Capítulo 8

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Solano

A família de Miranda era tão animada. Solano ficou com medo de ser espancado por seus irmãos, mas no fim havia gostado deles. Acabara confessando seus sentimentos para toda a família dela. Nunca havia se sentido assim com mulher nenhuma, mesmo estando com várias. Ele nunca quis cuidar e proteger, só transar. Mas Miranda era diferente. Seus sorrisos, ela pensava que ele não sabia, mas ele a via muitas vezes, cuidando de mendigos, visitando orfanatos. Ela era tão gentil com todos, tão doce e, no entanto virava uma leoa para defender Manu. Ele se sentia estranho no inicio, pensar tanto nela, a querer tanto. Tudo em Miranda lhe chamava atenção. Seus cachos vermelhos e longos. Seus olhos claros e exóticos. Seu corpo curvíneo. E quando ela dançava... Ele ficava louco. Naquela noite, quando ela se entregou foi único. Ele era o único homem na vida dela, o primeiro e sentiu uma imensa vontade de ser o ultimo. Ele a queria. Ela era minha cigana. Minha mulher pensou. Pretendia casar com ela, tê-la ao seu lado. Ela precisava saber do seu amor.

– Mira esta tudo bem? A irmã de Miranda, Talia olha pra ela preocupada. Ela está pálida e assustada. Miranda se levanta rapidamente.

– Eu só preciso tomar um pouco de ar. Com licença. Ela se retira da sala sem olhar em sua direção, pedindo licença ele a segue. Ela vai para o quarto de Manuella que a essa altura já dormia como uma pedra em sua cama infantil. Parado na porta, sem se revelar Solano a observa. Ela pega a pequena Manu no colo e sorri para a menina que entrelaça as mãozinhas no cabelo da mãe ainda dormindo.

– O minha pequena. Eu não sei o que fazer. Meu coração parece sair pela boca. Seu pai disse que está apaixonado por mim, tenho medo filha. Pois eu o amo tanto. Será que ele será capaz de mudar para cuidar de nós três? Três? Solano ficou pasmo. Será que?

– Três? Ela se virou no susto. Ele estava curioso, o que ela tanto escondia?

– Nós... Eu e nossos filhos. Ela disse de cabeça baixa.

– Desculpe Miranda, eu ainda não entendi. Ele queria que ela dissesse.

– Eu estou grávida de um filho seu.

– Você pretendia esconder isso de mim? Solano se sentia traído e com raiva. Ela pretendia esconder seu filho, pretendia fugir assim como Emmeline.

– Eu descobri não tem muito tempo. E eu não sabia o que fazer. Eu só não queria ficar ligada com alguém que não me amasse. Só isso. Ela olhava em seus olhos com sinceridade. Apesar do choque no primeiro momento Solano se pegou feliz. Miranda estava grávida de um filho seu. Ele queria poder abraçá-la e dizer que estava tudo bem, mas antes, teria que ajeitar as coisas.

– Miranda. Ela o olhou, ainda tinha Manu nos braços.

– Eu te amo. Disse ele com lágrimas nos olhos.

– Você não precisa dizer isso. Está tudo bem, Solano. Você não precisa se sentir obrigado...

– Cala a boca marrenta. Ele a beijou sentindo o gosto de sua boca doce. Ele a desejava. Ela estava especialmente bela com seu vestido decotado. Os seios convidativos eram uma distração então, ele a olhou nos olhos e sorriu.

– Eu não me sinto obrigado a nada. Não ouse dizer que vai cuidar de tudo sozinha porque você está carregando nosso filho ai e eu não poderia estar mais feliz. Acredita em mim Miranda. Eu amo você. Eu amo seus sorrisos, amo sua doçura, sua força. Até esse seu jeito teimoso e marrento. Eu quero muito que você seja a única mulher em minha vida. Ela sorriu tão doce e sincera. Ela tinha lágrimas nos olhos.

– Eu também te amo Solano. Você é o único homem que eu amo. Estou feliz por ser a mãe dos seus filhos. Ele se sentiu tão feliz ali, tinha tudo. Ele estava realmente feliz. E queria que isso durasse para sempre.

– Quer ser minha esposa Mira? se ajoelhou perante ela. A feiticeira que roubou seu coração e sua calma.

– Claro que eu quero. Ela tinha deixado a pequena manu no berço e se jogou nos seus braços. Ele ainda tinha que pedir permissão ao pai e aos irmãos, mas isso era surpresa.

– Então é melhor nós voltarmos né? Se não um dos seus irmãos podem pensar que eu estou me aproveitando. Ele disse rindo. Logo os dois voltaram à mesa onde todos conversam animadamente e pararam ao vê-los chegar.

– Finalmente o casal apareceu, eu estava para mandar os meninos atrás de vocês! Disse Pietro sorrindo maliciosamente. Seu futuro sogro era esperto e ele parecia saber o que estava acontecendo realmente.

– Eu queria conversar algo com vocês. Disse Solano com seriedade.

– Desembuche rapaz. Mesmo tendo trinta e três anos, perto do pai dela ele se sentia um adolescente. O que não deixava de ser verdade.

– Eu quero pedir a mão de Miranda em casamento, e gostaria da sua benção.

– Ora que rapaz cavalheiro. Bem, você faz minha garotinha feliz e é o pai da minha única netinha. É claro que eu dou minha benção. Tudo o que eu quero é a felicidade das minhas meninas. Ele ficou aliviado. Essa família louca tinha o conquistado. Tudo o que vinha dela era assim, surreal e interessante.

– Obrigado senhor. Eu vou fazê-la feliz. Eu dou minha palavra.

– Acho bom cunhado, caso contrário... Marcos lhe deu um sorriso macabro.

– Você pode contar com isso. Reforçou Doug.

– Calem a boca meninos. Você é bem vindo à família cunhadinho! Disse a gêmea Talia sorrindo.

A C A S OOnde histórias criam vida. Descubra agora