Capítulo 5 - Maira

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ATENÇÃO: Este livro ficou completo aqui na plataforma ate quarta-feira 22/07/2020, agora contém apenas alguns capítulos de DEGUSTAÇÃO

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Oi, amores!!

Cheguei!!

Boa leitura!!

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Maira

A semana começou puxada, mil coisas para fazer e resolver. Graças a Deus, a reforma do meu apartamento estava no fim. Tive que fazer tudo escondido, meus pais não podiam nem sonhar com os meus planos.

Até o fim do mês eu me mudaria. Não via a hora de ter meu canto.

Passei pela obra no fim do dia para conferir a instalação dos armários da cozinha e constatei que tinha ficado tudo do jeito que eu queria, branco, bem claro, os objetos dariam cor ao lugar.

Sexta-feira eu passaria na loja de móveis para ver as seis cadeiras da mesa de jantar, queria uma de cada cor. Teria um coquetel nesse dia e já tinha confirmado presença na página deles, em uma rede social. Era aniversário do estabelecimento e tudo entraria em promoção, aproveitaria a oportunidade.

Tudo que eu tinha juntado a vida toda, incluindo a herança que recebi dos meus avós, gastei na compra do apartamento e, agora, com a reforma. Minha poupança estava zerada e não dava para pedir nada aos meus pais, nem aos meus irmãos. Eles, com certeza, surtariam quando soubessem o que eu estava prestes a fazer.

Meus dois irmãos só saíram de casa depois que se casaram e assim meus pais queriam que fosse comigo. Quando contasse que não seria daquele jeito que as coisas aconteceriam, seria um rebuliço, isso eu já sabia. Entretanto, no fim aceitariam, eu sempre fazia o que queria.

*****

Era fim de tarde e eu estava feliz no coquetel da loja de decoração. Tinha conseguido comprar minhas cadeiras coloridas com ótimo preço e o dinheiro ainda deu para mais algumas coisinhas que faltavam.

Ainda bem que amanhã era sábado, queria dormir o dia todo, estava cansada, precisava relaxar. Passei a semana toda inquieta, agitada e eu sabia o motivo da minha agonia. Tinha pensado muito em Júlio, mas tomei uma decisão depois de descobrir que ele era o dono da boate: não voltaria mais lá, precisava evitar encontrá-lo.

Nunca tinha sido tão afetada por um homem e, quando o assunto era envolvimento e me apegar demais, eu fugia. Nesse ponto, sempre fui covarde. Não pagaria nunca para ver.

O ditado já dizia: "O que os olhos não veem, o coração não sente''. Nem o corpo. E aquele homem eu evitaria a todo custo. Esfreguei discretamente as pernas e encolhi o pescoço, lembrando-me dos arrepios que Júlio me causara.

Aquele homem era uma perdição, minha santinha!

Tomei mais uma taça de espumante e tentei apagar o fogo que se alastrou por meu corpo só com a lembrança do último sábado. Bati papo com o decorador da loja e troquei mais algumas ideias, descartei meu copo vazio e fui até um canto, longe do barulho, determinada a ligar para o táxi.

Tinha deixado meu carro em casa, sexta-feira o trânsito virava um caos, eu queria beber e hoje ainda tinha a apresentação do meu sobrinho Samuca. Toda família iria, depois comeríamos uma pizza.

, quanto a isso não tinha dúvidas, porém, meus sobrinhos eram tudo para mim. Os dois eram os meus amores: Samuel Neto de sete anos, que todos chamavam de Samuca, e Gustavo, de cinco, o nosso pequeno Guga. Curtia-os, levava ao cinema, mimava, mas a parte chata, a responsabilidade com suas criações, eram dos meus irmãos e cunhadas. Gostava apenas de estragá-los.

Ensina-me a Querer (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora