Depois de passarem um bom tempo no local apresentado pelo ruivo, os meninos voltaram para suas respectivas casas, com exceção de Donghyuck, que acompanhou Mark até sua casa.
A verdade é que estava faminto e não viu problema em pedir para que Mark o cedesse algum alimento.Após comer sua maçã, se despediu de seu amigo e seguiu em paz para sua casa. Durante a ida, Donghyuck se segurava para que não chorasse mais do que deveria, mas na volta, ele se sentia calmo.
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Já passaram-se dois dias desde que Mark esteve junto do coreano, sua vida voltara a ser repleta de momentos tediosos e nada produtivos, mas já estava acostumado o suficiente para não se importar.
De alguma forma estranha, porém boa, o clima havia mudado completamente e na opinião do Lee, não poderia estar melhor. Gostava de dias chuvosos porque era obrigado a ficar em casa e poupar qualquer tipo de esforço, a parte ruim é que poupava esforço demais, a ponto de perturbá-lo.
Estava observando alguma coisa em seu celular, mas queria mudar um pouco de cenário. Sondou por sua playlist preferida ali, tocando-a exatamente como estava programada. Odiava o modo aleatório, preferia que as coisas fossem planejadas, não uma bagunça completa e sem sentido.
Levantou de sua cama em um pulo, se dirigindo até a janela em seu quarto. Se acomodou ali, sentado não muito confortavelmente, mas admirar a calmaria na rua e as gotas de água que desciam delicadamente, de forma prolixa, era como um calmante.Se surpreendeu ao perceber uma movimentação um pouco estranha, alguns metros distantes de sua casa. Uma pessoa caminhava pela chuva, mas de uma forma peculiar.
Era comum que, em momentos como aquele, as únicas pessoas que estivessem presentes do lado de fora de suas casas, encontrarem-se correndo, ou apenas caminhando apressadamente com um guarda chuva.
Aquele ser definitivamente estava fazendo o oposto de tudo isso. Andava como um zumbi, aparentemente sem nenhuma proteção, mas pela distância e o embaçado da janela, Mark não conseguia ter certeza.
Continuou encarando, curioso sobre o que viria a seguir. Colocou seu óculos, para que pudesse notar melhor qualquer atitude suspeita.Novamente, chocou-se quando a pessoa apenas se ajoelhou no chão e ficou lá, imóvel. Era definitivamente o momento que deveria agir.
Desceu as escadas com certa agitação, procurou por um guarda chuva e assim que o localizou, abriu a porta e foi em direção a aquela pessoa. Quase morreu do coração ao perceber que se tratava de Donghyuck ali, praticamente jogado no chão.- Lee Donghyuck? O que está fazendo? - o puxou pelo braço, incentivando que se levantasse e o seguisse.
Assim o fez, sem pronunciar sequer uma palavra.
Para sua sorte, seus pais não estavam em casa novamente. O pai se encontrava no trabalho e a mãe foi as compras, como fazia de costume, o que facilitava para que pudesse tomar conta do pequeno garoto.- Vai me contar o que aconteceu?
- Ah, Mark, faz carinho em mim. - pediu, com um tom de voz diferente do que estava acostumada a usar, se jogando sobre o moreno.
- O que? - se assustou com o corpo alheio tão próximo e entregue ao seu, mas fez um pequeno carinho no topo de sua cabeça, como consolo - Donghyuck! - chamou, afastando o outro ao se lembrar de seu principal objetivo - O que há com você?
- Sei não, bebê. - riu.
Aquela resposta fora suficiente para que Mark pudesse sentir o cheiro de álcool que se fazia presente no momento. Entendeu a situação, suspirando frustado. O que o levou a chegar naquele estado?
- Venha, vamos tomar um banho.
- Ok, me lava direitinho. - sorriu sapeca.
Foi guiado por Mark até que chegassem no banheiro.
- Eu não vou fazer nada, você vai tomar banho por conta própria, 'bebê'. - provocou, usando o apelido que fora aplicado em si momentos atrás.
- Malvado. - fez um bico e rapidamente, começou a se despir, sem se importar com a pessoa presente ali.
Mark analisou se seria melhor permanecer ali para vigiar e assegurar que, Donghyuck sairia dali vivo e seguro, ou, se apenas o deixava ali mesmo, respeitando sua privacidade.
Optou pela primeira opção, não era como se nunca tivesse visto um pênis antes em sua vida. Não tinha segundas intenções, colocou em sua mente que estava apenas fazendo um bom trabalho como amigo, mas Donghyuck não estava facilitando quando o olhava fixamente, fazendo o observado tentar decifrar aquele olhar.
- Só acelera aí, hm? - pediu, começando a ficar nervoso.
Depois daquilo, o mais novo apenas concordou e prosseguiu seu banho tranquilamente, sem provocações ou atitudes que causassem um nó na cabeça de Mark.
- Eu faço isso com certa frequência, sabia? - franziu o cenho, não entendia onde o outro queria chegar com aquele diálogo - Eu disse pra você, não consigo viver mais dessa forma, sem meu pai. Eu sei que parece drama, mas eu flagrei minha mãe se esfregando em um cara enquanto estava perto de um bar. - riu, apesar de transmitir, claramente, tristeza e indignação.
- Como ela pôde se esquecer dele tão rápido? Às vezes eu sinto como se ela estivesse até mesmo... - deixou sua fala morrer, permitiu-se tombar a cabeça para trás e inspirar o ar com força - Como se ela estivesse me esquecendo.
Mark não sabia o que dizer, nunca lidou com aquele tipo de situação antes.
- Sinto muito. - movimentou os lábios em um certo desconforto - Isso vai passar, Hyuck. Apenas deixe que sua mãe viva a vida dela também, se ela estiver bem com isso.
- Sim...
Mark hesitou antes de tomar esta decisão, levando em consideração que o ruivo estava pelado e molhado, mas preferiu não se importar, puxando-o para um abraço.
Donghyuck se assustou, mas retribuiu da mesma forma, apertando seus braços em volta da cintura de Mark.- Vou pegar umas roupas pra você. - cessou aquele contato, indo até a porta, para que pudesse sair dali, mas uma as palavras alheias chamaram sua atenção.
- Não quer me ver pelado mais um pouco?
- Não nesse estado. - balançou a cabeça, aquele garoto era diferente de uma forma absurdamente boa.
Saiu do local apenas para que pudesse pegar algumas peças confortáveis para o Lee. Escolheu uma camiseta sua que fosse um pouco mais justa, ela era listrada e de mangas compridas. Pegou também, uma calça que tinha ali, parecia confortável.
Voltou para se encontrar com o menino despido em seu banheiro.- Aqui. - entregou as roupas.
- Valeu.
Donghyuck observou o lugar, procurando por algo. Sorriu, ao encontrar uma toalha azul turquesa. Se secou, para então, poder vestir-se.
Mark parecia frustado, já que, aquela era sua toalha e deveria lembrar de trocar por outra mais tarde.
Saiu do banheiro, sua missão de fazer o outro tomar um banho apenas para que não ficasse doente, estava completa.Agora teria de lidar com um Donghyuck carente e bêbado, mas não se importava tanto assim, levando em consideração que era sempre aquela pessoa que o tirava de seus piores momentos de sedentarismo.
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my singer → markhyuck
Romanceonde mark era fã apaixonado de bruno mars e ouviu haechan cantar uma de suas músicas.