Um Imprevisto - Noah Centineo (Romance Gay)

Capítulo 9

POV Noah

Logo após eu ter saido da casa de JP, fui direto para minha casa.

Assim que eu abri a porta me deparo com a zona que estava a casa, decido começar a arrumar tudo.

Mesmo tendo dinheiro para contratar alguém para limpar, eu sempre limpo. Minha mãe sempre dizia, fez a bagunça, arruma a bagunça. E eu levo isso até hoje.

Depois de pegar tudo que estava no chão e colocar tudo no lixo, passo um pano na casa inteira. Depois de um bom tempo limpando a casa ela está brilhando. Subo para meu quarto e tomo um banho.

Depois que saio do banho coloco um conjunto qualquer de roupa e vou para a sala.

Começo a pensar nos momentos que já tive com JP.

Quando a gente se trombou no Starbucks e ele saiu correndo, eu senti alguma coisa estranha, como se eu precisasse falar com ele, precisasse conhecer ele.

Quando ele chorou na minha frente pela primeira vez, no dia que ele me falou ser gay, eu senti sua fragilidade, como se ele fosse uma peça frágil que podia quebrar a qualquer momento. E à partir desse dia eu prometi para mim mesmo que ia proteger ele de tudo e todos.

O dia da festa em que ele saiu de lá, não atendeu minhas ligações, me ignorou. Eu senti que eu tinha falhado, era para eu proteger ele e fui eu quem o feri.

As vezes eu fico pensando no que ele perguntou para mim mais de uma vez. "O que vai acontecer quando eu voltar para o Brasil"

Eu realmemte não sei o que aconteceria, eu não consigo ficar sem ele. Se ao menos ele não estivesse aqui à trabalho. Mas se não fosse pelo seu trabalho eu não o conheceria, então não posso reclamar.

Mas isso era algo real. Em algum momento ele teria que voltar para o Brasil.

Em algum momento eu teria que fazer um projeto da minha carreira.

Nós iríamos nos separar em algum momento. Os dois sofreriam com isso.

Eu sempre aparento estar bem, estar confiante. Mas as aparências enganam, não?

Mesmo eu sempre estando rodeado de gente, as vezes, em festas ou coisas do tipo. Eu sempre me sinto sozinho.

Eu tenho uma casa grande, dinheiro, e posso ter qualquer bem material se eu batalhar para conseguir, mas nenhum bem material preenche o vazio do meu peito.

Mas, quando eu conheci JP, esse vazio se preencheu, quando eu estou ao seu lado, eu não me sinto sozinho. Por isso eu sempre que consigo tento ficar perto dele, chamando para ir em algum lugar.

A presença dele me faz tão bem.

Só de pensar em que algum dia nós vamos nos separar, ele volta para o Brasil e eu continuo minha vida como antes. A dor do vazio me consome cada vez mais.

Eu não queria mais me sentir assim.

Quando dou por mim, já estava chorando. Limpo as lágrimas dos meus olhos, mas não adianta, porque logo depois dessas já vem outras e outras.

Noah- Tudo bem... Você já foi forte demais... Pode se render a isso - Falo comigo mesmo.

POV JP

Paro de encarar a janela que a poucos minutos lá se encontrava o carro de Noah e me viro para frente, me deparando com William correndo em minha direção, parando logo em minha frente.

Will- Por que está com esse sorrisinho bobo no rosto? - Ele fala e eu dou risada pegando ele no colo - Isso tem algo a ver com você e o Noah terem se beijado - Ele fala e eu arregalo os olhos.