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Comentem para deixar uma caloura em meio ambiente feliz ):

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Jimin não sabia ao certo o que o angustiava tanto. Os minutos se atrasavam cada vez que ele olhava no relógio digital, de cinco em cinco segundos. O tempo que antes corria tão rápido, parecia estagnado e rendido a concepção do que ocorria a sua volta. E por dentro, blecaute. Sua mente chegava a doer, coberta com um manto de escuridão irreversível.

Ele não conseguia dormir, por mais que tentasse, o sono não vinha. Cogitou até tomar mais um comprimido dos que sua mãe ofereceu para dormir quando viu o estado do filho, ajoelhado no chão da cozinha pouco ensanguentada e cheia de cacos. 

Ah, o coração de Yangmi se partiu tanto quanto aquele copo só de vê-lo naquela situação, e doeu ainda mais quando em sua mente, visualizou seu subordinado e o estado que ele provavelmente estava.

Por isso, ela mandou Jimin para cama, e às quatro e quarenta da manhã, ele ainda não havia sequer bocejado. A vontade de chorar o sucumbia toda vez que ele se culpava por ver Jeon daquele jeito, mesmo sabendo que talvez ele não tivesse nada a ver com aquilo.

Com certeza, ele tiraria aquela situação a limpo quando amanhecesse e ele fosse se encontrar com Jungkook que sempre o levava para o colégio.

Isso não tardou a acontecer, visto que Jimin passou o resto da madrugada planejando o que diria e como abordaria o mais velho. Quando o despertador tocou apenas para sinaliza-lo que era hora de "levantar", ele o fez e pela primeira vez na vida, tomou um banho de apenas uma hora.

Fez questão de se arrumar o melhor que podia, vai que talvez ele conseguisse conquistar o Jungkook assim.

Quando acabou, repassou suas falar umas cinco vezes e pôs a mão na maçaneta da porta, girando-a lentamente e então abriu. Ele sentiu seu coração pulsar e os olhos brilharem de lágrimas, quando aqueles olhos cor de jabuticaba fizeram contato com os seus, e Jeon abriu o sorriso mais lindo do mundo.

— Jungkookie... — e todo o roteiro foi por água abaixo, quando ele se sentiu tão pequeno perto do moreno. Tão suscetível, como sempre.

— Bom dia, doce. — Jungkook desejou e segurou sua mão, levando-a até seus lábios e deu um beijo na mesma.

— O-oque você tá fazendo aqui? — as palavras custavam a sair, porque além de nervoso, Jimin estava confuso. Por quê, depois de toda aquela confusão, Jungkook apareceu bem ali na sua porta na primeira oportunidade que teve.

— Eu vim buscar meu príncipe, não posso? — perguntou retoricamente e se abaixou pouco dando um beijo demorado na bochecha de Jimin.

Ele realmente iria agir como se nada tivesse acontecido? Se fosse isso, o loiro não iria permitir. Ele não iria se impor, claro, mas se via no direito de ter uma explicação plausível do ocorrido.

— Jungkook, ontem- — o menor sentiu uma pequena pressão em sua mão e com a convivência, ele já tinha aprendido que aquilo era um sinal sutil para que ele parasse de falar. Eles começaram com essa sinalização de uns tempos para cá, enquanto estipulavam limites sobre a relação, quando Jimin comentou que detestava ser interrompido e Jungkook complementou dizendo que não gostava de interromper, também. Então, criaram esse tipo de sinal para compreenderem um ao outro, sem aborrecimentos.

— Mais um pouquinho, uh? Espere até sairmos daqui. — não foi necessária nem mais uma palavra, Jimin entendera o recado e sorriu um pouco. A situação estava menos tensa do que ele esperava e isso era bom, ele estava feliz pelo fato de que Jungkook não estava zangado e também estava surpreso pela maneira super carinhosa que estava sendo tratado.

Safety↬jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora