— Você vai contar a verdade tipo...toda a verdade? — perguntei o olhando ansioso e ele concordou.
— No meu aniversário de 6 anos, a minha mãe me apresentou a nova empregada e seu filho, o Alexy tinha 16 anos na altura, ele rapidamente se tornou próximo de mim, acho que nós éramos melhores amigos. Minha mãe amava ele, achava que ele era uma boa pessoa e que me ajudaria caso eu tivesse alguma dificuldade em algo. Mas meu pai não gostava dele, nem um pouco, ele não o achava confiável. Enquanto minhas mãe pensava que todos podiam ser pessoas boas, meu pai não gostava de confiar em ninguém. Depois de eu fazer 10 anos, ele começou a agir estranho comigo. Teve um dia em que entrou um garoto novo na escola e eu me tornei amigo dele e o Alexy falou que não queria que eu fosse amigo daquele garoto, nem daquele nem de nenhum outro garoto. Ele me disse que iriam me tirar de meus pais e dele. Eu aceitei e só falei com garotos quando tinha algum trabalho na escola. Eu fiquei 5 anos da minha vida sem poder fazer qualquer amigo e se eu fizesse, Alexy descobriria. Quando eu tinha 15 anos, meus pais foram fazer uma viagem e me deixaram em casa com Alexy e... — ele parou de falar apertando suas mãos enquanto parecia tentar não chorar. — ele me estuprou. — disse baixo e eu vi lágrimas começarem a descer por seu rosto. — Quando eu conseguir andar sem ter perigo de cair, eu fui até ao escritório, liguei para minha mãe e pedi para ele voltar, ela estava desesperada, Alexy entrou e ele me empurrou, eu caí, bati com a cabeça e não me lembro de mais nada. Só sei que, no hospital, tentaram me salvar mas já era tarde, porque Alexy tinha me deixado lá, sozinho, durante horas.
— V-você está dizendo que... — meus olhos estavam arregalados. Eu estava tão assustado e surpreso que eu não conseguia ao menos falar o que queria.
— Sim, Mark, eu morri. — afirmou e eu me levantei levanto minhas mãos até meu cabelo.
— Você está me dizendo que durante todo esse tempo eu realmente estava convivendo com uma pessoa morta? Ou um demônio? O que você é? — perguntei rapidamente o olhando e ele deu de ombros.
— Acho que eu sou apenas uma pessoa que morreu sem conseguir cumprir seus objetivos na terra. — ele respondeu.
— Como puderam soltar o Alexy? Mano, ele estuprou você e te matou e só ficou dois anos preso. — eu falei. Estava completamente confuso, ainda assustado e surpreso. Como alguém podia ser tão cruel assim? — Além disso, se você está preso aqui, porque não vai ver seus pais enquanto pode? Onde eles estão?
— Eles estão em Jeju. Mas se eu for ver eles eu posso desaparecer, porque eles sabem que eu morri. — ele respondeu.[...]
Eu não consegui dormir. Fiquei a noite toda pensando no que Donghyuck me disse. O que resultou em eu dormir em quase todas as aulas. Para minha sorte, eu sentava no meio, ou seja, como os professores só olhavam totalmente para a frente e totalmente para trás, não veriam que eu estava dormindo. Durante o almoço. Donghyuck estava completamente calado. Talvez achasse que eu estava bravo com ele. Os outros garotos pareciam ter percebido o clima tenso entre nós.
— Eu não estou bravo com você. — eu murmurei assim que tive o olhar de Donghyuck em mim.
— Então por que você está assim? — perguntou baixo brincando com a comida e eu dei de ombros. Donghyuck pareceu ficar mais quieto ainda. — Terminei. — falou de levantando e saindo da cantina. Percebi que ele não tinha comido quase nada.
— Terminei também. — informei me levantando e seguindo Donghyuck. Assim que fiquei próximo dele segurei seu braço e ele me olhou. — Eu realmente não estou bravo com você, apenas ainda estou um pouco confuso sobre isso. — ele suspirou e assentiu. Me aproximei um pouco mais e o abracei. — É só estranho eu conseguir falar e tocar em uma pessoa que na verdade está morta.
— O que vocês estão fazendo? — ouvimos a voz de Jeno e nos soltamos do abraço. Jeno estava com um sorriso provocativo nos lábios.
— Hum...estávamos nos abraçando? — Donghyuck disse óbvio e eu concordei.
— Mas Mark hyung não gosta de contato físico. — cruzou os braços. Eu e Donghyuck nos olhamos.
— Bem, acho que preciso ir no clube de dança, adeus Mark hyung e Jeno.
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❬ᴘᴇᴛɪᴛ❭ markhyuck
Ужасы"E se você conseguisse ver como seria a morte das pessoas? Você se sentiria diferente? Oi, meu nome é Lee Donghyuck e eu sou diferente." Quando a morte conta uma história, você deve parar para ouvir.