5. As Autoridades Tomam Providência

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   Nas ruas da cidade o desespero era palpável. As pessoas reinvidicavam que algo fosse feito. As autoridades deveriam tomar providências contra a infestação de ratos imediatamente.

   Alguns homens se dispuseram à caçar os ratos. Porém era como se a cada rato que um deles matasse, aparecessem dois outros no lugar. E então acabaram desistindo.
  O povo da cidade não tinha outra alternativa senão oferecer uma recompensa à quem conseguisse acabar com a infestação de ratos que estava destruindo plantações e invadindo dispensas e celeiros.

***

   Algumas notas de flauta podiam ser ouvidas à certa distância, sons irregulares e alternados de pequenas pausas, como se a próxima nota ainda tivesse de ser pensada.

  "Affs! Nunca vou conseguir concluir essa canção. Faz um mês e meio que Rosa se mudou, eu já estava compondo quatro meses antes dela ir, e nada dessa merda ficar boa. Só queria fazer uma canção quase tão bela quanto Rosa..."

   Ele colocou a flauta na boca mais uma vez e experimentou um novo som. Tentou mais uma vez, e então decidiu adicioná-lo à canção. Recomeçou tudo do início, os sons pareciam estar em harmonia agora, e ele já estava se empolgando, mas foi bruscamente interrompido por ratos que subiam em cima das pernas dele. Com o susto ele parou de tocar e se levantou no mesmo instante, olhou em volta e viu dezenas de ratos, por volta de uns quarenta, todos em volta dele, como se absorvendo a canção. Konradin fugiu dali o mais rápido possível.

   ***

  _Sinto muito, meu jovem, mas não temos mais condições de manter um empregado. Os ratos estão nos dando muito prejuízo, você bem sabe que esta infestação está acabando com a cidade. -Konradin recebia aquelas palavras como se fossem socos desferidos na boca do seu estômago, era dolorido além da medida.

"Como ele iria juntar o dinheiro para casar-se com Rosa?"

Mas ele compreendia que a situação era muito crítica. Aquilo tinha que acabar, ou a cidade acabaria.

   Konradin foi pra casa desolado. Ele estava muito otimista em relação ao seu emprego, estava ganhando muito bem e logo conseguiria dinheiro para buscar Rosa e casar-se com ela. Mas agora... Agora a cidade estava falindo e todos os moradores juntos.

  "Esse caçador de ratos deve aparecer o mais breve possível..."

então parou o próprio pensamento no meio, talvez ele não devesse esperar um caçador de ratos, talvez ele próprio devesse por um fim naquelas pragas.

  "Mas como?..."

***



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O Flautista de HamelinOnde histórias criam vida. Descubra agora