You belong with... Me?

O último teste.

Faltavam apenas algumas horas para o teste final, se tudo ocorresse exatamente como o planejado eu me formaria junto com o imbecil do meu novo affair.

— Eu trouxe o uniforme para você. — Jonah me abraçou por trás com a blusa em suas mãos. — Você fica lindo de vermelho, sabia?

Consegui segurar o riso sobre essa situação, nos últimos dois dias Jonah ficou insuportavelmente meloso comigo. Eu já me sentia sufocado da presença dele.

— E você vai ficar mais lindo ainda se eu for aprovado... Se bem que nós quase não estudamos no campo, na maioria das vezes estávamos presos em alguma intriga ou não nos falando. — Segurei sua mão e dei um leve suspiro.

Jonah beijou minha nuca e com suas mãos me faziam leves movimentos na barriga, aquilo me lembrou nossa última noite juntos.

— Ei! — Me afastei. — Eu não quero ser obrigado a me jogar na cama com você de novo. — Sorri. — Vá se arrumar, o dia será longo.

LEA.

— I'm super cool, yeah. — Comecei a dançar na cantina escutando uma música que tocava na rádio. — Meu Deus, Leslie, essa música é maravilhosa.

A garota me olhava espantada, talvez ela não estivesse acostumada aos meus ataques de loucura durante a manhã... E a tarde... Talvez à noite também.

— Lea, você poderia me explicar o que aconteceu naquele dia? — A garota sentou a mesa com seu sanduíche. — Thomas simplesmente agiu de forma louca e você estava perto... Isso nunca é bom.

Comecei a rir da situação, acho que Thomas jamais vai duvidar do poder feminino nessa vida.

— Ele agora é um gatinho manso. — Sorri. — Mas eu me preocupo mesmo e com o Ty e a Hillary... Não vejo Ty há dias e ele não responde minhas mensagens.

A garota continuou comendo seu lanche, mas algo dentro de mim dizia que não estava tudo bem. As vozes da minha cabeça estavam me deixando paranoica.

Fui para o quadro de avisos esperando que Tyler chegasse, como eu fui aprovada em todas as matérias diferente de um garoto que só ficava preocupado com macho, acabei indo para a escola desejar boa sorte.

— Amiga do docinho... — Alguém falou perto de mim.

Pronto, pensei, o diabo não passa um dia sem agir de forma cruel na minha vida.

— O que é, Hillary? — Bufei.

— Tem um momento? — A garota falou.

Acompanhei Hillary até o seu ninho de cobras, digo, quarto exclusivo para as líderes de torcida. Por incrível que pareça elas ainda tinham bom gosto. Notei que haviam começado uma reforma para ampliar o local.

— Lea... — Hillary falou com sua típica voz de felicidade forçada. — Acho que estou com saudades dos bons tempos...

As lembranças que eu tentava esconder vieram à tona, um ano e meio...

— Até você me trocar pelo Jonah, certo? — Sorri. — Eu estava disposta a seguir com o nosso caso e...

Percebi que a garota forçava o seu sorriso com lágrimas nos olhos, era difícil para ela lidar com todos os seus desejos e em casa não ser apoiada e nem bem vista.

— Eu gostava dele. — Hillary se escorou na parede e desceu lentamente. — Mas não foi para o melhor, tudo não passou de uma máscara onde a cada dia que passava eu me sentia pior e infeliz.

Observei uns batons jogados e escolhi o de tom roxo.

— A vida nunca disse que seria fácil. — Comecei a passar o batom. — Eu estava disposta a te dar tudo e seguir com as nossas vidas juntas, mas você preferiu me deixar pra lá, preferiu se esconder a lutar.