Finalmente em casa

1K 112 7
                                    


Chegamos, depois da viagem mais tortuosa, cansativa, longa e estranha estávamos lá!

So que perdidos.

Paco passou informações um pouco evasivo de mais, as instruções não foram das melhores e não estávamos em um dos nossos melhores dias.

- E se esse acampamento não for real? - Digo e me arrependo logo depois.

Tim soca o volante fazendo soar a buzina uma vez.

- Tem que ser real, Maya! Sabe o quão longe estamos? Depois de ver gigantes azuis, gigantes que comem gente, uma deusa, um sátiro pirado e agora campos de morangos. Essa é a pista! Tem que esta aqui ! - ele diz frustrado quase gritando. Permaneço em silêncio pois sei que ele está muito mais cansado do que eu, nos levou o mais longe sem paradas para dormir mas e agora? Não tinham uma placa mostrando a direção do acampamento.

Suspiro e tento olhar o lado de fora, tirando os campos de morangos dos dois lados da pista não há muito o que se ver. Já era quase manhã, de dia seria mais fácil ver as coisas.

- Tim? Porque não descansa? - digo ele concorda, cansado. Tira o cinto de segurança e pula
Para o banco de trás e logo apaga.

Suspiro frustrada e tento pensar em todas as informações que Paco havia dito:

-" é ao norte de Long Island, tem alguns campos de morangos e uma colina a distância. Você vai ver um pinheiro enorme, e vai achar o acampamento."

Estava um breu, tirando o farol do carro não se via muito a frente. Suspirando, desisti de tentar achar qualquer coisa e me encostei no banco, onde dormi sentada, com a cabeça encostada na janela.

Me acordo ao que me pareceu segundos depois com alguém batendo no vidro. Com o susto pulo pro banco do motorista e pressiono a buzina que faz tim cair do banco para o chão do carro desorientado.

A luz do sol indica que ainda é cedo, os vidros do carro embasados após dormimos com tudo fechado da a impressão de que, bom, de estávamos fazendo aquilo que deixa o carro embasado.

- Ola? - um cara perguntou a poucos metros da porta do passageiro.

Após me acalmar, aperto o botão e o vidro abaixa. Um cara de mais ou menos minha idade me olhava com curiosidade. Era moreno e seus cabelos lisos, como os antigos nativos americanos.

- Oi - digo tentando arrumar os cabelos e tirar o sono da cara. - é proibido dormir aqui?

- proibido eu não sei mas é incomum. - ele diz dando um sorrisinho - estão perdidos?

- sim - Tim diz abaixando o vidro de trás do carro - há algum acampamento por aqui? Acampamento de verão ou algo assim?

O garoto parece ligeiramente surpreso, ele avalia tim e eu e depois diz.

- São meio sangues?

Confirmamos.

- O acampamento é a 500 metros. Estacionem o carro na base da colina, aquela ali com o pinheiro no topo. Me chamo Nataniel e em toda minha vida de meio sangue, dois campistas chegando de carro e sem nenhum monstro atras é a coisa mais improvável de todas! Quiron vai adorar isso, venham, eu mostro o caminho.

[...]

Subimos a colina com nossas mochilas nas costas esperando para a primeira imagem do acampamento tão falado por Paco.

Nate, nos levava colina assim bem despreocupado. Havia apenas uma pequena mochila nas costas que chacoalhava a cada passo.

- Bom, esse é nosso acampamento para semideuses. Bem vindos!

A primeira impressão era: Neve
Havia muita neve e pouco movimento, nem as estradas tinham tanta neve assim. As pessoas começavam a sair de um pequeno agrupamento de casas em direção ao grande pátio de pedra.

- uau - Tim fala bastante surpreso - não era o que estava imaginando.

Nate da um sorriso e não diz nada.

- Bem, chegamos na hora do café.

Descemos a colina e entramos no acampamento, Nate nos levou diretamente para onde todos estavam indo se sentar em varias mesas longas e pequenas.  A poucos passos das escadas de pedras que levava ao pavilhão, ele parou.

- Vamos esperar um pouco. - ele disse observando em volta. Alguns campistas que passavam cumprimentavam Nate e nos olhava com curiosidade.

Me senti exposta e nervosa, e
Se foi uma péssima ideia?  Me aproximo de Tim que parece tão nervoso quanto eu e penso em algo para dizer mas vejo alguém e minha voz some.

Paco surge com os campistas que estavam indo ao pavilhão, ele parece extremamente surpreso ao nos ver e fica parado, nos encarando.

- Então eu estava certo! - ele finalmente fala vindo em nossa direção.

Antes que encontre palavras no meu cérebro que parecia vazio ele se aproxima e me abraça, um abraço forte e bem rápido o que me pega de surpresa, e em seguida ele cumprimenta Tim com um aperto de mão e tapinhas.

- Eu realmente não acredito que vocês estão aqui! - ele disse dando um sorriso.

- Bem, não foi fácil chegar cara - Tim comenta dando um sorrisinho

- Vocês precisam ir ver Quíron, ele vai explicar muita coisa a vocês e..

- Paco, você conhece eles ? - Nate pergunta e Paco se vira para encara lo.

- O que você tem haver com isso? - ele diz com frieza, me perguntei o porque daquela atitude.

- paco, ele nos encontrou, meio perdidos aqui perto - me apresso a dizer e ele nos olha confuso.

- e como eu os trouxe, eu fico responsável por eles. - Nate diz sem tirar os olhos de Paco por um segundo. - é melhor ir andando ou sua florzinha não vai conseguir guardar o melhor da refeição para você cara das flores.

Paco fica extremamente vermelho e murmura um "depois conversamos " e segue seu caminho para o pavilhão, encaro tim com uma mensagem silenciosa de o que está acontecendo aqui? E tim mostra as mãos confuso.

- Oh, Quiron chegou!  - Nate diz apontando e me viro para ver um centauro, um homem de meia idade do tronco para cima e um cavalo branco do tronco para baixo.

- Nataniel, vejo que retornou mais cedo. E tem novidades. - Quiron fala nos avaliando.

- novos campistas Quíron.

- Bem, vamos a casa grande. A refeição vai esperar. Sigam me.

Seguimos os 3 acompanhando o centauro mas quando nos afastamos das escadas de pedra sinto um silêncio incomum e me viro para ver os campistas nos observando de suas mesas bastante curiosos.

Filha Da NeveOnde histórias criam vida. Descubra agora