P.S. Trechos em - itálico - indicarão pensamentos, tá?
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Dormir após tudo o que aconteceu, de fato, era uma tarefa que já estava fadada ao fracasso. Eu exprimi de minha memória toda a capacidade que ela tinha de registros e desenvolvi milhares de teorias. E é claro que existem teorias mais óbvias, como:
1. A 11 meses atrás, eu conheci um rapaz chamado Daniel, estudávamos na mesma faculdade. Ele já havia me chamado para sair duas vezes e sempre fazia de tudo por mim. A última vez que eu o vi foi na última feira que eu participei em Ubá mesmo. Eu estava vendendo as geleias, que eram resultados da receita de minha mãe, ele apareceu, perguntou como eu estava e levou uma, dizendo: Comprarei só uma para ter uma desculpa de encontrá-la na próxima. (E sorriu)
Eu achava o Daniel um fofo, mas não estava com cabeça para um relacionamento. Eu sempre o cativei como amigo e gostava de sua companhia. O caso era que eu saí de Ubá antes de encontrá-lo. A pergunta é: como ele me achou?
2. No dia do acidente da minha mãe, há 7 meses, eu conheci o Bruno. Seria hipocrisia dizer que ele não mexeu comigo, mas já tem tanto tempo. Outro fator que pode facilmente refutar a minha teoria é que ele mora em São Paulo e tem toda uma vida lá. Não acredito que ele seja o responsável pelas flores e carta depois de tanto tempo...
3. E tem o Marcos, o médico charmosinho que pareceu muito atencioso (tipo, MUITO MESMO) quando cuidou de mim no hospital após ao meu desmaio traumático, depois do acidente da minha mãe. O caso é que eu não lembro de ter dito nada sobre mim ou sobre a minha mudança de cidade com ele. E outra: nem meu número de celular dei para ele (confesso ter me arrependido depois, 🙄)
E de todas as minhas milhares de teorias, essas seriam as três com uma probabilidade maior (mas não convincente) do meu remetente anônimo. Tanto o Daniel, quanto o Bruno e o Marcos, eu vi pela última vez há 7 meses. (Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa) Era muita informação e só existe uma pessoa que eu sei que vai me ouvir e me ajudar a entender esse enigma: Aline.
Peguei meu celular e mandei uma mensagem para ela:
>> 08:43
Oiii08:43 <<
Apareceu a margarida!!>> 08:43
Eu já disse que amo o fato de você me responder taaaaão rápido?? 💕08:44 <<
Já e já sei o que vem junto com esse amorzinho todo. O que você quer?>> 08:44
Aí grossa! (Kkkkk) Preciso falar URGENTE com você.08:45 <<
E eu preciso lhe mostrar uma coisa. No mesmo lugar de sempre??! (Hahaha)>> 08:45
Ai, Aline. Agora estou curiosa. Sim, no mesmo lugar, às 15:00hrs. Hahah08:47 <<
Quanto à curiosidade: somos gêmeas! 😅
Até lá.Aline é ótima. Pelo menos, terei tempo de conversar sobre TUDO com ela hoje. Antes, preciso visitar as minhas margaridas.
Fui até a floricultura pegar as minhas encomendas com o Arthur: 6 mini suculentas em porcelanas amarelas. O Arthur estava fazendo uma entrega, mas a nova atendente foi muito gentil.
Para os curiosos, as minhas margaridas são 6 senhorinhas que eu adotei no coração para cuidar e visitar, pelo menos uma vez por mês e hoje era dia de visita!
Cheguei no hospital, falei com a Susie da recepção, como de costume. Ela liberou o meu acesso:
- Oi, Mila! Como está? Está sabendo das novidades, né? A Dra. Patrícia saiu de férias e foi para Cancun!!!
- Oi, Susie! Estou ótima, a Paty merecia esse mimo, mas como ficou a observação da Rosa? (A Rosa é uma das minhas margaridas que a Paty cuida)
- Ela, antes de sair, já tinha agilizado uma substituição temporária. Fique tranquila!
- Aaaah, que bom. Vou indo, então, Susie. Nos vemos já já! - disse enquanto ia na direção do elevador e soltei um beijo para ela.
Apertei o botão de subir. Enquanto esperava, peguei o celular para ver se a Aline tinha mandado alguma coisa: NADA. O elevador chegou e quando levantei a vista não acreditei no que vi:
- Eu sabia que iria encontrar você aqui! - disse o médico charmosinho com um sorriso de orelha a orelha.
- Oiiii, Marcos... - a única reação que Camilinha aqui foi capaz de ter.
Será que ele é o meu
remetente anônimo?
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E se...
RomanceCamila, acaba de perder a mãe e ainda não sabe como tocará a vida com seu pai, que sofre com a perda da esposa. Um encontro inusitado pode ser sua chance de recomeço. Seu único problema: insegurança. Se gostar, compartilha com sua galera e não esque...