HANNA
Eu estava em casa, sentada no sofá fazendo absolutamente nada.
Uma batida na porta me fez acordar de meus desvaneios e andar até lá para ver quem era.
— Quem é? - indaguei.
Esperei por uma resposta mas nada.
— Quem é? - tentei denovo, porém novamente não tive resposta.
Me perguntando que delinqüente engraçadinho era, abri a porta pronta para dar uma bronca em quem quer que fosse.
Entretanto, oque vi não era um adolescente levado.
Era uma figura toda de preto encapuzada, uns dez centímetros mais alto que eu.
— Quem é você? - tentei impôr autoridade, mas estava tremendo por dentro.
— Seu futuro amor, babe. - a pessoa diz e instantaneamente começo a me desesperar.
— K-Kim Taehyung? - toda minha confiança parece escoar pelo ralo, assim como a firmeza de minhas pernas.
Ele da um passo adentro do meu apartamento.
— Por favor... n-não faça nada! - imploro por misericórdia, mas o mesmo não parece nem me ouvir.
— Hanna... - o mesmo sussurra meu nome e afunda sua mão no meu pescoço, acariciando meus cabelos com suas grandes mãos.
— N-NÃO! - grito e dou um tapa na mão dele, tirando-a de mim.
Pisco os olhos e minha visão fica embaçada. Pisco de novo, e não estou mais na entrada do apartamento, e sim no meu quarto.
— O-O quê? - gaguejo, percebendo só agora que estou chorando.
— Hanna! Você está bem? - um homem loiro aparece e afaga minhas bochechas molhadas.
— Jimin? - observo seu semblante preocupado.
Estava debruçado em minha cama, seu rosto torto de preocupação me encarando a alguns centímetros do meu.
— Você estava tendo um pesadelo. - explica.
— Ah... Obrigada por estar aqui. - agradeço, tentando me recompor.
Não quero nem pensar no que teria acontecido se aquele sonho prosseguisse. Me dá calafrios só de tentar imaginar.
— Quando entrou aqui? - quero saber.
— Cheguei aqui bem na hora em que você falou o nome de alguma pessoa. Alguma coisa parecida com... Jin Taegum? - ele tenta se lembrar, esfregando o queixo com o indicador.
— Kim Taehyung. - corrijo, provocando uma leve careta em meu rosto.
— Isso mesmo! - Jimin aponta para mim, insinuando que acertei na mosca. — Quem é esse aí? - pergunta, afinal.
— Depois te explico. Longa história e... - observo mais de perto o seu rosto. — O quê diabos você fez aqui? - toco em um ponto meio roxo de sua bochecha que está com um pequeno corte, começando a sangrar.
