dança comigo?

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Diferente de como Mark imaginou, a noite se passou tranquilamente. A única coisa que Donghyuck fez após seu banho, foi roubar os cookies do mais velho e dormir em seguida.

Mark o observou durante um tempo, o garoto era realmente bonito, precisaria se controlar para não sofrer. Assim como o outro, apenas deitou-se em sua própria cama, ao lado do outro corpo - porém em uma distância segura - e por fim, dormiu.

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Donghyuck acordou levemente atordoado, sua cabeça pesava devido a tamanha dor e sua garganta doía. Virou para o lado, na intenção de agarrar o pequeno pato de pelúcia que sempre abraçava enquanto dormia.
Se assustou ao perceber que o que estava abraçando não era o pato, e sim um corpo.
De alguma forma estranha, acabou gostando do contato de seus braços ao redor do tórax alheio, por fim, decidiu que permaneceria naquela posição.

Como um movimento involuntário, Mark abraçou Donghyuck de volta, tendo-o em seus braços.
Os olhos do coreano estavam arregalados e seu coração mais acelerado do que o normal. Se lembrou rapidamente de uma conversa que teve com Renjun, seu amigo, onde o estrangeiro o dizia que era comum sentir o coração acelerado quando se estava apaixonado.
Talvez apenas não estivesse pensando direito, mas definitivamente não estava apaixonado por Mark.

Pensando por alguns segundos, percebeu que talvez não fosse uma experiência terrível. O garoto era bonito, inteligente, prestativo e estrangeiro, como não se apaixonar?

Inspirou o ar de forma minimamente mais severa, sentindo o cheiro forte de bebê que o outro exalava.
Mark, por sua vez, tardou a perceber a situação em que se encontrava, dando tempo suficiente até mesmo para que o dono do corpo grudado ao seu fosse capaz de dormir novamente. Não se importou com a situação, lá no fundo, estava até mesmo tirando proveito de tudo, principalmente porque, próximo daquela maneira, Donghyuck parecia mil vezes mais lindo.

Sentiu um ser se remexendo, ainda em seus braços.

- Bom dia. - disse, sorrindo.

- Bom dia... - o Lee mais novo ainda processava tudo calmamente, não se dando conta de que talvez a situação pudesse ser um pouco constrangedora. - M-me desculpe por isso, pensei que estivesse na minha cama.

- Tudo bem, eu não reclamei. - sentenciou, fazendo o outro levantar cuidadosamente seu rosto, somente para poder encarar o seu semelhante.

- Obrigado por ontem.

- Você se lembra?

- Vagamente, mas sim.

- Não foi nada. Você está melhor?

- É, eu diria que sim. - tentou se separar do contato, mas por um momento, sentiu como se Mark houvesse feito menção de o prender ali.

O canadense pareceu acordar de um transe, queria continuar daquela forma, mas não parecia ser recíproco.

- Isso é bom. - sorriu sem graça, virando seu rosto para o teto.

- Você é bonito, garoto do Canadá. - nenhum dos dois deixou de reparar nas feições alheias, ficaram admirados com os detalhes um do outro.

- O-obrigado. - o silêncio voltou a se fazer presente, até Mark decidir que não havia problema em expor seu pensamento, igualmente como o outro fizera há segundos atrás - Você também é, Hyuck.

my singer → markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora