Capítulo 4

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Miranda passeava com Manu em uma elegante praça chamando a atenção dos paparazzi já ultimamente, sua vida era um assunto interessante para as pessoas. Protegendo sua pequena, ela foi para a mansão de Solano, definitivamente ela não aceitaria aquilo. Fazia um mês que ela estava ali, cumprindo um trato no qual ela via que não teria sucesso. Ele dissera que seria um pai, mas não era isso que aparentava ser. Se fosse para ser assim era melhor que Manu não conhecesse o pai galinha que tinha. Miranda sabia que estava decepcionada com ele, mesmo sem conhecê-lo direito, concordou em lhe dar uma chance e o maldito havia roubado seu coração.

Ela pensou que ele sentia o mesmo até ver a foto que partiu seu coração em mil pedaços. Mas não era isso que importava. Havia um coração mais valioso na história, o coração de sua filha. Não seria bom para Manu crescer com um pai assim. Determinada a fazer algo, ela começa a fazer as malas, passava da hora de ver o pai na Itália, sentia falta da casa onde morou na adolescência. Mandou a governanta notificar Solano e pegou o avião com Manu na madrugada seguinte. Não tardou para chegar à casa de seu velho pai e encontrar seus irmãos reunidos.

Capitulo 3

Verona, Itália.

– Tia Mira! Gritou New filho de seu irmão Doug, abraçando Miranda com força. O pequenino havia crescido desde a ultima vez que o vira, a dois meses. Os cabelos negros e olhos marcantes eram um charme de fofura.

– New, que saudade! Onde está seu pai? Perguntou Miranda ansiosa para ver o irmão.

– Lá em cima com tia Talia e o vovô. Nós estávamos com saudades de vocês duas. Disse o menino esperto de sete anos fazendo carinho em Manu. Desde que resolvera adotar Manu, sua filha virou o chamego da casa.

– Eu também meu amor, vamos entrar para eu poder matar as saudades? Disse Miranda andando pelo enorme casarão a procura do pai.

– o vovô está na biblioteca tia Mira. Miranda correu os degraus depressa e logo se viu na enorme biblioteca do pai onde já lera muitos livros. O velho senhor estava sentado à bela mesa antiga feita de carvalho, concentrado em sua tarefa de ler Hamlet de Shakespeare, seu preferido.

– Olá papai. Disse Miranda fazendo o senhor a encarar com um sorriso feliz.

– Minha filha que bom te ver. Finalmente arranjou tempo para o seu velho! Disse ele se levantando e abraçando a filha mais velha.

– Ora que isso papai. Só não vim antes, pois estava a resolver um problema com o pai da Manu... O senhor Grigori a conduziu a uma poltrona confortável.

– Sim, Talia me contou esta história, e como é o tal sujeito? Perguntou interessado, desde que ela completara vinte e cinco anos, o pai tinha o estranho hábito de cobrá-la um casamento.

– Ah pai... Ele não combina com isso. Ele não para em casa, e vive trocando de namoradas. Ele definitivamente não está apto a ser um bom pai. Eu não quero que Manu viva assim. O lugar dela é comigo. Se ela for morar com ele... Eu nem sei.

– Você é a mãe dessa criança minha filha. Não importa se ela não tem seu sangue nas veias. Juiz nenhum vai entregá-la assim nas mãos dele. Disse o pai terno.

– Eu realmente gostaria que ele fosse diferente pai.

– Eu sei que sim minha querida, você já fez bastante por ele. E parece que tem algo mais ai... velho esperto, pensou Miranda com carinho. Seu pai tinha a habilidade de conhecê-la melhor do que ela mesma.

– A papai, eu me apaixonei por ele! Disse Miranda numa rara demonstração de sentimentos. Ela deixou que a angustia e as lagrimas presas se soltassem e foi consolada pelo pai. Nunca conseguia esconder nada dele, e agora seus medos e inseguranças surgiam como um campo minado.

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