. JOHN .
Na manhã seguinte, eu me sentei na cama e busquei ar fechando os olhos e suspirando lentamente.
Abri meus olhos novamente e me levantei indo em direção ao banheiro.
Ao chegar no corredor, eu escutava a voz de Ricky e de Noah discutindo no primeiro andar.
Eu sentia tanta dor de cabeça que não conseguia focar no que ele falavam.
Ao pisar no chão do banheiro, senti o piso molhado e caminhei em direção ao armário de remédio.
Peguei um dos potes brancos e retirei um remédio para dor e o engoli.
Olhei para meu reflexo no espelho e balancei a cabeça.
Senti mais água bater em meu calcanhar e me virei, olhando para a banheira, que estava coberta por uma cortina de plástico.
Fui me aproximando lentamente e levando minha mão até a cortina.
Comecei então a ouvir borbulhas dentro da banheira e mais água começava a escorrer pelo o chão.
Então, puxei a cortina com força e me deparei com a banheira cheia d'água, sem ninguém lá dentro.
- Papai? - Ouvi a voz de Thommy atrás de mim e então me virei rapidamente.
- Thommy! - Eu disse
- O que você está fazendo? - Ele perguntou.
- Eu estou ... Thommy, foi você que encheu a banheira? - Comecei a falar e logo o perguntei sobre a banheira, ao notar o seu pato de borracha em suas mãos.
- Sim, papai. - Ele respondeu.
- Você sabe que não pode brincar com água, ainda mais com a banheira assim cheia. - Eu disse, indo até ele e pegando o patinho de suas mãos e me ajoelhando no chão, olhando em seus olhos.
- Eu sei. Mas, não era pra mim. - Ele disse em tom de orgulho por ter enchido a banheira sozinho.
- Não era? Era pra quem? Para os seus irmãos? O seu avô? - Eu perguntei.
- Não! Era pro Dave. Ele gosta da banheira bem cheia e de vários patinhos. - Ele disse dando um sorriso.
- Dave? Quem é Dave, Filho? - Perguntei.
- Meu amigo. Não se lembra? Já falamos sobre ele, aquele dia com a mamãe. - Disse Thommy.
- Ah sim ... seu amigo imaginário. - Eu o respondi lembrando quem era o tal Dave. - Thommy, fala pro Dave que você é muito pequeno ainda pra mexer na banheira e que você não pode fazer isso. Tá bom?
- Pode dizer você mesmo Papai. Ele está atrás de você. - Disse Thommy apontando o dedo.
Eu então franzi a testa assustado e me virei lentamente, foi quando vi um garoto com pele branca, pálida e com roupas antigas olhando para baixo.
Seu corpo estava todo molhado, como se ele estivesse saído de dentro da banheira.
Seu cabelo cobria seus olhos e seus pés descalços e machucados davam um passo em nossa direção.
Thommy esbanjou um sorriso e acenou pra ele.
- Oi Dave, esse é o meu papai. - Disse Thommy.
Eu não sei de onde tirei força nessa hora. Mas, eu me levantei peguei Thommy no colo com o meu braço que não estava imobilizado e corri para fora do banheiro. Trancando rapidamente à porta.
Quando cheguei no primeiro andar com Thommy no colo. Os gritos de Noah e Ricky estavam mais nítidos.
- EU VOU CONTAR PRA ELE. - Gritava Ricky.
- É APENAS UM DESENHO, RICKY. Pelo amor de Deus! - Gritava Noah, respondendo.
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A Casa da Rua Winston.
TerrorHistória de Terror Baseada em Fatos Reais. Chloe se muda para uma antiga casa na cidade onde havia crescido. Buscando ficar próximo aos seus pais para criar melhor os seus filhos, Noah, Ricky e Thommy. Chole acaba descobrindo sobre uma lenda macabra...