• Capítulo 14

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V A L E N T I N A

Drogo e eu resolvermos voltar para mansão, claro que eu protestei, afinal é meus estudos que estão em jogo, ele tem o tempo inteiro do mundo para estudar ou sei lá.

Enquanto caminhavamos em silêncio eu sentia um estranho calafrio por todo meu corpo. Sentia uma presença conhecida...

— Iezabel... – Ouço Drogo murmurar.

Algo dentro de mim ja sabia e gritava de medo por isso.

— Fique atrás de mim. – Drogo mandou passando assim seu braço em minha frente como uma proteção.

"Haahaa" Ouvimos a gargalhada debochada de Iezabel e como um sopro a mesma aparecera em nossa frente, havia algo de diferente naquela mulher; parte de seu corpo estava branco, ate mesmo seu cabelo, outra parte negra. Ela mais parecia o ying yang o que QUASE me fez rir.

— O lobisomem mordeu a língua de vocês? – Perguntara com um sorrisinho tosco.

— O que faz aqui Iezabel? Não nos machucou o bastante? – Drogo praticamente cuspiu as palavras, eu via a magoa em seu olhar.

— Oh Drogo... Por um acaso se esquecera de sua lealdade? – Seus olhos cintilavam em um tom de grafite assustador.

Eu confesso que estava temendo aquela filhote de cruz credo, isso porquê sentia e via que havia algo de diferente naquela mulher.

Drogo abaixou sua cabeça como se relembrasse do passado, isso me fizera querer voltar no tempo e descobrir o que havia de passado.

— Bom garoto, você quase conseguiu ser meu favorito, mas ao seu render a sentimentos fracos lhe fizeram falhar naquilo que era para ser feito. – Dissera, aquilo era algo só deles e pela primeira vez me senti uma intrusa nesse mundo sobrenatural.

Aos poucos fui dando passos para trás me virando prontamente para correr, mas como a vida não é um morango, Iezabel aparecera em minha frente me olhando maldosamente.

— Onde você pensa que esta indo? – Dissera calmamente.

O que mais me assustou fora quando seus dedos magrelos e frios tocaram meu pescoço trazendo meu de encontro a mesma.

Busquei os olhos de Drogo como um pedido de socorro, mas a única coisa que vi fora suas costas e cabeça cabisbaixa... Ele havia desistido de mim, escolhido ela!

A malévola me olhou nos olhos, senti um estranho formigamento por todo meu corpo. Parecia que estava entrando em combustão.

— Sua alma é minha. – Sussurrou e então largou meu corpo vazio no chão a tempo de ver ela me dar as costas e sussurar algo no ouvido de Drogo, depois disso me rendi a escuridão que em mim crescia lentamente.



Bartholy - Até a última gota. | Is It Love? |Onde histórias criam vida. Descubra agora