VI

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— Filhão? cheguei.
— Oi pai, to aqui no quarto — Brandon fala.
— Então, como foi o dia? se divertiu?
— É, até que sim, foi bacana, mas quase fui atropelado.
— O QUÊ? Ancelmo grita — Você tá bem?Se machucou? Me conta isso direito.
— Calma pai, eu to bem, um homem me salvou, ele me puxou antes que eu atravessasse a rua e acontecesse o pior.
— Graças a Deus filho — Ancelmo diz aliviado mas ainda nervoso — Ta vendo quando eu falo pra você tomar cuidado?
— Tudo bem pai, já passou, queria te falar mesmo sobre esse homem que me salvou e...
— Espera filho, eu também tenho algo importante pra te falar, um membro da linhagem de uma máfia ta andando aqui pelo Brooklyn, e isso significa que ta mais perigoso pra você ai fora.
— Sei disso pai, vi no jornal, ia comentar com você agora.
— E o tal homem?
— Ah sim, pai ele me salvou e me olhou de um jeito estranho quando falou pra eu ter cuidado ao atravessar a rua...
— Estranho como filho? — Ancelmo pergunta curioso.
— Não sei pai.. Senti que já conhecia aquele cara, só não sei de onde..

Ancelmo ficou ainda mais intrigado pelo quase acidente do filho, e por querer saber quem é o tal homem pelo qual o filho tenha sido salvo e, de certa forma, se afeiçoado.

— Filho, você deve ta confuso pelo que ocorreu hoje, vá descansar que amanhã será um novo dia cheio de aventuras, e não fica muito nesse celular ta rapazinho?!
— Valeu pai — Brandon ri — Boa noite.
— Boa filhão — Ancelmo sai e fecha a porta.

Com uma pulga atrás da orelha ele vai ao computador do seu quarto antes de dormir acessa e revisa alguns arquivos de rotina do seu trabalho na polícia, depois sai e entra no site de notícias, quando quase derruba e quebra a xícara de café que está tomando ao ver aquele rosto familiar na coluna do dia sobre o que o filho tinha visto, ninguém mais ninguém menos que Devon Siegel.

MUNDOS DISTINTOSOnde histórias criam vida. Descubra agora