Capítulo 22

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Eu: todo bem, vamos repassar a matéria

Jimin: eu não sei se eu quero repassar a matéria. Talvez repassar outra coisa que tenha acontecido no banheiro a 10 minutos atrás seja melhor

Eu: olha...isso não vai acontecer de novo

Jimin: está bem, agora diz isso olhando pra mim ao invés de para aquele planta. Acho que é um tipo de palmeira bem pequenininha

Eu: se chama Rafis, estudamos isso. Agora é melhor que preste a atenção no livro

Jimin: quer sair daqui? — ignorou minha ordem disfarçada de sugestão. A verdade é que eu só queria parar de lembrar do que aconteceu no banheiro. Impossível já que ele fazia questão de que aquelas imagens passassem na minha cabeça a cada cinco segundos

Eu: não. A prova e na segunda, não vamos nos encontrar no fim de semana. Precisamos estudar

Jimin: eu, realmente, não quero estudar

Eu: eu também não quero estudar com você mas é o que estou fazendo. Continuando

Eu não queria mesmo estar estudando com ele. Não queria estar estudando porque queria estar fazendo outra coisa com ele. Mais especificamente com a boca dele, ela estava inchada e rósea, perfeita para a minha. Era engraçado o jeito como as coisas com ele funcionavam. Por hora eu queira esquecer o que tinha acontecido no banheiro mas por outra a vontade que eu tinha de repetir a dose era exorbitante. O arrependimento era imenso mas o desejo se via mais presente em mim. O que eu faria sobre isso?

Depois das 12 vezes, que eu contei serem o número de vezes que meu aluno me fez gaguejar e corar, a matéria estava concluída e a hora de estudo terminada. Infelizmente agora eu tinha duas opções do que fazer: voltar pra casa e olhar pra cara da minha futura ex-esposa ou ficar perambulando por aí como alguém perdido que é exatamente como eu me sinto. Perdido. Eu preferia a segunda opção, se eu fosse pra casa acabaria discutindo ou o clima em casa não seria dos melhores. Mas logo uma terceira opção manifestou-se

Jimin: ai, você pode me levar pra casa ou pra algum lugar próximo dela? Eu agradeceria se fizesse mas não tem problema se não puder

Ele estava sendo educado e um tanto cauteloso, talvez por medo de eu dizer "não". Nunca diria isso. Ele era só um garoto, nem sei como seus pais deixavam andar por aí sozinho. Não é seguro. Muitas vezes Any me falou que se tivéssemos um filho eu seria um pouco neurótico. Eu não acho. Eu apenas me importo. Eu só não deveria me importar tanto com um simples aluno. Bem... infelizmente "simples" não descrevia muito bem Park Jimin. Árduo, custoso, incompreensível, complexo e mais algumas, descreviam muito bem Park Jimin

Eu: claro. Não tenho muito o que fazer por agora

Eu não deveria me enganar. Eu o levaria de qualquer forma só pra poder sentir um pouco mais seu perfume. Eu não conhecia essa fragrância, era único dele

Eu: eu vou pagar e já volto — fui até o caixa pra pagar a comida que eu tinha usado como forma de controlar a vontade que eu estava sentido de quebrar tudo a minha volta. Ela tinha dito simplesmente "tenho um amante". Eu comi excessivamente mas não quebrei nada. O peso a mais que eu ganhei perderia na academia, ela também me ajudaria a não quebrar qualquer coisa que eu vir na minha frente

Ela não tinha pago nem mesmo o que ela comeu. Acho que ela também usou a comida como abjeto de controle. Talvez não quisesse começar a chorar ou fazer qualquer coisa para que tivesse meu perdão. Ela o queira? Não sei nem se ela queria que eu a perdoasse. Nós sempre fomos sinceros um com o outro, talvez ela quisesse se livrar do peso da traição  pra que pudéssemos ser o casal que éramos antes. Duvido muito que isso aconteça

Hey prof... hey baby...Onde histórias criam vida. Descubra agora