Suicides{Hiatus}

8

"É como se o silêncio me deixasse viva. Mas ao mesmo tempo, angustiada".

POV'S MIA

San Francisco, Segunda-feira.

Sentia que meus olhos estavam afundando na escuridão daquele quarto, no teto só se via o meu reflexo naquele espelho de verdades.

Claramente foi tudo por água abaixo, onde eu estava com a cabeça?

Vejo todas aquelas humilhações no espelho da minha vida, nunca houve paz em meu coração. Era como se um relógio foi cravado em mim, e ao ouvir o despertar, eu estarei perdida contra o tempo.

Mais de tantas imagens ruins em minha mente sempre havia uma luz branca ofuscar, era aquilo um anjo à me salvar? Por que seu rosto estava irreconhecível ao meu olhar?

Ele sempre ira me salvar.

- Não se esqueça, sentimentos são profundos. - Ouviasse uma voz feminina em meus ouvidos. - Mantenha o controle de suas emoções, ou se não irá explodir com elas.

[...]

Abri meus olhos sentindo um arrepio em minha nuca. Era apenas um sonho estranho novamente. Toco em meu rosto sentindo lágrimas salgadas presente, enxugo-às e me levando sentando na beira da cama.

Tento raciocinar tudo e percebo o quão fraca sou diante daqueles que me fizeram sofrer.

- Vamos Mia precisa ser mais forte -. Apenas faço um coque em meu cabelo totalmente embaraçado, deixando pequenos cachos a solta, coloco meu óculos de descanso e vou em direção ao banheiro.

Olho para baixo na intensão de recomeçar o dia e dou um leve suspiro, volto a olhar para frente, vendo que tinha algo escrito no espelho.

As letras pretas marcantes diziam uma única palavra que cravou em meu coração - Você é uma mentira-.

E rapidamente fui jogada para trás, como se alguém estivesse me puxando para fora do banheiro. Sentir um arrepio quando uma ventania passou por minha pele, eu não esboçava nenhuma reação, apenas sentia mais lágrimas escorrerem em meu rosto, Eram lágrimas pesadas, muito pesadas para serem derramadas tão facilmente.

[...]

Acordo depois desse pesadelo, por que eles estão cada vez frequentes? Principalmente depois do sábado, apenas suspiro pesado e controlo minha respiração ofegante, colocando as mãos na cabeça sentindo o suor escorrer.

Meu olhar vai em direção a cômoda ao meu lado em busca do meu celular, olho às horas e já se passavam das 04:30 da manhã.

Dava para ver o sol nascendo em plena janela do quarto. Os tons de azuis e acinzentados do céu se misturavam com o alaranjado e amarelo do sol que preenchiam o cômodo de uma maneira até que confortável, mas o silêncio deixava sombrio a situação que eu me encontrava.

Levanto e vou à cozinha, coloco minhas mãos no balcão, pensando nas horas de sono que poderia ter se não fosse aquele pesadelo, e ao mesmo tentando entender aquele sonho estranho que me tirou o sono.

Pego um copo no armário e encho de água, umidificando os meus lábios rececados, a água descia desesperadamente em minha garganta, a sede precisava ser assaciada, e volto para o quarto com o som das minhas pisadas leves.