A chuva foi intensa, uma das mais fortes que vi naquele ano. A energia não voltou, por fim decidi passar a noite com meus 3 filhos e no outro dia eu terminaria de embalar as poucas coisas que ainda restavam.Acredito que John tenha ficado bastante preocupado pelo o modo que a ligação acabou, mas meu telefone com a queda, foi praticamente destruído.
Pela a manhã as folhas das árvores ainda estavam úmidas, o sol saia entre as nuvens no horizonte, mostrando assim os primeiros raios.
Eu já estava em pé, terminava de embalar e encaixotar as últimas peças.
Olhei em meu relógio de pulso e faltava pouco para o caminhão da mudança chegar, então decidi ir até o quarto dos meninos e acorda-los.
Me abaixei próximo a cama de Ricky e comecei a mexer em seu ombro e surrar.
- Querido, acorda! Já, já estamos saindo.
Ricky resmungou algumas vezes na cama.
Fui então até a cama de Noah o meu filho mais velho de 12 anos, que estava dividindo a cama com Thomás, o mais novo de 3 anos.
- Meninos acordem, se arrumem, falta pouco para irmos embora.
Eu disse, enquanto pegava Thomás nos braços, mesmo ele caindo de sono.
Caminhei até à porta do quarto e mais uma vez falei em tom sério.
- Ricky e Noah, eu não vou repetir de novo, levantem e se arrumem.
O resmungo de ambos era inevitável.
Fiquei na cozinha, terminando de arrumar o lanche que seria o café da manhã de todos, enquanto Thomás ficava sentado em sua cadeirinha rabiscando em uma folha de papel.
Ricky e Noah desceram juntos, cada um segurando uma mochila grande.
- Pronto! Satisfeita? - Disse Ricky.
- Olha como você fala! sentem-se e tomem o café da manhã. - Eu disse, arrumando alguns pratos.- Eu sei que tudo isso é estressante e não só pra vocês, mas pra mim também ... vocês sabem como a viagem é longa, então por favor gente, nada de briga e vamos fazer uma viagem tranquila. Posso contar com vocês?! - Eu disse tomando ar e olhando para ambos.
- Tudo bem, eu entendo. - Disse Noah.
- Engraçado, ontem estava tratando a gente como bebê e hoje já quer que a gente se comporte como adulto. - Disse Ricky se sentando.- Quando vocês tiverem os filhos de vocês, vocês entenderão. - Eu disse, enquanto a campainha tocava e eu enxugava as mãos em um pano de prato.
- Já volto! - Eu disse olhando para os três.
Para o meu alívio era a equipe de mudança, então mais do que rápido, pedi para que eles entrassem e os fui guiando pela a casa, mostrando onde estava os móveis e os itens encaixotados.
Ricky e Noah, ficaram da cozinha observando, enquanto eu caminhava de um lado para o outro simplesmente atolada de coisas para fazer.
- Estou preocupado, Noah.
- Com o quê? Ricky.
- Com tudo, as mudanças de humor da mamãe, essas mudanças de casa. Só esse ano já nos mudamos três vezes.
- Eu sei! Eu reparei pelo o modo que ela tratou a gente ontem como se tivéssemos 3 anos de idade, como se tivéssemos a mesma idade do Thommy.
- É ... e sei lá, tem algo estranho. Não sei, estou sentindo.
- Ricky, você com essas loucuras suas de novo, não! Toda viagem você sente algo estranho, dessa vez a gente tá indo pra casa, perto de todo mundo, pensa por esse lado.
- Você tá certo, Noah! Só o medo de novo.
- Você precisa parar com essa paranóia, o novo pode ser bom!
- ... Ou não.
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A Casa da Rua Winston.
HorrorHistória de Terror Baseada em Fatos Reais. Chloe se muda para uma antiga casa na cidade onde havia crescido. Buscando ficar próximo aos seus pais para criar melhor os seus filhos, Noah, Ricky e Thommy. Chole acaba descobrindo sobre uma lenda macabra...