nós não sabemos disfarçar

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Após a gigantesca revelação de Donghyuck, a mente de ambos pareceu pedir por um descanso. Eram muitas coisas a se pensar, muitas coisas a se confirmar.
Eles não duvidavam de seus sentimentos, estavam somente confusos sobre o que fazer com eles e sobre como seria o relacionamento dos dois de agora em diante.

Caminhavam tranquilamente em direção a casa de Mark. Decidiram que seria melhor se passassem a noite juntos novamente para que pudessem, oficialmente, resolver as coisas entre si.

— Donghyuck?

— Oi? — respondeu, sem tirar seu foco do chão.

— Vamos tentar namorar?

Donghyuck parou no meio da rua. Estava sorrindo, mas permanecia confuso também.

— Você está me pedindo em namoro de novo? — perguntou, com os olhos quase fechados enquanto encarava o mais velho.

— Não! Quer dizer, sim! Não é exatamente isso. A gente se gosta, pensei que poderíamos ir aos poucos, é claro que ainda temos nossas dúvidas. — observou o outro concordar com a cabeça.

— Sendo assim... Sim, vamos tentar.

— Eu posso te beijar?

— Você não precisa me pedir.

O canadense se aproximou e apenas depositou um beijo estalado na bochecha de Donghyuck.

— Mark?

— Sim?

— Você não acha isso estranho? Nós éramos amigos e... Eu não sei. É complicado pra mim, eu nunca pensei que eu fosse gostar de um garoto. Nunca pensei que fosse gostar de alguém da forma que eu gosto de você. — a última parte saiu em um tom um pouco mais baixo, mas Mark conseguiu ouvir.

— Eu entendo, Hyuck. Mas sabe, apenas se permita. Não há nada de errado em amar alguém, você deveria se importar menos com isso e se importar mais consigo mesmo.

— Você é incrível, namorado. — sentenciou, fazendo com que os dois corpos presentes ali naquela prolixa rua se arrepiassem. 

— Obrigado, Hyuck. — se aproximou para que pudesse segurar a mão do parceiro. 

Havia hesitação de ambos os lados. Ter um relacionamento, contundo, era algo novo para os garotos, eles não faziam ideia de como agir na presença alheia, mas estavam se esforçando. 
Não demorou muito e chegaram na casa dos Lee. Cumprimentaram a mãe do mais velho e seguiram para o quarto do mesmo. 
Donghyuck se jogou na grande cama, sendo seguido de Mark, que se deitou ao seu lado e o abraçou.

Ninguém disse nada, não queriam estragar o momento, ainda mais Donghyuck, que conseguia escutar as batidas do coração de Mark pela posição em que se encontravam. Era estranho saber que o motivo de uma pessoa estar quase enfartando ali, é você. Mas estava gostando dessa ideia. 

— O que você quer fazer? — questionou, após ficarem alguns minutos na mesma posição.

Ergueu sua cabeça, para que pudesse encarar o rosto daquele que falava consigo. Porém, se arrependeu instantaneamente quando se pegou admirando os lábios rosados do garoto canadense. Era hipnotizante, sendo um romântico nato, Donghyuck tinha esses momentos em que dedicava seu tempo para valorizar ainda mais cada detalhe de Mark Lee. 

— Uau, nem disfarça. — riu.

— Desculpe? Disfarçar o que? — questionou, confuso.

— Você fica aí, admirando minha boca. É só dizer que quer que eu te beije. 

— Como se uma boca só servisse pra isso. — rebateu, revirando os olhos. Foi então, que percebeu que havia se expressado bem mal. Em sua cabeça, aquela frase não era tão maliciosa quanto parecia.

my singer → markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora