Acordei cedo naquela manhã, estava preocupada.Observei pela a janela da cozinha que as folhas da grande árvore de frente, começavam a cair.
Ainda era cedo, meus 3 filhos não tinham acordado.
Eu aguardava ansiosamente um telefonema, enquanto segurava minha caneca de café em mãos.
Os primeiros raios de sol passavam pelo o vidro e iluminavam a ilha no centro da cozinha.
A exatos 7:30 da manhã, meu telefone toca e eu mais que depressa coloquei minha caneca em cima da ilha e segui em direção à sala, atendendo o telefone, fazendo com que o som parasse de ecoar pela a casa.
- Chloe?
- Sim!
- Chloe Meyer?
- Sim! Eu mesma.
- Desculpa ligar tão cedo, aqui é o Charles, um dos missionários do Pastor Lucas, estou ligando a respeito da casa.
- Sim! Bom dia. Tem alguma resposta?
- Acredito que venho com ótimas notícias. O Pastor conseguiu uma casa, mas fica logo atrás de nossa igreja, se não tiver problema para você?
- Claro que não! Está ótimo. O que mais quero é poder voltar pra perto de minha família.
- Ótimo! Acredito então que pode arrumar as suas coisas e vir. Enquanto isso daremos uma manutenção para tudo estar em ordem.
- Que bom! Muito obrigada.
- Disponha.Eu não podia conter a minha felicidade ao receber essa notícia. Um sorriso estava estampado em meu rosto.
Fui surpreendida com a voz do meu filho do meio na porta da sala, ainda sonolento e me olhando.
- Mamãe?
- Ricky o que faz acordado a essa hora? Ainda está muito cedo.
- Vamos nos mudar?A pergunta de Ricky era um tanto que complicada de responder. Devido às imensas mudanças que fazíamos, graças ao trabalho de John, meu marido. As crianças eram as que mais sofriam e fazer com que elas passassem por todo esse estresse novamente, era triste pra mim também.
Fui até ele e me abaixei, olhando em seus olhos.
- Sim! Nós vamos, mas agora será melhor, vamos estar perto dos seus avós, tios e primos. Não vamos pra um lugar distante de todo mundo.
Ricky era meu filho do meio tinha 11 anos, ele não disse nada, mas o sorriso que ele deu ao saber da notícia, compensava qualquer palavra.
- Então já que o Senhor está de pé, vamos tomar o café da manhã pra começar o dia. - Eu disse dando um abraço e sorrindo, enquanto o pegava nos braços e o levava para a cozinha.
Eu sei que pra uma criança de 11 anos, ele estava grande. Mas, para uma mãe um filho nunca cresce.
O dia seguiu e eu ainda mais aliviada por finalmente ter encontrado uma casa. Passei praticamente o dia empacotando as coisas, recebi a ajuda de uma amiga, já que John estava fora a trabalho a alguns meses.
Lopez e eu terminávamos de empacotar os pratos na cozinha, enquanto as crianças organizavam o que levariam para a casa nova, em seus quartos.
- Você está preparada mesmo pra isso?
- Por quê a pergunta, Lopez?
- Bom, Chloe! Seguir esse caminho sozinha, sem o John.
- Mas, lá tem a minha família. Não vejo problema nisso.
- Eu sei ... mas, estou sentindo uma coisa no peito em relação a isso.
- Lopez, pode parar! Isso é paranóia. Lá tem meus pais e toda minha família, eu e os meninos vamos ficar bem até o John ir para a cidade.Lopez por mais que quisesse transparecer que estava feliz e ao mesmo tempo confiante sobre essa viagem, os seus olhos diziam outra coisa.
Lopez era uma mulher negra, que não escondia suas origens africanas, deixando sempre bem nítido em seu estilo e até mesmo sobre a sua religião.
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A Casa da Rua Winston.
HorrorHistória de Terror Baseada em Fatos Reais. Chloe se muda para uma antiga casa na cidade onde havia crescido. Buscando ficar próximo aos seus pais para criar melhor os seus filhos, Noah, Ricky e Thommy. Chole acaba descobrindo sobre uma lenda macabra...