Parte 12

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Acordo depois de algumas horas no sofá, o Breno continua aqui, e esta cochilando. Me sinto melhor. Acordo Breno, e ele fica nervoso com algo em seu celular. Uma mensagem, talvez? Ele vai embora rápido, se despediu de longe. Estou completamente confusa, o que fez com que ele saísse daquele jeito daqui?
Resolvo ir para cama, afinal, amanhã o dia será longo.

No dia seguinte

Acordo bem cedo, preciso ir resolver a burocracia da empresa, ja que ontem não fui trabalhar. Minha mãe esta parada na ponta da mesa, com uma cara que me deu um certo medo.

-Lu, precisamos conversar.

-O que foi mãe? -peço com medo do que ela pode ter a dizer.

-Gustavo passou aqui mais cedo, e deixou um bilhete. Querida, acho melhor sentar primeiro.

Essa frase me preocupou, de verdade, porque minha não costuma falar dessa forma comigo nunca, a não ser que seja algo sério.

Ela me alcança o bilhete, e algo em mim congela.

"Oi Lu.
Me desculpe mandar um bilhete, mas é que não sabia como contar isso. Minha esposa morreu em um acidente ontem, e por esse motivo precisarei sair da empresa. Espero que entenda.
                                            -Gustavo"

Meu Deus. Gustavo estava passando por um momento conturbado. Sem mais delongas, liguei pra ele.

-Oi Gustavo, onde ela esta sendo velada?

Ele então me deu as coordenadas, e eu fui até la. Qual não seria minha surpresa em saber que a mulher do Gustavo, era irmã de Breno. Estou passando mal, isso não poderia ser real. Como isso é possível? Breno e Gustavo são cunhados! E ele nunca me contou isso. Cumprimento Gustavo, e toda a família. Me aproximo de Breno, e peço o porquê dele não ter me contado isso. Ele então me afirma que não julgou ser necessário, porque não interfiriria em nada nossa relação. Talvez ele pensasse dessa forma, mas eu não. Ser cunhada do Gustavo, do homem que eu amei, e que mentiu pra mim, não era a melhor sensação de se sentir. Após uma meia hora, resolvo me dirigir ate a empresa, para resolver pendências por la. Descubro então outro lote de tecidos extraviado, e então começo a me questionar. Acontecer uma vez, tudo bem, agora, todas as minhas remessas sumirem, algo não está batendo nessa historia. Preciso averiguar. Ligo pro departamento responsável pelos arquivos, e peço todos os documentos referentes a essa empresa. Descubro que ela foi contratada nos últimos 2 meses, apenas, o que não faz sentido, pois meu pai ja havia se distanciado da empresa, ligo então para o encarregado, e acabo descobrindo algo que não gostaria: Breno estava cuidando de tudo enquanto meu pai estava cuidando de sua saúde. Resolvo investigar um pouco a vida de Breno, e ele não tem uma empresa de advogados, a empresa existe, mas não é de advocacia, é uma fachada para importar produtos via contrabando. Então a chance dos meus tecidos estarem nas mãos dele, é grande. Na verdade, tudo começa a fazer sentido agora.

Minha porta se abre, e Gustavo entra totalmente pálido, nervoso. Me olha e tranca a porta.

-Lu, eu preciso de ajuda.

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⏰ Última atualização: Feb 03, 2019 ⏰

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