Nove

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Era segunda-feira e o dia não havia começado para nenhum dos Jack's. Gilinsky estava sendo falado aos quatro cantos da escola, tudo sobre seu término com a Madison. Já Johnson, tentou falar com Jonathan, mas o moreno apenas o ignorou. O loiro entrou na sala em que teria sua próxima aula e logo avistou seu melhor amigo de cabeça baixa. Ele foi até o garoto e se sentou ao seu lado.

- Está tudo bem? - O mais velho perguntou, preocupado.

Gilinsky levantou a cabeça e assentiu. Seus olhos estavam vermelhos e qualquer um podia notar isso. Ele travou o maxilar, empatando que mais lágrimas saíssem de seus olhos.

- Grande dia, não? - Ele disse irônico, olhando para o garoto ao seu lado.

- John está me ignorando. - Comentou o loiro, sem perceber quando seu melhor amigo revirou os olhos.

- Todos estão falando do meu término com a Madison. - G ajeitou sua postura. - Ela passou por mim rebolando, como se quisesse provocar.

- Não liga, logo todos vão esquecer e você será o Jack Gilinsky de sempre. - Johnson sorriu simpático. - Vejo que nós dois estamos tendo uma manhã complica. - O outro sorriu.

- Bem, alunos, vamos? - Falou a professora, entrando na sala de aula e chamando a atenção de todos que estavam ali. - Eu tenho uma dinâmica diferente para vocês.

O zelador entrou na sala, empurrando um carrinho cheio de bonecas e bonecos de todos os tipos. Vários chiados foram ouvidos, coisa do tipo: "Vamos brincar de bonequinhas agora?".

- Bem, eu já vi isto em algumas escolas e gostaria de passar para vocês. - A jovem — em sua meia idade — pegou uma boneca. - Vocês terão que cuidar deles como se fossem seus filhos. Será um boneco para cada dupla. - Explicou ela.

- E como a senhora vai saber se estamos cuidando bem ou não? - Perguntou um garoto de cabelos azuis, Michael.

- Boa pergunta. - A professora sorriu. - Cada boneco tem um sensor, eles vão chorar, fazer xixi e até mesmo cocô.

Alguns alunos riram.

- Separem as duplas e depois peguem seu bebê.

- Eu e você? - Johnson perguntou ao seu amigo, que assentiu e se levantou, indo até o carrinho e pegando um boneco.

- Levo mais jeito com os garotos. - Disse o moreno, entregando o boneco ao outro.

Johnson observou o boneco, vendo que seus olhos estavam fechados. A professora passou mais algumas regras e todos os alunos resmungaram, começando a cuidar de seu boneco. O dos Jack's tinha acabado de fazer cocô e Gilinsky ria, enquanto Johnson trocava a fralda.

- Como essa porra faz cocô de verdade? - Perguntou o mais velho, jogando a fralda de cocô em cima de seu amigo.

- Bem vindo a tecnologia, meu amor. - O moreno se levantou e jogou a fralda no lixo. - E a noite? Como vai ser?

- Você dorme lá em casa essa noite e amanhã dormirmos na sua. - Sugeriu Johnson, balançando o boneco como se fosse uma criança. - Eu não levo jeito para ser pai. - Ele murmurou, fazendo seu amigo rir.

- Ainda bem que só vamos ficar com ele por dois dias. - O mais alto voltou a se sentar em sua carteira.

- Péssimo dia para ela fazer isso. - Disse Johnson.

- Olha pelo lado bom, ela deixou cada um escolher sua dupla, já pensou se ela escolhe? - G balançou a cabeça fazendo uma careta. - Mas ela realmente escolheu um péssimo dia.

- Não é possível, parece que quando você está chateado, só vem coisa para piorar. Cara, eu ainda estudo, onde que eu fico pensando em filho? - Perguntou o loiro, um pouco indignado.

- Exatamente, você não cuida nem de si mesmo. - O mais novo recebeu um olhar mortal do amigo. - Brincadeira, mas é sério.

Ao decorrer das aulas, foi só para Johnson se estressar e Gilinsky rir do amigo. O menor tinha razão quando disse que não levava jeito para ser pai. Assim que o sinal da escola anunciou o intervalo, os dois se levantaram e foram para o refeitório.

- Sabe, eu acho que a professora também fez esse trabalho para falar sobre gravidez na adolescência. - Começou Johnson. - Mesmo que nós, homens, não possamos ter filhos, nós temos que tomar cuidado.

- Acho que ela pensou que isso seria uma boa ideia para mostrar a alguns que ter um filho não é nenhuma brincadeira. Me espera na nossa mesa, eu vou buscar nosso lanche. - Disse o moreno já se afastando de Johnson.

O menor se sentou na mesma mesa de sempre e começou a analisar melhor o boneco em suas mãos. Estaria mentindo se dissesse que não estava achando aquilo estranho, mas até que poderia ser divertido. Madison se aproximou da mesa e recebeu um olhar entediado do loiro.

- O que você quer, garota? Não bastou falar mal do meu amigo para todo mundo? Você não se enxergar mesmo, não é? - Perguntou J, cruzando os braços.

- Nossa, olha ele todo na defensiva. Esse assunto não é da sua conta. - Disse Madison e Johnson revirou os olhos. - Bem, essa é a consequência de termina comigo, o Gilinsky estava bem ciente.

- Sorte sua que eu não sou uma mulher, porque você não sabe a vontade que eu estou de avançar em cima de você. - Disse o loiro em um tom calmo e ameaçador. - Você é podre, ruim, pessoas como você merecem ficar sozinhas.

- Eu não me ofendo com isso, na verdade, nada que venha de você me abala, você nunca gostou de mim mesmo, então não é de se surpreender que esteja falando isso. - Madison deu um sorriso vitorioso e já iria sair dali.

- Qual a sensação de pegar o time de basquete inteiro? - Madison olhou assustada para o loiro, enquanto recebia vários olhares. - Você é pior que bandeja de bar, não pense que só porque terminou com o G, só ele perdeu algo.

- O quê está acontecendo aqui? Está todo mundo olhando. - Falou Gilinsky, enquanto se sentava ao lado do amigo.

- Pergunta para a otária da sua ex que veio fazer não sei o que aqui na mesa da gente. Tirar a paciência que eu nem tenho, só se for. - Johnson bufou e desviou o olhar para o boneco.

- Aonde quer chegar com isso, Madison? Não sei como eu consegui namorar alguém como você, você é tóxica e você afeta a tudo ao redor. -  Confessou o moreno, fazendo Madison sair dali calada.

- Eu diria que você pegou pesado, mas foi merecido. - Disse J e os dois começaram a comer.

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Best Friends // JolinskyOnde histórias criam vida. Descubra agora