Capítulo 7

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Já se passaram três dias desde sua ultima conversa com Solano na casa do pai, Miranda se remoía por dentro por não ter tido coragem de revelar a ele sua gravidez. Sua consciência lhe dizia que ele tinha o direito de saber, que ele já tinha sofrido o bastante procurando Manuella pelo mundo, que ela não poderia fazê-lo passar por isso de novo. Ela era uma covarde e sabia muito bem disso.

Ela acabava de arrumar Manu para um passeio na pracinha das flores quando recebe uma mensagem de Solano:

Demônio sedutor 16:00

Eu estou com saudades das minhas meninas, será que podemos sair juntos hoje?

Miranda 16:10

Eu já estava de saída com a Manu, quem sabe outro dia.

Demônio sedutor 16:10

Eu encontro vocês, só me diz onde, por favor!

Miranda 16:03

Tudo bem, me encontra na pracinha do centro, já chego por lá.

Demonio sedutor 16:04

Combinado mi amore. ;)

Porque não? pensou Miranda, sua garotinha sentia muita a falta do pai e ela jamais deveria se entrepor na relação dos dois. Miranda optou por usar um de seus vestidos de verão com o tradicional estilo pinup que ela adorava. Desde pequena sempre gostou de coisas antigas, clássicas como ela costuma dizer. Quanto à pequena Manu, uma roupinha adorável que a deixava ainda mais linda aos olhos da mãe.

Ao chegar à praça imediatamente avistou um homem corpulento e alto que se destacava das mães que brincavam com seus filhos no mesmo ambiente. Todas as mulheres lhe atiravam atrevidos olhares despertando um terrível ciúme em Miranda. Ao vê-la ele dá um sorriso aliviado, por um momento pensou que ela não viria. Manu ao ver o pai começou a se agitar no colo da mãe, fazendo com que a mesma a colocasse no chão gramado, imediatamente a pequena correu desengonçada e aos gritos para o pai. Essa cena emocionou Miranda que com os hormônios sensíveis encheu os olhos de lágrimas.

- Minha princesa que saudade! Papai te ama muito filha, perdoa o papai por ter ficado tanto tempo longe de você. Disse Solano emocionado beijando a cabecinha cheirosa de sua menina. Manu apenas sorria e olhava o pai com adoração.

- O importante é que você está aqui agora Solano, nossa filha te ama muito.

- Obrigado por vir Miranda, você só alegra meus dias. É muito ruim voltar para uma casa vazia todos os dias, sinto falta de vocês duas em nossa casa. Ele a encava intensamente, seus olhos lhe transmitiam uma certeza que a deixou constrangida.

- Não somos um casal Solano, como você bem sabe. Disse ela simplesmente e começou a caminhar sem dar-lhe tempo para retrucar.

- Por enquanto eu vou deixar passar, mas logo teremos que conversar sobre isso. Quero você ao meu lado Miranda e falo sério.

- Querer não é poder como você bem sabe. É ali que iremos fazer nosso piquenique. Apontou ela para um canto afastado do gramado e cercado de belas flores silvestres. – a Manu adora flores, esse é seu lugar preferido.

A garotinha afoita já foi logo se remexendo agitada nos braços do pai, fazendo-o a colocar no chão onde ela imediatamente começou a correr na direção das flores conversando animadamente com elas em sua linguagem infantil.

- Ela é tão doce e gentil! Parece com você. Diz ele a olhando profundamente.

- Como você sabe? Você mau me conhece.

A C A S OOnde histórias criam vida. Descubra agora