Vinte e nove

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Durante todo o dia, os melhores amigos não se falaram. Johnson tinha acabado de se arrumar para sair com Jonathan, mas não estava com o menor ânimo. Ele não queria desmarcar com o amigo depois de já ter feito várias besteira. A campainha de sua casa tocou e Jack se levantou rapidamente, correndo até a porta e abrindo a mesma, vendo John lá.

- Oi - disse ele, sorrindo. - Vamos?

Johnson assentiu e saiu de sua casa, fechando a porta e caminhando ao lado de Jonathan. O moreno se mantinha em silêncio, até finalmente dizer:

- Eu não tenho carro ainda, então desculpa termos que ir a pé.

- Não, tudo bem. - Jack sorriu. - Eu não me importo.

- Você parece um pouco triste. - Reparou o maior, chutando algumas pedrinhas que estavam em sua frente.

- Eu e Gilinsky brigamos.

- Ah!

- E nós somos namorados agora. - Johnson suspirou. - Eu nem te disse isso antes.

- Não precisou. - Jonathan disse e parou, virando de frente para o loiro. - Toda a escola sabe disso e eu mesmo vi vocês juntos.

- Você não está chateado ou algo assim? - perguntou o menor.

- Por que estaria? - retrucou John. - Somos amigos, certo? Estou feliz que esteja com alguém que te faça feliz.

- Mas o G não acha que você seja apenas um amigo.

- Wow! Ele está com ciúmes de mim? - O moreno perguntou e Jack assentiu. - Já sei o que podemos fazer em relação a vocês estarem brigados.

Johnson arqueou uma sobrancelha e voltou a andar quando Jonathan fez o mesmo. Ao chegarem a lanchonete, eles se sentaram e fizeram seus pedidos. Enquanto o lanche não chegava, John contou ao loiro todo o plano que se passava em sua cabeça e quando eles poderiam executá-lo. Depois de comerem, os dois pagaram a conta e cada um foi para sua casa. Johnson estava ansioso para fazer a tal surpresa.

Assim que entrou em casa, o celular do loiro começou a tocar e ele pegou o aparelho, vendo no visor que era uma ligação do Sammy. Ele atendeu e pôs o celular contra seu ouvido.

- QUE PORRA VOCÊ E GILINSKY ESTÃO FAZENDO QUE AINDA NÃO SE RESOLVERAM? - Sammy gritou do outro lado da linha, fazendo J ter que afastar um pouco o celular de seu ouvido.

- Primeiro para de gritar - disse ele e voltou a pôr o celular perto de seu ouvido. - Eu já sei como fazê-lo esquecer esse ciúme ridículo dele.

- Como? Me conta tudo.

- Jonathan deu a ideia de eu ficar provocando o Gilinsky amanhã, o dia todo, e quando fosse a noite, eu iria até a casa dele e fazia algo que não vou te contar.

- Sem graça - resmungou Samuel. - Eu quero saber, J! - Ele pediu manhoso.

- Amanhã eu te conto.

- Nada disso, você vai me dizer agora.

- Nossa! - Jack riu. - Lap dance. - Ele falou rapidamente.

- Tu nem sabe dançar. - Sammy gargalhou, se engasgando em seguida. - Ai, ai! Quero um vídeo desse momento.

- Não curto sex tape, amigo, sinto muito. - Johnson se lamentou, mentindo. - Tenho que desligar agora, vai foder com o Nate.

- Ele está dormindo. - Sammy bufou. - Tchau.

- Tchau.

Johnson desligou a ligação e colocou o celular em seu bolso novamente, sorrindo ao pensar no que faria no dia seguinte.

...

Quando Gilinsky chegou na escola, a primeira coisa que fez foi procurar por seu namorado. Acabou achando o loiro perto dos armários da escola, mas não queria falar com o mesmo, estava chateado ainda pelo mais velho ter o trocado por John. Assim que o menor avistou o namorado, foi até o mesmo.

- Bom dia. - Falou sorrindo.

- Não fala comigo que eu ainda estou com raiva. - Avisou Gilinsky.

O moreno passou os olhos pelo corpo do outro e percebeu que o mesmo usava uma calça mais colada que marcava bem suas coxas.

- Nós precisamos conversar. - O loiro se aproximou mais do outro, colando os dois corpos. - Não é justo o que está fazendo. - Colocou as mãos por dentro da camisa do mais novo e arranhou o abdômen do mesmo.

G engoliu o seco e afastou as mãos do namorado daquela área. Não queria admitir, mas tinha ficado arrepiado com o toque repentino. O sinal da escola tocou anunciando para que o alunos fossem para suas salas. O moreno entrou na sala e se sentou na mesma carteira de sempre, já Johnson se sentou ao lado do mesmo.

- Você já fez algo? - Perguntou Sammy, quase como num sussurro.

- Um pouco, mas foi só o começo. - Respondeu o menor.

O professor entrou na sala e logo começou a explicação. Durante a aula vieram mais provocações da parte de Johnson. O Jack mais velho se pois entre as pernas no namorado, mas só tinha se abaixado para pegar um lápis. O que deixou Gilinsky furioso.

- Quando vai parar? - Indagou G.

- Parar com o quê? - Johnson encarou o namorado com um sorriso inocente.

- De ficar me provocando, eu não fiz nada para você, por que está fazendo isso? - Gilinsky passou as mãos no rosto.

- Eu não estou fazendo nada. - J deu de ombros e voltou a copiar o exercício.

O Jack mais novo pediu para ir ao banheiro ao professor, que logo assentiu com a cabeça. Assim que se levantou, Johnson fez o mesmo e foi ao banheiro junto com o maior. Gilinsky se trancou em uma das cabines enquanto o mais velho apenas o esperava sair. Quando o mesmo ouviu a porta da cabine ser destrancada, ligou a torneira e fingiu lavar as mãos só para empinar a bunda em direção ao outro.

- Isso vai ter volta. - Avisou Gilinsky enquanto lavava as mãos. - E não pense que eu vou ter pena.

- Agora eu não posso mais lavar as mãos? - O menor cruzou os braços.

- Acontece que você só veio aqui para… -  a fala do moreno morreu assim que Johnson se abaixou em sua frente para pegar o anel que havia caído de seu dedo, deixando a bunda na mesma direção do membro do outro.

- O que estava dizendo? - J virou para encarar o namorado.

- N-Nada. - Gilinsky balançou a cabeça e saiu do banheiro.

Iria endoidar se Johnson continuasse com as provocações. Não tiveram muito contato, mas o pouco que aconteceu, foi o máximo para deixar o moreno com uma bela ereção. O que não era nada confortável pois só tinha vontade de voltar naquele banheiro e fuder o loiro ali mesmo, mas não faria isso.

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Best Friends // JolinskyOnde histórias criam vida. Descubra agora