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"Num trivial campo de flores, você tocará a linha do tempo com os olhos."
- Lebremaluca.

POV'S HOSEOK

Eu queria parar o tempo e que existisse apenas nós dois ali para esclarecer tudo.

Queria o seu perdão e de volta sua amizade. Mas por que ela está agindo estranho comigo? Fingindo quem eu sou e que não me conhece, fugindo de mim e das oportunidades de quando estamos juntos.

E agora eu mal consigo olhar em seu rosto, só quero abraçar e dizer a enorme saudade que eu sinto por ela.

- Olá, meu nome é Mia Collins.- Disse em um tom tímido, como aquela voz me tranquiliza e lembrava dos velhos tempos. Tempos ao qual devo à ela.

Era incomum a sensação naquele momento, mas era o silêncio. Silêncio o qual ninguém pode explicar e entender, era um verdadeiro silêncio constrangedor, até que uma figura reconhecida por mim, retira essa enorme quietude. Moema, a grande guardiã da cidade de Omelas, como acostumávamos falar quando menores.

- O que estão fazendo ai, parados nesse sol quente? - Ela descia a pequena escada da varanda com uma certa dificuldade, por conta da idade.

Moema é uma idosa, na qual a sua idade nunca foi revelada. Lembro-me que nem a própria Mia sabia, o que rendia muitas teorias e histórias mirabolantes quando criança. Porém ela nunca deixou o seu estilo de lado, suas roupas largas e longas, com tons coloridos e detalhados, pulseiras e enormes colares em volta de seu corpo. No entanto o que mais me surpreendia era os seus pierciens e algumas tatuagens que tinha na mão e no pé.

Uma total hipster em uma nova geração, mas com certo tempo de experiência, é claro. Moema sabia dar grandes conselhos à aqueles que precisavam de ajuda, além de curar os outros com seus remédios caseiros e etc.

[...]

Todos já havíamos entrado na casa e estavam se preparando para começarmos as fotos, e eu estava praticamente avoado em meio aquelas pessoas, com lembranças cada vez mais florescendo naquela enorme sala. A casa de Moema era realmente enorme e ambiental, flores e plantas para todo o lado, o chão era todo revestido de madeira escura e as paredes com um tom mais claro.

Passeio em alguns cômodos lembrando das brincadeiras e momentos de quando estive ali, e acabo chegando no meu lugar preferido naquela enorme casa, a biblioteca, era tão gratificante aquele lugar.

Era uma pequena sala, com livros e mais livros por todo o lado, claro! Em sua grande maioria  eram velhos e empoeirados. Mas não tirava a importância deles, e o que tinha neles? Era um grande mistério.

Meus dedos passeiam por alguns livros nas prateleiras, vendo os minúsculos e estranhos títulos em cada livro que meu dedo deslizava. Continuo caminhando com pensamentos alheios, até que meu olhar vai em direção a uma mesa de madeira bruta em frente a uma janela, o ambiente estava sendo iluminado pelo os raios solares de uma manhã sem nuvens. A poeira parecia estar em todo local, pois voavam em torno de um livro deixado em cima da mesa, esse lugar realmente merece uma limpeza.

Chego mais perto com uma certa curiosidade que me despertou, e olho as estranhas letras que formava o nome daquele livro.

Praesidium

Suicides{Hiatus}Onde histórias criam vida. Descubra agora