16° Capítulo

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Todos ficam me olhando enquanto espero por alguma resposta, Margareth está concentrada em seu copo.

-Ninguém vai dizer? -Pergunto e olho para meu pai.

-Já disse que não precisa saber, vamos embora.

-Não vou embora, me conta tudo o que sabe. -Mando Chris dizer e ele sorri me olhando. -Eu tenho que saber. -Vejo uma emoção passar por seus olhos e ele respira fundo.

-Vamos para o meu escritório. -Se levanta e limpa sua boca com o guardanapo.

-Você não vai! -Meu pai diz e eu o olho.

-Se você não vai contar, ele irá. Pode ir embora, chamo um táxi depois. -Falo me virando e seguindo Chris para o seu escritório que fica no andar de cima.

Subimos as longas escadas e seguimos pelo corredor da direita, ele abre a porta para mim que entro olhando pela sala.

O olho na porta e vejo Becca vindo em nossa direção junto com Nath, ela me encara e eu dou um sorriso antes de Chris trancar a porta nos deixando sozinhos.

-Quer beber alguma coisa? -Sua voz está sem emoção e eu o olho andar pelo lugar.

-Não... Eu só quero saber o que aconteceu. -Digo baixo e ele me olha, acho que estranhando por eu não estar fria e rude.

-Se sente. -Pede se sentando em sua cadeira, me sento e fico o olhando. -Descobri a pouco tempo, então não escondi nada de você de propósito.

-Sei, faz tempo que não nos vemos. -Digo me encostando e ele acena.

-Sim, eu decidi investigar apenas por que encontrei o diário de minha mãe, ela escrevia todos os dias e todos os acontecimentos. Li sobre o pai de Nathaniel, não irei contar para você o que eu descobri, então peço que peça ao seu pai.

-Chris, não me esconda. -Imploro e ele suspira.

-Sou irmão de Nathaniel, Phellip namorava minha mãe assim como o seu pai. Ela ficou grávida um mês antes do seu pai a deixar, com isso ela ficou possessa e então decidiu armar para sua mãe.

-Ela quem prejudicou o avião, ela armou tudo para o avião cair. -Me levanto encaixando as peças. -Sua mãe é uma assassina e é por isso que são nossos inimigos, mas agora meu pai quer uma aliança.

-Ela o ameaçou. -Fala me fazendo virar. -Todos sabem como minha mãe é teimosa e consegue o que quer apenas fazendo chantagens, é isso que ela fez, disse que se o seu pai não aceitar essa coisa dos nossos filhos se casarem, ela iria revelar o maior segredo que ele já compartilhou com ela.

-Que seria? -Ele se levanta.

-Não faço ideia, não cheguei nessa parte ainda. Ela não sabe que estou com o diário, mas depois de hoje sei que ela vai suspeitar.

-Agora mesmo que seremos inimigos, eu estava tentando inverter isso, mas agora será impossível.

-Você queria inverter? -Eu o olho, está encostado no pilar em minha frente.

-Claro que quero, já disse que eu ainda te amo mesmo você não sentindo...

Sou interrompida por seus lábios, fico surpresa, mas quando volto ao normal passo minhas mãos por sua mandíbula e agarro os cabelos de sua nuca, ele me abraça apertado me prensando na parede e eu gemo quando sinto sua língua se enroscar com a minha, como eu senti falta do seu gosto.

O puxo ainda mais aprofundando o beijo, ele desce para meu pescoço onde lambe e morde.

-Me deixa te fazer feliz mais uma vez? Mesmo sendo a última...

-Eu preciso de você. -Falo e ele volta a me beijar.

Entrelaço minhas pernas em volta de sua cintura e ele me leva até a mesa onde joga as coisas de cima no chão, me senta na mesma e tira minha jaqueta que joga em algum lugar. Faz o mesmo com minha camiseta e começa a beijar meu busto.

Tiro seu terno e desfaço o nó da gravata, abro sua camisa e a jogo no chão junto com o restante das roupas, passo minhas mãos por seu abdômen que está mais definido que antes, suas tatuagens cobrem seus braços e um pouco do peito, beijo seu pescoço o fazendo arfar e gemer.

-Sempre vou te amar. -Prometo e ele me olha colocando meu rosto em suas mãos enormes.

-Promete... -Pede e eu dou um sorriso acariciando seu maxilar.

-Prometo, sempre vou te amar. -Ele sorri e volta a me beijar, tira o restante das nossas roupas e me deita na mesa subindo para cima de mim. -Eu uso pílula.

Falo baixo e então ele me preenche cobrindo minha boca com a sua, gemo o sentindo inteiro dentro de mim, pele a pele. E assim ele me faz ser sua mais uma vez.

***

-Senti falta disso. -Falo deitada no peito dele, estamos no chão do escritório onde ele me fez ir a loucura quatro vezes.

-Eu também, minhas mãos estão até calejadas. -Fala e eu bato nele.

-Nojento! -Reclamo e eu o olho, subo em seu corpo beijando seus lábios. -Eu te amo.

-Te amo mais. -Fala se sentando e me abraçando. -Não sei o que vou fazer se eu não te ter todos os dias. -Beija meu pescoço.

-Imaginar que terei que dormir sozinha no meu quarto sem você. -Resmungo o abraçando.

-Podemos nos encontrar todos os dias. -Sugere e eu o olho. -O que? Se não conseguimos ficar um sem o outro então porque não arriscar para um bem maior?

-Um bem maior? -Dou risada.

-Sim, podemos nos odiar na frente de todos e nos amar longe deles.

-Gostei dessa sugestão.

-Mas sobre o assunto da sua mãe. O que pretende fazer?

-Fingir que brigamos e que eu não acreditei em nada do que você falou. -Falo não querendo voltar a realidade. -Precisamos ir.

-Queria ficar assim com você sempre. -Fala me dando vários beijos.

-Eu também, mas já passamos tempo demais aqui e sei que todos estão nos esperando.

-Eu te ligo então. -Fala e eu me levanto procurando por minhas roupas e as vestindo assim como ele.

-Irei esperar. -Falo arrumando sua gravata. -Te amo. -Falo lhe dando um último beijo.

-Te amo mais. Preparada para o show?

-Não. -Respiro fundo e abro a porta.

Descemos as escadas nos beijos, antes de chegar no salão principal eu lhe dou outro beijo.

-Vamos embora! -Falo andando rápido para a porta.

-Sempre foi mesquinha! -Fala e eu me viro.

-Não sou mesquinha, só não vou acreditar no que você falou, inventou tudo isso e não sei para quê.

-Não inventei! Você que não acredita na verdade, eu falei tudo o que descobri. Minha mãe matou a sua por ciúmes do seu pai, ele desde então vê minha família como inimiga.

-Nada mais justo então! -Falo e olho para todos. -Vão ficar plantados aí? Vamos embora. Já você, não ouse a me procurar novamente!

-Pode ter certeza que eu não irei. Cuidado para não ter ressentimento e vir correndo para mim.

-Não se iluda! Você não é tudo isso. -Respondo e quando todos saem pisco para ele que sorri, saio da casa batendo a porta e entrando no carro em seguida.

Teatros...

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