26 - De volta ao lar

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Olá galera!!!!!

Chegamos ao último capítulo! Tô com vontade de chorar! 

Falta só o Epílogo... E esse livro chegará ao fim!

Curtam o capítulo e amanhã posto o epílogo! 

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Conversamos até que ele caísse no sono, desejei poder dormir como ele. Poder esquecer todos os meus problemas nem que fosse por algumas horas, ser capaz de me afastar desse mundo e ficar inconsciente. Por mais que eu fechasse os olhos e tentasse com todas as minhas forçar, não era capaz.

O resto da madrugada passou lentamente. Fui andar pela casa e conhecer alguns de seus segredos. O primeiro lugar que fui vasculhar foi o seu escritório. Era uma sala pequena, cabia apenas uma mesa de vidro com uma cadeira de couro e um armário de madeira. Morar com Esme por tanto anos me trouxe um conhecimento sobre imóveis e móveis, e esse aqui era claramente um armário com mais de trezentos anos. Requinte e modernidade se entrelaçavam por toda a casa e aqui era bem evidente isso.

Depois fui eu para a sala onde tinha uma enorme TV e um sofá elegante. Entre eles uma mesinha de centro tão delicada que dava a aparência de que quebraria em apenas um sopro. Me aproximei da mesinha peguei um porta retrato em madeira com detalhes entalhados das iníciais de Vincent. Na foto havia três pessoas, Vincent no centro com vestimentas de formatura e um senhor ao seu lado direito vestido com um terno cinza escuro e uma gravata preta com listas pratas. Do lado esquerdo havia uma senhora com um vestido cor azul pavão, cheio de detalhes com pedrinhas brilhantes. Todos sorriam felizes. Deviam ser seus pais.

Me lembrei de minha primeira formatura em uma faculdade. Escolhi fazer medicina por causa de Carlisle e Edward. Foi tão mágico! Construir algo, ter um diploma em minhas mãos naquela época era uma conquista e tanto para uma mulher. Depois fiz uma faculdade de aletramento, filosofia, história, direito e entrei em cinco academias de dança. Que é minha verdadeira paixão. Demorou anos para que eu começasse a me sentir cansada da eternidade. E foi recentemente que descobri que jamais irei construir algo parecido com uma família. Olhei para a mulher sorridente na foto.

Desde quando desejei ser capaz de ser mãe? Desde quando quis gerar um ser dentro de mim? Ver meu ventre crescer sem ter a noção de como seria aquela pessoa que eu iria amar mais que tudo na vida... Ouvir sua primeira palavra... Talvez fosse mamãe... Sentir que meu coração fosse sair pela boca quando ele caísse quando tentasse se pôr de pé. Leva-lo até a escola, em seu primeiro dia de aula. Vê-lo crescer em tamanho e observar suas mudanças... Vê-lo se apaixonar pela primeira vez. Ir a sua formatura em uma faculdade. São momentos que a eternidade me roubou. Rosalie sempre esteve certa; estaríamos mais felizes se estivéssemos em uma cova. Mas com histórias simples, humanas e cheias de felicidade para contar.

Ouvi quando Vincent acordou. Deixei o porta retrato da mesma maneira em que encontrei e caminhei de volta para a cozinha. Coloquei uma panela no fogo e procurei por ovos na geladeira. Senti cheiro de geleia de amendoim, peguei para que passasse nas fatias de pão que havia separado. Tudo isso em menos de trinta segundos para que ele pensasse que era isso que eu estava fazendo. Arrumei a mesa enquanto ele fazia sua higiene matinal. Gostava de servir as pessoas... Acho que teria sido uma boa esposa.

Assim que ele me viu, veio até mim e me abraçou. O cheiro de menta que vinha de sua boca era agradável.

-Bom dia! - sussurrei.

-Bom dia... Humm... Esse cheiro está muito bom. - beijou meu pescoço.

-Fiz especialmente para você! - envolvi seus ombros e beijei levemente seus lábios. Era tão macio e tentador... - Acho que não tem se alimentado direito.

Permanente - Livro III (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora