Possuída

Capítulo 12

Alexey*

A vida de um Don nunca é fácil, tomar decisões difíceis e ter que arcar com as consequências de ser quem sou é complicado, porém faço isso com maestria, fui criado pra assumir esse posto, me lembro muito bem de ter perdido grande parte da minha infância para ser preparado pelo meu pai para assumir seu lugar.

Me lembro da primeira vez que tive que torturar e matar um homem, tinha apenas 13 anos, segundo meu pai estava me tornando um homem e já poderia praticar tal ato, me lembro muito bem também de não ter conseguido dormir por dias e da culpa que senti.

Depois disso foi um assassinato atrás do outro até que eu não conseguia mais me importar, não fazia diferença, eu apenas me tornei frio, o que não é ruim na vida que levo, desse modo muitos me respeitam e me temem, ninguém quer se meter com a Solntsevo.

Estou passando pelo corredor com um pouco de pressa quando sinto alguém esbarrar em mim, a pessoa rapidamente se desculpa e eu abaixo meu olhar para me deparar com uma Thaís de cara inchada e olhos vermelhos e eu imediatamente fico preocupado.

- Esta tudo bem, moya devushka? - Pergunto e vejo a sombra de seu sorriso que geralmente sempre é largo quando falo seu apelido.

- Eu não sei - Falou com uma expressão confusa.

- Vamos conversar, venha comigo - Eu digo segurando sua mão e a levando até a biblioteca, quando chegamos nos sentamos no sofá e ela fica quieta por um tempo. - O que esta te deixando assim, moya devushka? - Suas bochechas ficam um pouco coradas quando pergunto, o que a deixa encantadora.

- Bom... eu... tive um problema para me relacionar... - Suas bochechas ficam mais rosadas ainda. - ...com Russell antes de ontem e ele parece estar distante agora -

- O que você quer dizer com isso, Thaís? - Eu fico irritado com o que ela me disse, que porra Russell acha que esta fazendo?

- Acho melhor não falarmos desse assunto Alexey - Ela diz tentando disconversar já se levantando e eu me levanto também segurando seu braço.

- Se Russell ousar tentar algo do tipo de novo eu quero que você me fale - Eu digo com uma possessão que nunca senti antes, algo que sempre sinto quando estou com Thaís mais que ao saber que meu filho tentou tocá-la só aumentou, por mais que eu saiba que eles estavam juntos, algo que me incomodou desde o início. Ficamos um tempo nos encarando e então eu acaricio seu rosto, ela fecha os olhos e derrepente sinto uma vontade inexplicável de beijá-la, então aproximo meu rosto do seu, sinto sua respiração ficar desregulada e percebo o que estou fazendo, imediatamente me recupero e lhe dou um beijo na testa.

- Preciso ir tenho alguns assuntos importantes para tratar - Eu digo um pouco aéreo pelo que eu quase acabei de fazer

- Tudo bem, tenha um bom dia - Ela diz e eu retribuí saindo rapidamente, indo diretamente para o meu escritório.

Fico horas resolvendo alguns problemas e parece que minha cabeça vai estourar, afrouxo a gravata e massageio minhas têmporas, estou nervoso com tantos problemas e ainda tenho o jantar mais tarde com o Don da Orekhov, não gosto da ideia de tê-lo em minha casa mais faz parte dos negócios. Olho para o relógio e vejo que já esta na hora de me arrumar, vou direto para o meu quarto e tomo um banho, imediatamente meus pensamentos voltam para Thaís e eu fico duro, desde que trouxe Thaís pra casa eu não tenho feito sexo com nenhuma mulher, derrepente a imagem dela apenas de lingerie dança em minha mente e eu começo a me acariciar, não demora e eu venho em minha mão, fazia tempo que eu não precisava me masturbar e tendo Thaís em minha mente foi melhor do que todas as outras vezes mas imediatamente me repreendo pelo meu ato, ela passou por muita coisa e não posso sentir desejo por ela, por mais difícil que seja, termino meu banho e vou me vestir.