobre você, é como se fôssemos estranhos prestes a transar em cima da MESA DE TRABALHO DO MEU PAI.
Eu não controlei a risada pois aquilo parecia bizarro, era engraçado imaginar eu fazendo aquilo com Ethan.
-Deixa tudo comigo, eu garanto que não vai se arrepender. – sua mão mais uma vez tocou o fecho.
Ele o desabotoou, eu estava envergonhada demais para deixar ele me ver nua.
Para me deixar mais segura ele me beijou carinhosamente enquanto acariciava meu rosto.
-Confia em mim.
Assenti, as alças do sutiã estavam caídas sob meus ombros, Ethan ia livrar se dele até que uma voz veio da sala.
-Amby?
-Caralho, fudeu.
Saltei da mesa e fui recolhendo minhas roupas jogada por cada canto do escritório, abotoei meu sutiã e coloquei minha blusa, logo em seguida a calça.
-Estou aqui no escritório. – falei recolhendo as coisas do chão.
Empurrei o Ethan para a janela imensa que havia no escritório.
-Minha camiseta.
Corri e peguei a camiseta dele e arremessei de onde eu estava, ela caiu em seu rosto e ele pulou a janela.
Respirei fundo.
-O que esta fazendo aqui? – perguntou Kenzie.
-Perdi o sono e resolvi arrumar o escritório do papai.
-Você não combina com arrumação Amber Lee.
-Só que agora eu combino sim Kenzie.
Ela analisou tudo.
-Parece que passou um furacão por aqui, e a propósito esta com a blusa abotoada errado.
Eu apenas ri da situação, Kenzie não era a mais esperta, mas sabia quando eu estava aprontando.
Ela me ajudou a pegar as coisas do chão e me ajudou a organizar tudo em cima da mesa.
Olhei os quatro cantos da sala para ter certeza que estava no lugar e fechei a porta. Com o braço apoiado no ombro de Kenzie, disse.
-Vamos voltar a dormir.
Subimos para o quarto e nos deitamos, fiquei olhando para o teto pensando no que tivera feito até com que eu pegasse no sono.

AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora