Quarenta e um

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- Jack! - Chamou Jonathan, correndo até o loiro.

Johnson parou e esperou o amigo vir até ele, logo sorrindo e voltando a andar ao lado dele.

- Onde está indo? - perguntou o moreno.

- Não sei, só estou dando uma volta pela escola. - Disse Jack, olhando para seu amigo. - E você?

- Quero um favor seu. - John encarou o menor.

- Pode pedir.

- Eu estou gostando de um garoto e…

Ele foi interrompido por um grito vindo do loiro e o olhou assustado.

- Desculpe, pode continuar. - Johnson sorriu.

- Bem, como eu ia dizendo, estou gostando de um menino da minha aula de física, estamos trocando alguns flertes, mas eu quero algo mais sério.

- Quer que eu te ajude em um pedido de namoro especial? - O menor parou e se virou para um dos armários, abrindo a porta do mesmo. - Se for isso, pode contar comigo.

- AAAA! - John deu um pulinho e abraçou o corpo alheio. - Eu te amo!

- Também te amo.

- Depois te mando tudo por mensagem. - Disse e se despediu do amigo.

Jack sorriu porque seu amigo era bastante elétrico quando estava feliz e pegou seu livro que estava em seu armário, colocando-o em sua mochila em seguida. A porta de seu armário foi fechada lentamente por uma mão grande que Johnson conhecia muito bem. As pupilas azuis foram de encontro às pupilas castanhas, que o encarava sério.

- Oi - falou o mais velho, chegando mais perto de seu namorado. - Aconteceu alguma coisa?

- Me diz você. - Gilinsky disse ríspido.

Johnson olhou para o melhor amigo e suspirou, sabendo o motivo daquilo tudo: Jonathan. Por mais que o loiro deixasse claro que eles eram apenas amigos, Gilinsky ainda se sentia ameaçado pelo moreno dos olhos azuis. O menor segurou a mão do namorado e o guiou até a sala de detenção — única sala onde não havia câmeras — e trancou a porta da mesma. Ele se sentou em uma mesa e trouxe o moreno para ficar entre suas pernas, levando as mãos dele para suas nádegas.

- Tá sentindo isso aqui? - Indagou, pressionando as mãos de Gilinsky contra suas nádegas, o fazendo apertar as mesmas. - É seu, assim como eu por completo.

- Porra!

Gilinsky não aguentou e juntou seus lábios, apertando a bunda do namorado sem a ajuda dele e o beijando ferozmente. O loiro prendeu a cintura do namorado com suas pernas e pôs seus braços sobre os ombros dele, puxando os cabelos de sua nuca. O mais novo juntou mais seus corpos, friccionando seus membros eretos, cobertos por suas roupas. O beijo acabou quando ambos estavam necessitados de ar e Gilinsky logo partiu para o pescoço de Johnson, deixando um chupão ali.

- Você é fodidamente gostoso e lindo pra caralho. - O moreno sussurrava contra a pele branca enquanto distribuía beijos pelo maxilar de Johnson.

Suas mãos ainda apertavam as nádegas fartas do namorado e seus corpos juntos, quase se fundindo em um só. O som do sinal soou alto e eles se afastaram por algum tempo, selando seus lábios duas vezes em seguida. Gilinsky ajudou o menor a descer e depois segurou a mão pequena dele, entrelaçando seus dedos. Eles saíram daquela sala e rumaram a sala onde teriam suas aulas.

- Por que você e o John estavam naquela bolha de amor de vocês? - Perguntou o moreno encarando o namorado.

Aproveitou que o professor tinha saído para falar com o diretor e começou a conversar com seu namorado, mas a todo momento sua mente ia para quando Johnson disse ao outro que o amava e precisava saber o que realmente estava acontecendo.

- Ele me pediu ajuda com uma coisa dele e eu disse que ajudaria. - Respondeu o menor.

- Que coisa?

- G, isso não é assunto meu, não posso simplesmente sair espalhando para as pessoas o que o John me conta. - Falou o loiro.

- Eu não sou as pessoas, sou seu namorado, sabe que se me contar, eu não vou contar para ninguém, vai morrer comigo. - O moreno deu de ombros.

- Não é tão simples assim, não é também por motivos de confiança, eu simplesmente não posso contar para o meu namorado um segredo do meu amigo. - Johnson explicou, encarando o maior.

- Por que não? - Gilinsky voltou a questionar o melhor amigo. - Se sou seu namorado e confia em mim, por que não contar?

- Porque o segredo não é meu, se eu te contar, já não vou está sendo fiel a confiança que o John põe em mim.

- Até parece que ele não acha que você não me conta tudo. - O mais novo desviou os olhos para a lousa a sua frente.

- Óbvio que não, até porque vocês não são próximos, então mesmo eu sendo seu namorado, ele espera que eu, como amigo dele, guarde segredo, e para de encher meu saco com esse assunto. - Disse por fim e foi encarado por Gilinsky. - Que foi?

- Acha que não confio em você?

- Acho que você precisa conhecer melhor o John, isso sim. - O loiro começou a brincar com o lápis.

- É, mas não vai dar, não consigo. - Gilinsky apoiou a cabeça em seus braços. - Sei que ele é seu amigo, que respeita muito as amizades que tem, mas realmente ele não me desce.

- Ele não te desce por causa do seu ciúmes.

- Também. - O moreno suspirou, vendo o professor entrar na sala novamente.

- Terminaram o exercício? - Perguntou o professor.

E logo obteve uma resposta negativa de boa parte dos alunos. Johnson vez ou outra olhava para o namorado, este que estava concentrado no que o professor dizia. Admitia que as vezes se distraía olhando para Gilinsky durante as aulas, coisa que o moreno muitas vezes não percebia.

- Não é, Johnson? - O professor chamou a atenção do garoto e o mesmo balançou a cabeça.

- Sim?

- Eu sei que não sou tão bonito quanto o Gilinsky, mas passar a aula inteira secando ele também não é legal. - Disse o mais velho e todos começaram a rir.

Até mesmo Gilinsky, que não tinha notado o olhar de seu namorado, começou a rir com o comentário do professor.

- Desculpa, eu não estava olhando para o Gilinsky, eu estava olhando para o… - Começou a olhar algo na mesma direção de Gilinsky - mapa dos Estados Unidos.

- Johnson, pode parar que está passando vergonha, amigo. - Falou Sammy.

- Vida que segue. - Disse o loiro e voltou sua atenção para a explicação do professor.

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Best Friends // JolinskyOnde histórias criam vida. Descubra agora