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— E-eu pareço morto para você? Eu não estou morto. — ele disse desviando o olhar e eu respirei fundo tentando me controlar.
— Então me explique, por que você não quer que eu fale sobre o Alexy? Por que aquele estuprador e aquele garoto que foi morto por ele têm o mesmo nome que você é Alexy? — perguntei segurando seus ombros e vi lágrimas se formar em seus olhos.
— P-para, Mark. — ele pediu baixo mas eu não parei e muito menos o soltei.
— Me fala que porra é essa! O que você está fazendo comigo? — gritei e ele baixou sua cabeça a levantando em seguida com um sorriso.
— Você acha que pode exigir alguma coisa de mim? — ele perguntou. Seus olhos estavam negros outra vez. Mas dessa vez, eu não estava com medo de seus olhos. — Você deveria parar de ser tão curioso, ou o pior pode acontecer.

E ele me deixou ali. Sozinho. Eu realmente precisava saber o que tinha acontecido. Me culpava eternamente por ser tão curioso e ficar com tais pensamentos. Caminhei calmamente até à parte de trás da escola onde os garotos me esperavam. Pulei o muro junto com eles e caminhamos juntos até ao shopping. Eu apenas estava calado. Enquanto eles riam e conversavam animadamente, eu apenas os encarava. Assim que chegamos, eu paguei o lanche, não só para Jisung e Jaemin, como também para todas já que eles insistiram. Eu continuava apenas comendo calado enquanto Donghyuck me observava. Ele era, de certo modo, bipolar. Seu humor mudava drasticamente. Mas eu aprendi a viver com isso, algo que me surpreendeu. Eu demorei alguns meses para aceitar a personalidade de Renjun que era um tanto diferente mas, com Donghyuck, foi bastante rápido. Revirei os olhos e assim que vi ao longe Koeun se aproximar. Donghyuck pareceu perceber e riu baixo.

— Parece que sempre nos encontramos em locais assim. — Koeun disse assim que se aproximou.
— Oh, oi, Koeun. Quer sentar com a gente? — Renjun perguntou e eu o olhei como pedido silencioso para que ele calar a boca.
— Claro. — se sentou ao meu lado. Eu apenas fingia que nada estava acontecendo. — Ah, Mark. Você não mandou mensagem, achei que tinha colocado meu número em sua carteira.
— Eu não vi nada e...
— Não acho que seja certo você dar seu número a uma pessoa sem saber se ela quer ou não. — Donghyuck me interrompeu cruzando os braços e olhando a garota ao meu lado. — Você deveria ter perguntado para ele se ele queria seu número. — repreendeu e Koeun baixou o olhar envergonhada.
— Me desculpe. — pediu baixo e, quando eu ia falar alguma coisa, Donghyuck voltou a me interromper.
— Aliás, você também deveria se informar se a pessoa namora ou não. O que o namorado dele, no caso, eu, iria pensar se visse seu número na carteira dele? — Donghyuck perguntou e todos, incluindo eu, arregalaram os olhos chocados.
— Espera, vocês namoram? — Chenle perguntou e eu me desesperei. Onde Donghyuck foi me meter? O Lee me olhou e eu suspirei.
— Sim, nós namoramos. — concordei e Koeun parecia ainda mais envergonhada.
— Hum...E-eu acho que preciso ir. — ela disse se levantando e saindo da mesa. — Até mais. — Donghyuck se levantou e ocupou o lugar dela enquanto eu o seguia com um olhar completamente irritado.
— Por que você falou aquilo? — eu sussurrei ainda irritado vendo os garotos nos olharem curiosos.
— Ya, foi só para essa garota parar, eu já não aguentava ela. — ele disse e reparei que os garotos começaram a conversar entre si sobre um assunto nada a ver. — Eles já não se lembram de nada.
— Você deveria parar de apagar a memória das pessoas. — falei terminando de beber meu suco.
— Isso significa que você queria que eles continuassem achando que a gente namora? — perguntou colocando os cotovelos na mesa e apoiando sua cabeça nas mãos. Eu o olhei indignado e ele riu.
— Você é louco, mano. — eu disse mas acabei por rir também

Quando voltamos para o internato, as pessoas voltaram a me olhar como no dia em que disseram que eu tinha atacado um garoto. Suspirei pensando o que teria acontecido daquela vez. Me dirigi ao grande painel do pátio e vi uma notícia parecida à anterior, só que dessa vez tinha fotos minhas com Donghyuck, quando ele começou a chorar. Uma onda de raiva passou por meu corpo e os meninos deveriam ter percebido isso pois me olharam preocupados e Jaemin colocou a mão em meu ombro, mas de nada resultou eu já tinha puxado com força aquela notícia e rasgado em pedaços.

❬ᴘᴇᴛɪᴛ❭ markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora