Espero que gostem!! Boa leitura!!
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Peste bubônica é o nome pela qual ficou conhecida uma das mais devastadoras pandemias na história humana, resultando na morte de 75 a 200 milhões de pessoas, causada pela ira de um deus.
Eles estão entre nós. E um deles, aguarda por seu sacrifício.
A cada duas décadas uma oferenda deve ser feita ao deus da Morte. Um corpo vivo, virgem, considerado o mais belo dentre todos os mortais humanos. E isso não deve ser negado a divindade de modo algum.
Os resquícios da negação aos deuses ainda maltratavam as memórias dos que restaram. Famílias dizimadas, casais e amigos separados para todo o sempre. De fato, desagradar o deus não foi a ideia mais sábia.
A Morte Negra levou metade do que realmente deveria. Por um pedido de clemência de um garoto jovem e bonito demais para ser considerado humano; a oferenda que os pais recusaram-se a deixar partir para longe.
Um único pedido que foi capaz de acalmar o coração mais rancoroso e brutal de Taehyung, o deus da Morte.
A oferenda foi feita, e o deus levou consigo a sua pandemia preferida, que mostrou aos humanos seus devidos lugares, e que se não devia brincar com sua paciência.
E ele voltaria novamente. Atrás de sua oferenda. Atrás de Jeongguk.
Duas décadas depois da Peste Bubônica - o dia da oferenda.
Jeongguk sentia o peito apertado. Estava sentado, olhando pela janela a tempestade forte que caia. Os relâmpagos iluminavam o céu, o vento balançava as árvores com força. As gotas de água caiam de forma pesada do outro lado.
Levou as mãos até o colo, apertando-as uma na outra ao ouvir a batida leve na porta do seu quarto. Engoliu, antes de responder.
- Pode entrar - disse baixo, ouvindo a porta ser aberta devagar.
- Querido? - sua mãe chamou em um murmúrio, tentando não deixar o rapaz mais nervoso do que já estava. - Já está na hora. Precisa ir se arrumar.
Jeongguk arfou, olhando para a mãe antes de assentir.
- Eu já estou indo - respondeu. Sua mãe deixou o quarto, e Jeongguk levantou-se da cadeira, indo em direção ao banheiro. Retirou as peças que usava, ficando desnudo. A água caiu por seu corpo de forma morna, o que contrastava com o frio que estava devido ao temporal.
Sentou-se sobre os próprios calcanhares, limpando cuidadosamente todo o corpo. Demorou para terminar, saindo do banheiro em seguida. A roupa que deveria usar já estava sobre a cadeira que antes permanecia sentado.
Uma calça branca que adequava confortavelmente em seu corpo; uma camiseta transparente. Era tudo o que usaria. Respirou fundo, caminhando até elas. Enxugou todo o corpo, vestindo cada peça como lhe era pedido.
Foi em direção ao espelho, penteando as madeixas negras e úmidas. Não as manteve completamente ordenadas, deixando algumas mexas caírem sobre sua testa.
Saiu do quarto logo após. Seus pais já estavam devidamente vestidos também, entretanto, a cor de suas roupas era preto.
- Estou pronto - disse enquanto aproximava-se dos progenitores. - Vamos?
Seu pai foi o primeiro a abraçá-lo com força. Sua mãe fez o mesmo em seguida.
- Sentimos muito por isso - sua mãe disse. Acabou por sorrir pequeno sem mostrar os dentes, tentando passar alguma confiança para ela. Todavia, não estava nem um pouco confiante.
Saíram de casa em seguida. Já não chovia mais, mas o vento frio ainda os acompanhava. Jeongguk tremia levemente a medida que aproximava-se do seu prédio facultativo, onde cursava Fotografia.
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God of Death | taekook
Hayran KurguA cada duas décadas uma oferenda deve ser feita ao deus da Morte. Um corpo vivo, virgem, considerado o mais belo dentre todos os mortais humanos, selecionado a dedo pelo deus. E Jungkook se ver sem alternativas ao ser escolhido por Taehyung.