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Jimin se incomodou com a luz do sol entrando pela cortina recém aberta e pelo calor sem o ar-condicionado. Gemeu manhoso tirando as cobertas e mudando de posição na cama, virando-se de costas para a janela onde suas pálpebras não eram violentadas com a iluminação atroz.

Sentado bebericando a xícara de café, Jeon observava a guerra que seu pequeno travava com a luz e o calor, rolando de um lado para o outro entre os lençóis. Ria um pouco toda vez que ele resmungava ou gemia, praguejando e amaldiçoando Yongin por ser um lugar tão quente, até que começou a sentir pena do menino e resolveu acorda-lo.

Calmo, Jungkook repousou a xícara em cima da cômoda e vagueou até a cama se sentando do lado do menor. Seus dedos se afogaram na cabeleira despenteada e fizeram um cafuné autêntico, um carinho junto com uma bagunçada sútil. Junto a isso, Jeon apertava a cintura de Jimin moderadamente e balançava seu corpo. Até que sem sucesso nenhum, ele resolveu mudar a abordagem.

Se ajeitando no mesmo lugar, Jungkook deitou o corpo no espaço estreito de cama ao lado do loiro de frente para o mesmo, emparelhando rosto com rosto. Seu cabelo totalmente bagunçado e o rosto amassado por conta do travesseiro mostrava que ele tivera uma boa noite de sono. Seu narizinho puxava o ar com calma, soltando pela boca entreaberta tão inchada àquela hora. Na verdade nem era tão tarde, pelo menos não no relógio biológico de Jimin. Ignorando esse fato, Jeon continuou a reparar em cada detalhezinho, o coração palpitava em seu peito e um sorriso teimoso insistia em surgir em seus lábios.

Não sabia se sentia felicidade ou medo. A última vez que isso aconteceu, não teve um final feliz. Em suma, Jungkook ainda era um homem amargurado por tudo que passara, cada porrada que ele tinha levado da vida ainda doía para um inferno e quase toda noite tudo isso via a tona.

A não ser as noites que Jeongguk passava com ele. As noites que ele detia-se sentindo o cheiro doce do cabelo de Jimin enquanto este dormia, sentindo seu calor embaixo das cobertas, ou se pegava pensando demais no menino. Do mesmo jeito que estava fazendo agora.

— Acorda, meu bem. — pediu com a voz mansa, dando um beijinho de esquimó no garoto. Viu-o dar os primeiros sinais de que estava despertando quando partes de seu rosto deram pequenos tremores. — Chim... — chamou pelo mais novo e pouco depois este forçou as pálpebras, abrindo e se deparando com o que ele não conseguia distinguir de um anjo.

Mesmo com a visão turva e meio embaçada, um brilho inigualável era tudo que preenchia o caminho até suas pupilas dilatadas. Naquele momento, se perguntava qual droga usara, mas no fundo sabia que era a droga-do-Jungkook.

— Bom dia. — desejou abaixando o rosto para que o maior não sentisse seu hálito matinal. Jungkook sorriu, amaciando mais uma vez o cabelo de Park que ronronou, fechando os olhinhos.

— Bom dia, bebê. Você dormiu muito, então não vou poder te dar muita atenção por agora porque tenho que sair pra resolver umas coisas. — anunciou então e Jimin balançou a cabeça compreensivo, coçando os olhos com uma mão. — Vou te deixar em casa, mas antes disso vamos comer, tá bom? — questionou e assim que teve sua confirmação silenciosa, deixou um beijo na testa exposta do menor antes de se levantar. 

— Jungkook! — chamou pelo mais velho antes que ele saísse do quarto. — Eu só queria dizer que ontem a noite foi muito bom...

— Claro que foi bom, doce. Afinal, eu estava com você.

[...]

Depois do café da manhã delicioso que Jeon preparou, ele levou Jimin para casa como havia premeditado e avisado, deixando ir portão adentro depois de uma trocação árdua de beijos no banco do motorista. 

Safety↬jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora