Capítulo 19

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🅙🅤🅝🅖🅚🅞🅞🅚 🅞🅝

Casamento não é nem um pouco fácil. As pessoas são defeituosas. Existem pessoas bagunceiras demais, organizadas demais, difíceis demais, bipolares demais, anti-higiênicas demais. Não são defeitos, são características. Num casamento você tem que lidar com cada uma dessas características. Na verdade, algumas não e outras sim, não são exatamente todas

Brigas acontecem por causa característica. aquele que é demasiado organizado tende a discutir com aquele que é mais bagunceiro. Aquele que tem mania de limpeza tem a tendência de brigar com aquele que não gosta muito de limpar. É que ter um relacionamento com alguém igual a você é um tanto tedioso. Sempre vamos querer aquele que é diferente de nós

As opiniões diferentes vem e com elas a discussão de casal. Isso de se relacionar com alguém que seja praticamente você em outro corpo às vezes até que funciona, mas as vezes o seu parceiro cansa de você e simplesmente escolhe outro para por no seu lugar.

Só é ruim quando ela chega em você e diz "eu tenho um amante" como se fosse a coisa mais normal do mundo. Agora a questão não é opinião diferente, não é discussão boba ou nada do tipo. É traição. É quebra da promessa de "até que a morte nos separe". Eu entendo quando o casal esfria, a relação esfria, não tem mais paixão. Acontece. Mas a minha opinião é que ela não precisava ter arrumado alguém para transar ainda estando casada, talvez a opinião dela seja diferente. No final das contas estávamos discutindo sobre opinião, também.

Eu não a prendi nesse casamento, se ela quiser se divorciar eu não posso fazer muito coisa e nem vou. Ela só não precisava ter sexo com outro homem ainda estando comigo. "Eu não quero deixar você. Não quero mais trair você. Eu quero que me perdoe enque tentemos de novo" ela me disse isso as lágrimas enquanto eu só maturava na minha cabeça que também beijei outro garoto, beijei meu aluno. Eu não transei com ele, ela foi pra cama com o amante. Comigo foi só uma vez, ela está com ele a três meses. E mesmo assim não me sinto no direito de gritar com ela, porque por mais que eu não tenha ido além como ela, eu quis. Quis muito. E quando olho pra ele, eu quero. Então não, eu não tenho o direito de gritar com ela

Eu apenas disse que iria pensar no que fazer. Ela foi embora ainda com as lágrimas nos olhos e eu pude sentir meu peito apertar. Ela ainda é minha esposa e é muito importante pra mim, vê-la chorar mesmo depois de ter feito o que fez não me faz sentir melhor como deveria fazer. Mendaz querer abraçá-la por mais que eu saiba que ela não merece nem que eu olhe pra ela

Eu não tinha planejado beber já que, apesar de tudo, darei aula. Mas quando sua mulher diz que tem um amante não é muito fácil de engolir. Pensei que a cerveja iria ajudar

Mandei uma mensagem para o Park o avisando do local o de seria a aula. Eu voltaria pra casa se não fosse encontrar Any lá. Talvez ela chame o tal amante pra lhe fazer companhia. Como resposta do garoto, recebo uma pergunta. Me perguntava o por que da mudança de lugar. Como eu explicaria tudo? Não explicaria. Apenas disse para que não se atrasasse, eu já estou de mal humor, se ele se atrasasse só pioraria se é que é possível

O garoto chegou e parecia perdido procurando por mim. Não fiz questão de sinalizar mostrando o de eu estava, ele acharia. Por mais que eu não quisesse eu não consegui deixar de pensar que a camisa branca parecia feita sob medida pra ele, a bermuda que deixava suas coxas a mostra acabariam me destruindo, não a bermuda em si mas a pele que ela não cobria. Eu gostaria de pensar que esse menino só me incomodava estando ali naquele momento mas por incrível que pareça, a ideia de dar aula pra ele parecia aliviar os pensamentos sobre minha esposa e outro homem na cama

O garoto se aproxima e se senta a minha frente. A mesa estava um desastre, provavelmente teria que chamar um garçom pra limpar. Any preferiu comer primeiro para depois jogar na minha cara que ela mentia quando dizia que ia pra academia. Ela ia encontrar com o filho da mãe

Jimin: oi! Por que quis estudar aqui?

Ele não parecia tão animado como os outros dias, pelo o que eu conheço dele, ele tem uma personalidade do tupi divertida e alegre. Naquele momento parecia mais normal com relação a euforia. Comparando com o seu normal, ele não devia estar passando por um bom dia. Temos isso em comum

Eu: nada. Vamos ver tecido sanguíneo e a outra parte do conjuntivo que você disse que não entendeu

Ser direto me impediria de pensar naquilo, seria mais tranquilo. Era o que eu pensava já que cada vez que o olhava eu lembrava de sua boca. Era doce, tinha gosto de hidratante. Talvez fosse um viciado em protetor labial como eu.

Demos início a aula assim que o garçom limpou a mesa. Ele não parecia estar com muito boa vontade para fazer seu trabalho. Mas teve uma grande animação para pedir a gorjeta. Fui generoso, talvez com uma quantia alta ele melhorasse o humor e não afastasse a clientela com a cara fechada dele. Não que eu me importasse

Pedi para que o garoto me respondesse algumas questões com respostas completas. Do jeitinho que eu gosto. Era uma boa forma de ensinar e de aprender. Ele respondia bem, as aulas estavam valendo a pena

De repente eu senti um desanimo por lembrar que as aulas estavam acabando. Já que o teste já estava chegando. Claro que se ele quiser nós continuamos mesmo depois do teste mas não era sabido debele iria realmente querer. Por mim tudo bem

Em algum momento em me perdi mas suas falas. Os termos biológicos não eram mais identificadora por mim. Eu só conseguia prestar a atenção em sua boca se mexendo. Como consequência, lembrei de sua cintura e em como minhas mãos se encaixavam perfeitamente nelas. Lembro também que se arrepiava quando minhas mãos entravam pela blusa. Eu queira tanto que fizéssemos mais. Eu e Any não somos tão diferentes, a diferença é que mesmo eu querendo continuar me forcei a parar porque pensei nela, a buzina da mãe dele também me ajudou um pouco

Eu não sei se é porque, por mais que eu odeie admitir isso, estou um tanto fragilizado ou se é porque a imagem da coxa farta dele ainda não sumiu da minha memória, mas eu quero muito levar esse garoto ao banheiro e ter um pouco mais do doce de sua boca. Novamente minha mente me avisa de que eu quero mais que isso, se eu começar não sei se vou parar então é melhor eu apenas deixar de pensar nessa possibilidade

Hey prof... hey baby...Onde histórias criam vida. Descubra agora