Não sei em que momento eu acordei, tomei meu banho e vesti o uniforme. Só sei que meu braço estava sendo segurado e puxado por um Donghyuck alegando que estávamos atrasados enquanto eu comia uma maçã calmamente. Donghyuck abriu a porta afobado e todos da sala, incluindo a professora, nos olharam.
— Que foi? — perguntei depois de um tempo que eles ficaram nos olhando.
— Desculpe o atraso, professora. Prometemos que nunca mais irá acontecer. — Donghyuck disse se curvando e tocando em minha perna para que eu me curvasse também.
— Donghyuck está desculpado, agora você, Mark. Não é a primeira vez que se atrasa. — a professora argumentou mandando Donghyuck ir se sentar, o mesmo soltou meu braço e se sentou.
— É aquela frase, sabe, professora. As pessoas nunca mudam. — comentei rindo e indo me sentar. A professora balançou a cabeça negativamente e voltou ao que estava a fazer enquanto eu apenas deitei minha cabeça na mesa.
— Você não deveria dormir na aula. — Donghyuck disse e eu dei de ombros. Fechei meus olhos me preparando para dormir. Assim que senti alguém acariciando meu cabelo olhei Donghyuck que sorriu. Mesmo achando estranho, voltei a fechar os olhos.[...]
Caminhei ao lado de uma garota do grêmio até à biblioteca. Meu castigo por chegar atrasado era ajudar a garota a levar os livros até à biblioteca. Ao chegar na biblioteca e ajudar a arrumar os livros, me preparei para sair mas ouvi algumas vozes vindas do último corredor de livros. Fui com cautela até aquele corredor e jurei ter ouvido alguém falar "A curiosidade matou o gato." Ao ouvir essa frase, olhei para trás para ver se tinha alguém. Ninguém. Respirei fundo e continuei até ao último corredor. Ao chegar perto e conseguir ver um pouco, percebi que era um garoto intimidando uma garota que parecia ser do primeiro ano.
— Me deixa ir embora. — ela pediu baixo e o garoto desconhecido por mim riu. — Eu prometo não contar nada, por favor.
— Você acha que eu vou te deixar ir? — perguntou se aproximando. Ela parecia assustada. Tendo uma irritação sem saber o motivo, entrei no corredor e caminhei até eles.
— Vá embora. — disse calmo continuando a caminhar até eles, vi a garota suspirar aliviada.
— A conversa não é com você, Canadá. — ele avisou e eu revirei os olhos tentando me controlar. Mesmo não mostrando, aquela frase, me pareceu muito xenofóbica.
— Eu não ligo se a conversa não é comigo. Ela visivelmente não quer você por perto. — comentei o afastando levemente da garota.O outro, irritado, dirigiu um soco até meu rosto. Eu ao menos percebi o que fiz, apenas sei que visualizei o garoto cair a bater com a cabeça em uma das estantes logo ficando desacordado. A mais nova me olhou assustada e rapidamente saiu correndo. Eu não sabia o que tinha feito, apenas fiquei ali, olhando o corpo do garoto caindo, eu estava incrédulo.
— Pensei que você tinha me dito que não era perigoso. — vi Donghyuck se aproximar e olhar o corpo do garoto. Eu não respondi. Ele sabia que eu não iria responder. Ele se aproximou do garoto se abaixando e checando sua pulsação. — Ele está vivo, não se preocupe, hyung. Vamos embora.
Apenas dei de costas com um suspiro aliviado. Se ele não estava morto estava tudo bem, bom eu acho. Saí da biblioteca e, enquanto caminhava para meu dormitório, vi uma mensagem de Renjun falando para irmos em algum lugar. Mudei minha direção para as traseiras da escola me aproximando ao ver os garotos. Franzi as sobrancelhas ao notar Donghyuck ali. Desde quando eles conheciam tanto Donghyuck para convidá-lo? E como ele chegou ali tão rápido? Donghyuck, assim que me notou, sorriu.
— Mark hyung chegou! — avisou e todos me olharam.
— Oi, Mark. — Jaemin disse com um sorriso. De todos ele era o mais próximo de mim, podia até chamar de melhor amigo.
— Desde quando vocês são próximos dele? — Perguntei apontando para Donghyuck.
— Você nos apresentou ele, não lembra? — Jeno perguntou e eu olhei confuso para Donghyuck que ainda sorria.
— É, hyung, você me apresentou para eles. — o ruivo disse me olhando nos olhos. Uma cena em que eu apresentava Donghyuck a meus amigos foi criada em minha mente. Com um suspiro, concordei. Eu sabia que aquilo nunca tinha acontecido. Como ele havia criado aquela situação? — Aliás, Markie hyung, você não viu minhas mensagens em seu celular? — Eu nem ao menos tinha seu número. Peguei meu celular vendo que realmente tinha algumas mensagens.
— Vamos ou não? Daqui a pouco algum dos seguranças passa aqui. — falei ignorando Donghyuck e já subindo o muro.
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❬ᴘᴇᴛɪᴛ❭ markhyuck
Horror"E se você conseguisse ver como seria a morte das pessoas? Você se sentiria diferente? Oi, meu nome é Lee Donghyuck e eu sou diferente." Quando a morte conta uma história, você deve parar para ouvir.