É, eu te amo!

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Passei o restante da noite pensando no que aconteceu. A sensação daquele homem em cima de mim me provocando reações que me deixaram, bem, sem poder levantar, seus músculos se contraindo em contato com o aparelho para me ajudar a levantar o peso, seu corpo em um momento se esfregando ao meu e... Droga, o que está acontecendo comigo?

Virei-me para o lado jogando minhas mãos no rosto, eu só queria dormir e esquecer tudo aquilo, mas o sorriso de Jonah e o contato do meu corpo com Thomas só me fizeram ter mais pensamentos, lentamente desci minha mão até a região pélvica decidindo se deveria continuar com aquilo, suspirei pensando no perfume de Jonah e fechei os olhos.

Acordei atrasado, mamãe não se importou muito com o fato da noite em que dormi na casa do capitão do time, pelo contrário, ficou feliz pelo fato de eu ter estudado ainda mais.

— Como foi ontem com o seu amigo? — Ela me serviu um copo com café. — Imagino que vocês estudaram bastante...

Mamãe tentava extrair informações de um jeito engraçado, mas eu entendia que ela só queria saber mais sobre mim.

— Foi, ahn... Foi bom. — Sorri visivelmente constrangido. — Eu acho que está funcionando.

— E o que vocês aprenderam? — Ela sentou ao meu lado.

— Touchdown vale seis pontos! — Sorri e peguei minha mochila, não queria contar tudo o que realmente tinha acontecido.

Chegando à escola procurei desesperadamente por Lea, eu precisava conversar com alguém sobre o que estava acontecendo comigo, queria respostas para finalmente acabar com minha angustia.
Atravessei a escola, mas não a encontrei, por fim fui à sala de aula para a primeira matéria.

A professora estava organizando seu material, os alunos olhavam em silêncio para o quadro enquanto apoiava minha perna nas pontas dos pés e tremia desesperadamente.

— Muito bem, alunos, acho que já posso entregar o resultado das provas. — Ela pegou um envelope e o abriu.

— Professora, posso ir ao banheiro? Não estou me sentindo bem. — Tentei dar minha melhor desculpa.

Ela me liberou pedindo que se eu encontrasse Lea eu deveria falar para a garota voltar, Lea já estava se complicando faltando as aulas para conversar com as moças que faziam a merenda.

Por sua dica fui direto ao refeitório, Lea ria histericamente com Lucia, a uma das moças que faziam merenda. Aproximei-me dela e me escorei na mureta.

— Podemos conversar? — Falei tentando ver o que teríamos de lanche.

Uma enorme sensação de enjoo e dor na barriga tomou conta de mim, pensar em falar sobre o que eu estava sentindo acabou me causando isso.

— Claro. — A garota se despediu de Lucia e me acompanhou até a quadra.

— Digamos que... — Comecei a falar.

— O que você fez? — Ela parou na metade do caminho e colocou uma mão na cintura.

— Por que eu fiz alguma coisa? — Sorri.

— Eu te conheço, se você fala: "Digamos que" ou "hipoteticamente" já sei que vem merda.

Lea estava errada? Não, mas eu não precisava escutar aquilo naquele momento.
Sentamos na arquibancada e comecei a explicar:

— Digamos que eu esteja reparando muito em uma pessoa, toda vez que eu estou com ele eu começo a hipnotizar em seu sorriso, seu cheiro me deixa mais mole e...

— Ele? — Lea sorriu.

— Oi? — Comecei a rir de nervoso.

— Você disse! — Lea arregalou seus olhos e apontou para mim. — Você está apaixonado por um garoto?

You belong with... Me?Onde histórias criam vida. Descubra agora