Trinta e oito

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- Então quer dizer que a Madison passou o fim de semana aqui, dizendo que tinha sido expulsa de casa por estar grávida, mas era tudo mentira? - Kat repetiu as palavras do filho, que assentiu. - Que safada!

- Pois é, e eu ainda fui besta de ter acreditado. - Jack bufou. - Quase fico sem namorado por causa disso.

- Mas você também, hein! - Katherine bateu no ombro do filho. - Sabe que ela não presta e faz isso.

- Eu fiquei com pena, mãe.

- Você e o Jack estão bem, não é?

- Sim, estamos. - O moreno respondeu, mas logo abaixou a cabeça.

- Não tanto. - A mais velha acariciou as costas do filho.

- Madison espalhou um vídeo meu e do Jack, nós estávamos nos beijando e ele estava em meu colo.

- Posso ver esse vídeo? - Molly perguntou alegre, entrando na sala. - Não chega aos pés de um sex tape, mas ok.

- Molly! - A Gilinsky mais velha repreendeu a filha.

Impaciente de ter que aturar sua irmã, Jack bufou e se levantou, avisando que estaria em seu quarto. Ele subiu as escadas e entrou em seu quarto, logo se jogando na cama. Gilinsky se culpava por ter acreditado em sua ex e queria se socar por causa disso. Ele arriscou seu namoro para proteger aquela criança, que talvez nem exista. O barulho de algo sendo batido na porta de sua sacada se fez presente em seu quarto, ele se levantou e foi até lá, abrindo a porta e andando até a varanda.

- Oi. - Johnson sorriu para o namorado. - Eu vou subir.

- Como? Voando? Você já tem asas, TinkerBell? - Brincou Gilinsky, recebendo o dedo do meio de seu namorado.

O loiro sumiu da visão de Gilinsky e depois voltou com uma escada, colocando-a encostada na varanda do mais novo. Johnson subiu as escadas e teve que fazer um pouco de esforço para pular dentro da sacada.

- Tandam! - Ele fez uma pose, levantando os braços.

Gilinsky riu e puxou o namorado pela cintura, o beijando. Johnson apoiou seus braços sobre os ombros do moreno e riu quando cócegas foram feitas em sua cintura.

- O que veio fazer aqui? - G perguntou, encarando os olhos verdes.

- Não posso mais ver meu namorado? - Johnson colocou as mãos na cintura, se fazendo de ofendido.

- Claro que pode.

- Hum, acho bom.

Eles entraram no quarto e se deitaram na cama, logo o menor estava sobre o corpo de seu melhor amigo. Seus cabelos loiros eram acariciados de forma que dava-lhe sono e ele gostava daquilo. Automaticamente, Johnson fechou seus olhos e suspirou fundo. Se sentia seguro nos braços fortes do mais novo, sempre fora assim desde que se conheceram.

- Você quer ir na casa da Madison? Ela deve estar por lá. - Gilinsky quebrou o silêncio entre eles.

- Não, porque eu sei que vou querer bater naquela cara dela e eu não posso.

O moreno assentiu e beijou a cabeça do menor.

- Apesar de tudo, eu sou homem e não bato em mulheres - completou ele.

- Por isso que eu te amo. - O Jack mais novo apertou o outro em seus braços. - Você é tão perfeito!

- Espera, eu nunca disse isso, aliás, eu nunca nem toquei nesse assunto. - Nate se explicou.

Os quatro garotos estavam na sorveteria e contando histórias que aconteceram antes de namorarem.

- Nate, você me disse sim, mas está fazendo cu doce para não ter que admitir na frente dos nossos amigos. - Disse Sammy. - Pois é, gente, quando eu perguntei ao Nate se teríamos algo mais sério, ele falou que tinha medo.

- Eu não imagino o Nate dizendo isso, ele parece tão seguro no relacionamento de vocês. - Falou o Jack mais novo.

- É porque eu nunca falei. - Afirmou Nathan.

- Está me chamando de mentiroso? Então você não disse para mim que tinha medo que acontecesse alguma coisa se começássemos a namorar? - Perguntou o acastanhado encarando o namorado.

- Ok, eu admito que quando você quis ter algo mais sério comigo, eu não tinha medo, mas estava com um pé atrás porque não sabia se daria certo.  Nós éramos muito amigos e eu gostava do que tínhamos, só que não sabia se eu conseguiria manter um relacionamento sério com você. - Explicou Maloley.

- Eu entendo, não sabia como contar ao G que estava gostando dele há um tempão, além dele ser meu melhor amigo, tinha namorada e eu não queria ser culpado pelo término dele, caso acontecesse por motivos que me envolvessem. - Disse Johnson e encarou o namorado. - Acho que gostar de alguém nunca é fácil, porque você geralmente não sabe o que o outro sente por você.

- Nossa, entramos em uma assunto tão sério, vamos tomar mais sorvete. - Nate levantou a mão, chamando a atenção da garçonete e pedindo mais sorvete.

- Mas, sinceramente? Eu nunca apoiei o namoro do Gilinsky com a Madison, para mim ela não era de confiança, então o namoro em si não tinha necessidade de acontecer. - Depois de dizer isso, Samuel encarou o moreno a sua frente. - Você sempre mereceu alguém melhor, finalmente encontrou, não que o Johnson seja isso tudo, mas… - Johnson jogou uma bolinha de guardanapo no amigo - Ai! Bate nele, Nate.

- E quem te disse que eu tenho medo do Nate? - Questionou o Jack mais velho. - Bela merda se ele quiser me bater.

- Eu batia só por deboche. - Gilinsky falou e recebeu um tapa do namorado. - Brincadeira, você não sabe o que é isso?

- Não.

A garçonete logo colocou os sorvetes em cima da mesa e os amigos continuaram a conversa, enquanto tomavam sorvete. Nate começou a falar do comportamento de seu namorado no início do namoro, o qual era totalmente diferente do atual. Depois de tomarem os sorvetes, os garotos pagaram a conta e saíram da sorveteria.

- Já vamos, está começando a anoitecer. - Avisou Nate, encarando o relógio em seu pulso. - Nos vemos em breve.

- Você é bem besta. - O moreno xingou o amigo. - Não faltem amanhã, a professora de biologia avisou que passaria trabalho.

- Foda-se! - Samuel deu de ombros e seguiu o caminho contrário ao dos Jack's, indo atrás do namorado.

- Vamos? Vou te deixar na sua casa. - Gilinsky abraçou a cintura do loiro e os dois seguiram até a casa do menor.

- Fazer isso me relaxou um pouco, hoje foi estressante na escola. - Confessou Johnson. - Obrigado por ter proposto isso.

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Best Friends // JolinskyOnde histórias criam vida. Descubra agora